Anna

joelhos ralados.

Harry virou para o outro lado da cama, esticando o braço para abraçar Anna. Ele resmungou quando não conseguiu achá-la na grande cama de casal e tateou o colchão mais uma vez. Ele abriu os olhos e se surpreendeu ao ver que a mesma não estava mais dormindo. Anna era sempre a última a acordar. Harry passou os olhos pelo quarto na tentativa de vê-la em algum lugar.

Anna não estava no quarto, assim como sua mala.

Harry deu um pulo da cama, procurando por qualquer coisa que pertencesse à garota. O quarto estava vazio, exceto pelas roupas de Harry. Ele presumiu a situação bem rápido, e em segundos já estava correndo para fora do quarto a procura da garota.

Ele desceu a escada correndo sentindo seu coração sair pela boca.

Harry tropeçou nos pés e precisou se apoiar nos móveis para não dar de cara com o chão. Ele esfregou os olhos para ter certeza se seus olhos estavam vendo direito. Alguma coisa estava muito errada, e ele sabia disso porque não era para Bradley estar na sala de Mark, na França.

Anna apareceu com uma xícara de café nas mãos e entregou para Bradley. Ela viu Harry pela primeira vez e arregalou os olhos, era para ele estar dormindo. O relógio apontava para seis da manhã, o que significava que todos deveriam estar dormindo. Harry arfou, partindo para cima de Bradley.

- O que ele está fazendo aqui?! – Harry praticamente gritou para Anna que empurrava seu peito para trás, impedindo-o que chegasse em Bradley.

- Harry, se acalma. – pediu Anna. Bradley se levantou do sofá e tocou no braço de Anna.

- Acho melhor irmos agora, Ann. – ele falou, sem tirar a mão da garota. Os olhos de Harry foram para onde Bradley a tocava, e brilharam de raiva.

- Harry...

- Ir? Ir para onde? – o britânico perguntou. Seu peito descia e subia com brutalidade, ele encarava Anna como se dependesse da resposta dela para respirar. Antes que ela abrisse a boca, ele já sabia o que ia acontecer.

- Eu estou indo embora, Harry.

Embora?, Harry repetiu a palavra na sua cabeça, em meio à confusão que acontecia dentro dele.

O garoto avançou para Bradley, derrubando-o no sofá. Mas não chegou a bater, porque alguém o puxou para trás.

- Harry, se acalma! – Mark segurava os braços do amigo, impedindo que o mesmo fizesse alguma coisa.

- Você não vai tocar nela! – Harry gritou para Bradley. Anna estava começando a se irritar, mas não queria falar com Harry. Ela pegou a mala que estava no canto do sofá e puxou o seu ex-namorado para longe. Vendo que Anna estava indo em direção a porta, ele a chamou: – Anna?

Ela fechou os olhos, de costa para os dois amigos, e respirou fundo. Seria mais difícil do que pensava sair por aquela porta.

- Anna, você não está falando sério, não é? – Harry continuava chamando a garota.

- Harry... – Mark, ao mesmo tempo, tentava segurar seu melhor amigo. – Jenny está preparando um café para você, ok?

Anna levantou da cama naquele dia um pouco depois de Harry ter dormido. Bradley estava a caminho da França antes mesmo de Harry voltar para o quarto de madrugada. Ela estava decidida que iria embora, não porque queria mas porque não conseguia ver Harry se apaixonar por Astrid mais uma vez, bem na sua frente.