35.

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Helena

Eu estava a ler uns planos na biblioteca de casa quando o Sebastian apareceu.

- Eu preciso dos planos de isolamento do hospital.

- Estão lá encima no escritório.

- Ok, eu vou buscá-los.

- O George está com eles.

- Ok.

- Sebastian, desculpa ok?

- Porquê, teres matado a minha filha ou teres escondido sequer a existência dela.

- Eu não fiz nada disso. Tu foste embora  sem um único aviso.

- Tu sabias que eu poderia nunca voltar.

- E o Sebastian que eu conheci não voltou, ele morreu em algum lugar daquela missão. E se a nossa filha estivesse viva isso mudava alguma coisa? Ainda terias desaparecido por isso não sei qual das duas realidades é pior.

- Helena...

- Não Sebastian. Eu não conseguia mais aguentar isto, eu tinha de sair dali.

Catherine

Estava a amamentar os gémeos quando ou ouço a minha mãe chamar por mim.

- Vou já. Antes de ir para baixo deito os gémeos no berço e deixo-os a brincar.

 Antes de ir para baixo deito os gémeos no berço e deixo-os a brincar

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- Chegou isto para ti.

- O que é?

- Não sei. Quando abri o envelope e li o meu sangue ferveu.

- Eu não acredito nisto.

- O que é?

- Fica com os gémeos, eu volto logo. Agarrei a mala e as chaves do carro e fui até casa do Ryan. Quem abriu a porta foi a tal Angel. - Onde é que ele está? RYAN!

- O que é?

- Nem penses em tentar tirar os gémeos de mim.

- Eu não o faria se tivesses falado comigo.

- Eles vão ficar onde pertencem, comigo.

- Eles são meus também. Eu dei-lhe um murro.

- Vemo-nos em tribunal.

☆☆☆☆

Quando cheguei a casa os meus pais olharam para mim em modo de interrogação.

- O Ryan quer tirar-me os gémeos. O que é que eu faço?

- Luta, como nunca lutaste.

- E se eu não conseguir?

- Tu chegaste até aqui, e agora só tens de continuar. Catherine, achas que o Ryan ainda pode mudar de opinião? 

- Eu não sei pai eu não consigo fazer isto sem eles. 

- Os gémeos são teus nunca te esqueças disso. 

- Eu não vou. 

☆☆☆☆

- Mãe, a Helena?

- No escritório? 

- Não. 

- Eu ouvia discutir com o Sebastian à pouco.

- Então já sei onde ela está. Eu vou preparar os gémeos e vamos sair. 

- Ok, cuidado. 

Vesti os gémeos com uma roupa quente afinal tinha estado a chover e estava algum frio. 

- Até logo mãe

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- Até logo mãe. 

Coloquei os gémeos no carro e depois de vinte minutos estávamos em frente ao cemitério, coloquei os gémeos no stroller e adentrei eu vi nos ficheiros onde ficava a campa da Emily e quando estava perto vi a Helena. Só depois de um tempo é que ela notou a minha presença. 

- Eu sinto falta dela todos os dias. 

- Eu sei. 

- Quando ela nasceu era tão minúscula e eu não pude pegar-lhe. Eu não conseguia lidar com isso. Uma noite eu arrastei-me até à UTI ela estava a dormir e respirava através do tubo. Eu estava tão cansada que eu adormeci na poltrona da UTI e depois disso eu só consegui ouvir um som insistente eu acordei encontrei várias enfermeiras ao redor dela. Ela morreu mesmo à minha frente e eu nem me apercebi. 

- Eu lamento. 

- Eu também. 

- Eu não sei como é viver com essa dor e sinceramente espero que um dia vá embora ou pelo menos fique melhor. 

- Obrigada. Catherine...

- Sim. 

- Eu quero que pegues nos gémeos e fujas, agora.  

- Helena...

- Agora! 

Helena 

Eu e a Catherine estávamos a conversar quando me apercebi de um ponto vermelho no casaco dela, por isso mandei-a correr, eles estavam aqui. Ela começou a correr e eu peguei na minha arma e fui logo atrás. Ela escondeu-se numa cripta aberta.

- Baixa-te. 

- Eu não posso os gémeos. 

- Baixa-te, eu protego-os. 

- Ok. 

- No meu bolso esquerdo está o meu telemóvel, liga para o George.

- Não tens o rádio?

- Está no carro, assim como a artilharia pesada aqui só tenho a minha arma. Ela tirou o telemóvel e fez a ligação. Depois disso  a maçaneta da porta da cripta começou a girar e assim que isso aconteceu eu encostei-me a ela para travar a entrada de quem quer que fosse. Mas pararam talvez achassem que não havia ali ninguém. 

- Helena?

- Eu vou sair, fica aqui e não saias até eu vos vir buscar. 

- Ok.

Eu sai e não havia ninguém, depois disso ouvi tiros e corri até ao carro. Assim que cheguei fui cercada, eram só dois tipos mas tinham armas melhores. Eu comecei a disparar e acertei num mas apenas acertei na mão do outro que largou a arma e quando tentou pegá-la de novo envolvemo-nos num combate, depois disso o outro morreu e eu voltei à cripta. 

- Catherine, Catherine? Eles foram podes sair. Os gémeos estavam a chorar e eu peguei na Sophie. - Está tudo bem. 



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