Save Me { Primeira Temporada / Reescrevendo }

Coragem

Bocejo abraçando um travesseiro muito macio, abro os olhos vendo um quarto enorne.

Enriqueci e não sabia?

Me sento na cama, o quarto está escuro graças a tela de proteção, me levanto da king size trombando com meus saltos, calço eles e procuro pelo dono da casa. Desço pra procurá-lo na parte de baixo e trombo com ele saindo (ou entrando) de outro lugar

-Hey, boa tarde, baby - sorri assim que me vê

-Boa... tarde? - pergunto confusa sem lhe negar o sorriso

-Sim, já são umas duas da tarde - suspiro - eu não quis te acordar, você estava dormindo tão bem...

-Não tem problema - puxo ele pela mão

-Eu tô soado, princesa - faço careta pra ele que ri e me beija. Suspiro sentindo sua boca na minha com delicadeza, totalmente diferente de como estávamos ontem. Finalizo com um selinho e me afasto com o coração na mão por ter que voltar

-Jooheon... - respiro fundo

-Você não precisa voltar, Minhyuk

-Eu também não posso fugir, ele ainda é meu marido.

-Por pouco tempo - acaricia meu rosto - eu só gostaria de te proteger dele, eu não quero ter ver machucada ou... qualquer outro tipo de coisa - querer não é poder quando se trata de mim e Namjoon, caro Honey. Suspiro com o pensamento - Minhyuk

-Sim?

-Eu amo você.

Encaixo a chave na fechadura e rodo o objeto mas ele trava sem dar as duas volta, por muito pouco meu corpo não oscila e cai no chão, aperto a maçaneta me segurando nela e entro em casa engulindo seco. Meu suor escorre por meu corpo e posso sentir minha pele fria.

Ele chegou.

Olho pra figura sentada no sofá de cabeça baixa, meus saltos fazem um pequeno baque ao tocarem no piso de madeira corrida, outro fator que denúncia minha chegada.

-Co-como conseguiu e-entra-ar? - gaguejo num fio de voz. Seu olhar se prende na mesinha ao lado onde tem duas ferramentas, claro que teve que arrombar. Respiro fundo umas vezes pra evitar que a tontura volte, coloco minha bolsa na pequena mesinha ao lado do outro sofá - v-ocê est-á com fo-fome? - ele suspira

-Eu estou com dor. Uma dor insuportável que eu não gosto de sentir - sua voz sai normal mas sei o quanto seu tom engana

-Vo-voce quer um remédio? - meu queixo treme, eu tô com um medo do caralho, acho que nunca senti desse tipo antes

-Você sabe o remédio que cure a dor de uma traição? - suas palavras me golpeiam com força na barriga me tirando todo o oxigênio que eu havia colocado pra dentro. Meu Deus, me ajuda, eu imploro

-D-do que vo-ce está fa-falando? - Namjoon funga

-Eu por um momento acreditei que você nunca fosse me deixar. Acreditei que seu amor por mim era inabalável, acreditei que podíamos passar por qualquer coisa sem precisar chegar à um extremo... eu estava errado. - vejo que suas lágrimas caem e isso me machuca, eu não quero vê-lo sofrer, eu sou babaca o suficiente pra apagar tudo o que ele já me fez contanto que ele não sofra - mas fui eu quem procurei por isso, não? - pela primeira vez, seu olhos encontram os meus e descem me analisando. Seus olhos estão inchados denunciando que de fato estavam chorando, mas não sou capaz de decifrar mais nada.

Um fato que desde o começo vem me atormentando, eu e Namjoon mudamos muito de cinco anos pra cá, eu não o tinha mais, mas ele sempre me teve como quis. Eu perdi minha vida cuidando dele e esqueci de mim mesma, de quem eu era, mas isso não quer dizer que eu não o ame, pelo contrário, ainda restam muitos sentimentos.

-Foi bom foder com ele?

-Nós não transamos, Namjoon.

-Minhyuk não mente pra mim, eu estou me controlando muito pra ter uma conversa com você sem precisar usar a força

-Estou dizendo que não transamos. Se tivesse acontecido, eu estaria te falando.

-Então fez o que? Deixou que ele te tocasse, marcasse. E depois você pagou um boquete pra ele. Foi isso? - assinto

-Eu casei com uma puta e não sabia - ele ri sem humor - eu tenho tanto nojo de você Minhyuk, que só de te olhar... Como teve coragem? Como teve coragem de foder com outro?

-Nós não...

-SEXO ORAL É O QUE, CARALHO?! - se altera. Me encolho na parede - gostou de usar a boca em outro, hm? Gostou de chupar outro pau diferente?

-Namjoon... - sinto minha face quente mas é pela vergonha

-Só responde antes que eu te arrebente - espera a resposta que não sai - eu te fiz uma pergunta e quero a resposta. Você gostou de chupar outro?

-Gostei - sou sincera, mentir só vai piorar minha situação e de qualquer jeito, eu vou apanhar mesmo, então não tem um caminho diferente. Ele se levanta vindo até mim

-Gostou de ser tocada por outro? O que ele fez com você? Te chupou também? Por isso que você gostou? - a mão alheia abre um pouco meu blazer preto deixando as marcas de chupões a mostra. Segura a alça da minha blusa abaixando ambas fazendo o tecido escorregar por meu tronco e exibi-lo também marcado - você gostou? - assinto - Quanto ele te pagou pelo programa? - fecho os olhos sendo tocada em meu emocional novamente, algumas lágrimas saem - Minhyuk para de chorar, eu não quero perder a paciência que não tenho, com você. Quanto?!

-Ele... - minha voz sai falha - não me pagou - Namjoon ri

-Puta de graça? Eu também quero. Abaixa aí e mostra o que fez nele - suspiro engolindo o choro e voltando abrir os olhos

-Namjoon...

-Eu tô mandando você fazer, vamos.

-Eu não quero - Namjoon respira fundo e agarra meus cabelos, seguro em seus pulsos reclamando de dor

-Abaixa! - meu corpo é forçado pra baixo até que eu caia no chão

-Por favor, não... - peço voltando a chorar pela humilhação. Namjoon tira seu membro de dentro da calça e me obriga a colocá-lo em minha boca. Tento empurrá-lo de qualquer maneira mas paro de tentar quando começa a machucar puxando meus cabelos. Minhas lágrimas rolam por meu rosto enquanto minha boca é literalmente fodida por ele, engasgo em alguns momentos e em outros tento prender a respiração o máximo que consigo até ele jorrar em minha boca. Sou erguida pelos cabelos

-Ele também gozou na sua boca, desgraçada? Engoliu a porra dele, vagabunda? Responde! - grita me fazendo chorar de medo, pavor, raiva, nervoso e todos os sentimentos negativos que vem acompanhado de Namjoon quando estou em sua presença. - puta imunda, você é pior do que lixo. - ele literalmente cospe em mim me soltando. 

Ele não está mentindo, eu realmente me sinto pior do que lixo, estou me sentindo tão suja que não me dou ao trabalho de levantar enquanto ele sai porta afora me deixando só. Eu e minha consciência errática.