6.

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Catherine

Saí do banheiro vesti uma roupa e contei para elas o que tinha acontecido e como o Ryan me tinha tratado.

- Eu não acredito Catherine Washington, como é que isso aconteceu? Perguntou Kate um pouco zangada comigo. 

- Eu não sei. 

- Eu avisei. 

- Ok eu fiz merda. Satisfeita? Era isso que crias ouvir? 

- Desculpa, mas eu sabia que ele ia acabar por te magoar. 

- Agora isso não interessa ela já está um caco mesmo.

- É sempre bom receber o teu apoio Sabrina. 

- Desculpa. 

- Eu só quero esquecer o que aquele traste fez comigo. Eu nunca mais quero falar com ele. 

- Acho bem.

Dois meses depois, eu estava mesmo um caco parece que o inferno tinha decidido instalar-se na minha vida. Estava com uns nervos horríveis e para piorar tinha começado a engordar porque só comia porcaria o que me fazia vomitar pois por vezes exagerava no que comia.

- Catherine, está aqui o teu lanche. 

- Obrigada Kate, eu não conseguia estar naquela fila estou a morrer de calor o que me está a fazer tontura e dor de cabeça. 

- Estamos quase na última aula depois podes ir descansar.

- Graças a Deus.

- Parece que foste atropelada por um camião dos mais pesados que há. Ouvimos o som do toque e vamos para a sala.

- Bem alunos hoje vamos fazer um trabalho em duplas e sou eu que vou escolher, o trabalho é para começar e acabar aqui e vão apresentar.

A professora escolheu os grupos e para meu infortúnio fiquei com quem eu menos queria, isso mesmo o Ryan.

- Catherine... 

- Vamos fazer o trabalho que é para eu não ter de voltar a olhar para a tua cara nunca mais. Dás-me nojo. 

- Eu fiz-te assim tanto mal? 

- Nem vou responder essa é a pergunta mais estúpida que alguma vez me fizeram. Fizemos o trabalho e quando acabámos fomos apresentar, eu continuava com muitas tonturas o que fazia com que eu não me aguentasse em pé.

- A menina Washington está bem? 

- Sim... Não tenho tempo para dizer mais nada, sinto o chão desabar em baixo dos meus pés, a minha vista escurecer e depois disso mais nada.

Ryan

Foi aterrador ver a Catherine desmaiar nos meus braços, quando a vi cair a única coisa em que consegui pensar foi agarra-la para não a deixar bater com a cabeça no chão.
Quando a ambulância chegou ela foi arrancada dos meus braços e não sei porquê senti uma dor. Tudo estava errado.

Catherine

Abro os olhos e vejo aquelas paredes brancas e aquele cheiro inconfundível que eu tão bem conhecia, olho em volta e vejo a Kate e a Sabrina.

- O que aconteceu? Pergunto ainda com a voz meio enfraquecida.

- Tu desmaiaste na sala e trouxeram-te para cá, a tia Phoebe está lá fora a falar com o colega. A minha mãe entrou naquela hora, não posso dizer que a cara dela era das melhores parecia triste. 

- Mãe, o que se passa?

- Sabrina, Kate importam-se de esperar lá fora? 

- Claro tia. 

- O que está a acontecer mãe? Porque é que eu estou aqui?

- Sabes eu sempre confiei em ti e pensei que tu fazias o mesmo em relação a mim.

- E confio mãe, eu sempre te contei tudo, eu só senti muita vergonha depois do que ele fez comigo. E eu não consegui superar. 

- Então porque não me disseste que tinhas ido para a cama com um rapaz? Quem é ele? 

- O Ryan Evans. Foi a Sabrina e a Kate que te contaram? 

- Não. Evans? O Filho da Evie Evans?

- Sim, porquê? Mãe isto tudo só porque eu não te contei o que se passou?

- Não, isto tudo porque tu estás grávida. 

- Como? 

- Isso mesmo grávida de dois meses. 

- Não. Eu tomo a pílula.

- Sabes que há chance de ela falhar e foi o que aconteceu no teu caso. 

- Não. Eu estava a chorar o meu mundo tinha desabado com aquela notícia. 

- Oh minha querida. A minha mãe veio até mim e abraçou-me. 

- Tu não vais xingar-me ou dar-me um sermão?

- Não meu amor, acho que o que estás a passar agora já te está a fazer sofrer o bastante. 

- Como é que eu vou contar ao pai? Ele vai matar-me. Eu quero ir para casa. 

- Claro, eu vou assinar os papéis da tua alta e depois podemos ir. 

- Mãe, não digas nada à Dra. Evie. 

- Está bem. Assim que a minha mãe saiu a Kate e a Sabrina entraram. 

- Então?

- Eu estou grávida. 

- O quê? 

- Eu estou grávida do Ryan. 

- Eu avisei-te. Vocês não se preveniram? 

- Estás a ser uma grande ajuda neste momento Kate. 

- Desculpa. 

- E agora? 

- Eu não sei.

Fui para casa com a minha mãe assim que cheguei subi para o meu quarto e afoguei-me na cama estava tão cansada que acabei por adormecer. 
Umas horas depois acordo com o som de algo a partir vou à cozinha e vejo o meu pai e a minha mãe, pela cara dele acredito que ela já lhe tenha contado.

- Pai... 

- Como Catherine? Eu achei que tinhas a cabeça no lugar. Eu nunca o tinha visto zangado comigo aquela era a primeira vez. Eu não sabia o que dizer ele tinha toda a razão, mas eu já estava tão assustada que vê-lo assim só me deixou mais. 

- George já aconteceu não há nada a fazer. 

- A TUA FILHA ESTÁ GRÁVIDA E TU REAJES COMO SE NÃO FOSSE NADA. 

- Tem calma. Eu olhava para toda aquela cena e sentia-me apavorada a minha primeira reação foi fugir dali, fui até à garagem e peguei o carro eu só queria afastar-me de toda esta loucura. Guiei pela cidade até me sentir cansada, encostei o carro e acabei por voltar a adormecer.

☆☆☆☆

Era novamente de dia e nada disto se assemelha a um sonho. Eu sei que vou ter que voltar para casa, mas só não sei como enfrentar a fúria e deceção do meu pai. Pego então no carro e volto para casa quando entro o meu pai está sentado no sofá e assim que me vê corre até mim e abraça-me.

- Desculpa filha. 

- Meu amor, nós tentamos encontrar-te a noite toda. Eu não dizia uma única palavra, por muito que eu quisesse falar as palavras não saíam era como se eu tivesse um bloqueio. 

- A Kate e a Sabrina estão no quarto à tua espera. Assim que o meu pai acaba de falar elas aparecem na sala. 

- Sua doida pregaste um susto a todos. 

- É não voltes a fazer isto. De repente instalou-se um silêncio assustador. Eu subi para o meu quarto e elas vieram atrás de mim, fui no banheiro tomei um duche e fui dormir era a única coisa que me apetecia neste momento dormir, dormir e dormir.

Fruto De Uma ApostaOnde histórias criam vida. Descubra agora