12.

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Ryan

Eu só quero que a Catherine me dê uma oportunidade de provar que eu não sou a pessoa que lhe fiz parecer, eu estou arrependido do que fiz e quero mudar isso.

Catherine

Depois do meu encontro imediato com o Ryan nos corredores da direção eu não sei o que pensar, por muito que me custe admitir é daquele troglodita que eu gosto.

O dia estava a passar tão rápido que eu mal tinha tempo para pensar quando dei por mim já estava em casa novamente, agora aquela casa mais parecia o campo de batalha da segunda guerra mundial, desde que decidi fazer festa de aniversário, só vejo pessoas a passear de um lado para o outro, para além de que o meu pai decidiu hospedar metade da agência cá em casa, ele acha que eu não sei, segundo ele e a minha mãe são empregados para a festa, empregados que mais parecem saídos de um filme do James Bond.

- Olá filha. 

- Olá mãe, quando é que o pai se vai convencer que é apenas uma festa e que ninguém me quer fazer mal?

- Nunca. Olha as tuas avós vêm à festa, assim como alguns dos teus primos e tios. A Sabrina e a Kate ficaram encarregues da parte dos amigos. 

- Ok. 

- Olha, vais ter de contar para a família sobre a gravidez.  

- Ótimo, onde é que eu tinha a cabeça quando concordei com isto? Eu só podia estar louca. 

- Então não vais querer saber o que tenho para te dizer. 

- Mãe! O que é que tu fizeste? 

- Eu convidei a Evie e o Ryan para a festa, tu fazes dezoito anos e como vocês vão ser pais achei que era sensato.  

- A minha vida acabou. Digo enquanto me deixo cair pesadamente no sofá. 

- O Ryan não vem ao churrasco só vem mesmo à festa à noite. 

- Vocês dão comigo em doida, é a Kate e a Sabrina que já não se calam com isto mais parecem dois papagaios, é a Helena sempre na minha cola, é o pai com aquela paranóia da segurança que sempre que olho para o lado vejo um espião, és tu a tornar a minha vida uma bola de neve, são os meus filhos a dar chutes que parece que estão a jogar futebol aqui dentro e sou eu que já não sei mais para onde me virar. Disse de um fôlego só.

- Calma filha, tudo se resolve.

- Não vejo como.

- Vais ver, em breve. 

- Bem eu vou tomar duche, já volto. Subi para o meu quarto completamente a leste, a minha vida estava completamente à beira do fim, desde que o Ryan falou comigo que tenho fugido dele como é que agora ele pode aparecer no meu aniversário. Depois de tomar um banho desci para a sala.

- O que estás aqui a fazer? O Ryan estava parado na minha sala.

- Vim ver se estava tudo bem contigo e com os nossos filhos.

- Tens muita lata. 

- Eu sei que errei, mas...

- E achas que precionar-me é a melhor solução, achas que é assim que eu te vou perdoar?

- Não, mas tu andas a fugir de mim e eu queria saber se já tinhas decidido. Acredita, eu estou realmente arrependido.

- Ryan compreende uma coisa, tu não podes fazer as pessoas sofrer e depois pensares que é só estalar os dedos para teres tudo de volta ou para apagares o que aconteceu.

- Eu sei isso, não era minha intenção. 

- Olha eu disse-te que ia pensar e tu estás a precionar assim como os outros.

- Desculpa.

- Agora se não te importas sai da minha casa.

- Peço desculpa. 

Ryan

É claro que eu saí de lá triste, podia ter sido diferente, mas graças a mim não foi, esta culpa corrói-me por dentro.

Catherine

Parece que hoje todos tiraram a porcaria deste dia para me chatear o raio da cabeça, será possível? 

- Está tudo bem? Pergunta a minha mãe.

- ÓTIMA. Oh meu Deus, o que é que eu estou a fazer, porque é que eu estou a falar assim com a minha mãe? Ela não tem culpa de nada.

- O Ryan.

- O quê?

- Tu só ficas assim por duas razões ultimamente, o Ryan ou o facto de andares rodeada de espiões. Como hoje já tinhas explodido por causa dos espiões, calculo que agora seja por causa do Ryan que expulsas-te ainda agora daqui.

- Eu não sei o que fazer, eu estou assustada e...

- E?

- É muita pressão.

- Podias aliviar o que sentes, o Ryan está realmente arrependido, deixa que ele faça parte da tua vida.

- E se ele voltar a errar novamente? Mãe, eu não aguento outra desilusão. 

- Aguentas sim, tu és forte, já vivemos coisas bem piores.

- Isso é verdade. 

- Vai, dá-lhe uma oportunidade. 

- Achas?

- Acho.

- Está bem, mas eu hoje vou deixar que ele sofra um pouco ainda, amanhã falo com ele.

- Ok. A minha mãe colocou àquela cara de maldade se bem a conheço está a tramar alguma. 

Fruto De Uma ApostaOnde histórias criam vida. Descubra agora