coisa de casal.

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O clima mudou drasticamente desde o momento que Anna e Harry estavam no carro, no estacionamento do antigo hotel da garota. Não havia qualquer sinal de choro em seu rosto mais, e no lugar das lágrimas, um sorriso grande havia se instalado lá. Ela não conseguia parar de sorrir nem mesmo enquanto tomava banho, se preparando para sair com Harry.

Eles foram para o hotel de Harry para se arrumarem e planejarem a próxima viagem. Harry decidiu que ele não precisava entrar em um avião para França tão cedo, já que ainda restavam semanas até o casamento de seu melhor amigo. Por algum motivo, ele achou que seria melhor estar com Anna em qualquer lugar da Itália do que participar dos jogos de adivinhação o dia todo, que era o que acontecia quando ele estava reunido com seus amigos.

Anna cantava quando estava no chuveiro. Harry conseguia ouvir a voz estridente da garota em qualquer cômodo do seu quarto de hotel. Ele ria toda vez que ela se empolgava, e gritava o trecho da música, desconhecida por ele. Ele estava aliviado por ter a versão feliz de Anna do que a que ele tinha visto mais cedo, onde tudo o que saía de sua boca parecia ser doloroso.

Harry estava terminando de se arrumar quando ouviu uma música soar pelo apartamento, e ele tinha certeza que não era Anna que estava cantando. Harry descobriu de onde vinha o som depois de procurar por todos os lugares. O celular da garota ainda estava plugado no carreador, na tomada da sala, e recebia uma ligação. A mãe de Anna estava ligando para ela, pela décima vez desde que o celular fora ligado. Harry bateu na porta do banheiro, informando a garota sobre a ligação.

- O quê? – Harry se aproximou da porta, sem conseguir entender direito o que a garota tinha respondido. – Anna, eu não vou atender seu celular. Você precisa falar com a sua mãe.

Ela resmungou algo que Harry não entendeu, e segundos depois, destrancou a porta. Anna saiu com uma toalha branca enrolada no corpo e pegou o celular na mão do garoto.

- Atende. – Harry insistiu ao ver Anna hesitar. – Ela deve estar preocupada.

- Mamãe? – ela encaixou o celular na orelha, cautelosa.

- Anna? Oh, querida. Eu fiquei tão preocupada. Onde você esteve? O que aconteceu? – Johana, sua mãe, soou tão aliviada que Anna pensou que ela estava quase chorando.

- Ahn, está tudo bem. Na verdade, eu estou atrasada para jantar com...

- Bradley? Estou com saudades dos dois. Eu falei com ele uns dois dias atrás e ele disse que você estava no banho. – Bradley não contou para a família da garota, e continuou fingindo que eles estavam juntos. Anna não sabia se ficava aliviada ou indignada. – Mas depois você não responderam mais e eu estava quase chamando a polícia.

Anna começou a andar pelo quarto, tentando pensar no que deveria responder para sua mãe. Harry se sentou, curioso por causa da feição nervosa de Anna. Ela não queria ter que explicar para sua família que tinha sido traída na sua viagem de noivado. É claro que ela contaria em alguma hora, mas não queria estragar sua noite com isso.

- Eu não posso falar agora. Harry está me chamando. – Anna falou rapidamente, e viu Harry protestar na sua frente.

- Quem é Harry? Bradley está com você?

- Eu estou bem, mamãe. Ligo mais tarde para a senhora. Diga para o papai e os garotos que eu os amo. – Anna suspirou, depois de ouvir sua mãe fazer várias perguntas. – Eu voltarei para casa em breve, está bem? Dê as notícias para papai. – e finalmente, se despediu da mulher. – Eu amo vocês. - ela deligou o celular e jogou na cama, como se se ela ficasse com ele por mais tempo sua mãe apareceria no seu lado. – Uau, essa foi por pouco.

AnnaOnde histórias criam vida. Descubra agora