beijos, buzinas e verona.

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- Vorremmo ordinare... – Anna olhou para Harry, que lhe deu um sorriso encorajador, e afirmando discretamente com a cabeça de que ela estava indo bem. - Il dolce?

"Gostaríamos de pedir a sobremesa."

Anna passou muitos minutos tentando decorar a primeira palavra italiana para finalmente conseguir dizer a frase toda, e o garçom nem a olhou com impaciência ou confusão, porque entendeu perfeitamente.

- Ci sono noci qui? – apontou Harry para o prato que Anna tinha escolhido. O garçom negou com a cabeça. – Arachidi?

O garçom disse que não, e se retirou.

Anna olhava para Harry sem entender suas últimas palavras. Ele, certamente, não a ensinara a falar o que quer que ele tivesse falado.

- Eu perguntei se tinha nozes, ou amendoim. Você sabe, não quero que passe mal.

- Você nunca vai esquecer isso agora? – a garota o repreendeu mas tinha um sorriso doce nos lábios.

- É sempre bom prevenir. Não quero que aconteça alguma coisa com você.

Bradley nunca fez isso, pensou ela.

A sobremesa chegou minutos depois, fazendo com que a conversa de Harry e Anna só fluísse melhor, e nenhum deles sabia como eles tinham começado a falar sobre a vez que Anna se irritou com sua vizinha e acabou regando boa parte de suas plantas com refrigerante. Harry não parava de sorrir enquanto ouvia a garota se lamentar sobre as pobres plantas encharcadas.

É claro que Anna não pulou a parte da história de que ela se arrependera e passou uma semana cuidado do jardim para se redimir com a vizinha.

Eles só se calaram quando perceberam que estava na hora de voltar para a estrada.

- Il cibo era delizioso! – disse Anna para o garçom que os atenderam assim que ela se levantou para ir embora. Harry apoiou sua mão nas costas de Anna, a guiando para fora do restaurante italiano. – Eu acabei mesmo de elogiar a comida em italiano?

- Se eu não te conhecesse, teria certeza que você é uma italiana. – ele afirmou, ocultando as pronuncias erradas de Anna e todos os erros gramaticais.

- Fica fácil quando é você que ensina. – Anna rebateu, deixando de falar como ficava irritada toda vez que Harry respirava fundo e perdia a paciência porque ela não estava aprendendo nada.

Harry soltou uma gargalhada, podendo ler seus pensamentos, e se aproximou para lhe dar um beijo na bochecha antes de abrir a porta do carro para ela. Era vez de Anna dirigir, enquanto Harry observava a vista e guiava Anna com o auxílio do mapa de papel. – quando Harry adormecia, ela usava o GPS para ter certeza que não estava errando o caminho.

Antes que eles conseguissem chegar em Verona, o celular de Harry começou a tocar sem parar. Ele fechou os olhos por um momento, pensando se se arrependeria muito depois de atender o seu amigo. Mas Anna estava distraída em seus próprios pensamentos e comia os biscoitos que Harry havia feito para ela mais cedo, que não foi possível em lhe ajudar.

- Mark? – Harry atendeu, franzindo os lábios, esperando pela bronca de seu amigo.

- Eu acho bom você estar aqui para o ensaio final do meu casamento, Harry. – Mark disse entredentes do outro lado da linha. Dava para ouvir conversas abafadas e uma música melosa. Mark devia estar na aula de dança para a grande dança dos noivos. – Eu não pensei que ficaria na mão quando escolhi você para ser meu único padrinho.

AnnaOnde histórias criam vida. Descubra agora