Capítulo 6

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Cavalgamos de volta para a área onde as pessoas passeiam com seus cavalos, Christian me explica que a maior parte são pessoas que moram na cidade e gostam de cavalos, mas não tem acomodações adequadas para eles, também tem aqueles que tem aulas de equitação e depois pegam gosto pelos animais os compram e alugam as acomodações, mas o que ele mais gosta de fazer é a Doma. Sempre que algum cliente compra um animal e tem dificuldade em monta-lo, Christian é logo procurado para dar o auxilio que ele precisa. E tem cem por cento de resultado sempre. Coisa que não me surpreendeu, já que vi o seu trabalho com meus olhos, ele parecia mais um amigo do animal do que alguém que queria doma-lo, alguém que queria dar carinho, e receber confiança em troca.

Paramos em uma área, onde tem várias lojinhas de souvernis, barraquinhas de alimentação e um restaurante.

Christian para Storm próximo a uma cerca, desce, o amarra  e me ajuda a descer, como da outra vez, olho para seu rosto e vejo a sombra de um sorriso em seus lábios:

— Vou ter que adestrar Storm para que você possa subir e descer sozinha, não que esteja reclamando, mas você tem que ter um pouco de independência.

— Concordo.- falo retirando minhas mãos de seus ombros e ele soltando minha cintura.

— Vamos comer.- fala pegando minha mão.- mas antes quero lhe dar algo.- me puxa para dentro de uma das lojinhas, onde há vários artigos de montaria expostos. Vai direto para os chapéus, escolhe um estilo Panamá de um cinza bem claro,- gosta?- faço que sim.- experimente.- me passa o chapéu, olho para ele e depois para o chapéu, pensando que nunca usaria isso.- não quero que fique pegando sol, já que pretende aprender, tem que se proteger.- fico boba com a preocupação dele, mas também tocada com isso.

Pego o chapéu e o provo, me olhando em um espelho, não é que fiquei bem? Sorrio com isso.

— Aprovado, obrigada.- falo em um sorriso, olho para suas mãos e vejo um par de luvas.

— Experimente, para não machucar suas mãos.- até onde vai o cuidado esse homem?- Faço o que ele manda e as luvas ficam perfeitas. Tiro as luva, mas fico com o chapéu e passo para ele.

— Onde pago?- pergunto olhando ao redor e já localizando o caixa, ia me encaminhando para lá, mas ele segura meu pulso.

— É presente, moça.- penso em revidar, mas seu olhar diz que não aceita recusa.

— Ok, obrigada.- falo sorrindo, ele sorri também e vai para o caixa, o sigo, ele mostra a luva e o chapéu para o rapaz e passa um cartão.

Guardo as luvas em meu bolso e saímos para o restaurante, mas paro no caminho:

— Tenho que avisar José.

— Não precisa, eles já estão vindo.- fala apontando para José e Thara que estão se aproximando.

— Seu amigo leva jeito.- Thara fala assim que se aproxima de nós, sorrio e Christian também.

— Fada, estou super empolgado, é maravilhoso, você devia aprender também.

— Ela vai aprender.- Christian fala, José abre a boca e fecha de espanto, dou risada disso.

— Você deve ser um santo ou algo assim.- exclama me deixando vermelha.

— José!- o repreendo, mas com carinho.

— Não fiz nada, apenas a apresentei para Storm, foi ele que a convenceu.- Christian fala sorrindo,aponta para Storm, José olha e sorri admirado.

— Você vai montar aquele?

— Com Christian, sim, ele é muito alto.- respondo e vejo a sombra de um sorriso em seus lábios.

50 Tons- Escolhas do CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora