CAPÍTULO 12

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Na manhã seguinte, Cassandra acordou com alguém sacudindo-a pelos ombros. Ela esfregou os olhos, sonolenta, e então deparou-se com Franco ao lado da cama.

— Vamos, levante-se, preguiçosa!

— O que você veio fazer aqui?

— Chamá-la. Já é um bocado tarde.

Cassandra deu de ombros, virou-se de lado e abraçou o travesseiro.

— Vá embora. Não me levanto antes das nove.

— Hum, não acredito que uma mulher tão charmosa tenha preguiça.

— Não sou charmosa antes das nove. Ainda faltam quinze minutos. Pode ir embora.

Em vez de sair, Franco sentou-se na cama, parecendo disposto a não deixá-la dormir. Como fosse impossível ignorar a presença dele ali, ela resolveu encará-lo.

Ao ver seu rosto corado, os cabelos revoltos caindo em mechas negras sobre a testa, mais uma vez Franco perguntou-se que encanto especial aquela mulher possuía, para em tão pouco tempo ter o poder de mexer com suas emoções.

Com delicadeza, ele afastou-lhe o cabelo da testa, enquanto dizia:

— Hoje é domingo. Cassie. Você não gostaria de passear comigo em Roma e ver os pontos mais interessantes da cidade?  

— Claro que sim. Será que Sam quer ir conosco?

— Ele não me pareceu nada entusiasmado com a idéia. Prefere passar o dia com Gino e Tony. Você demora para se arrumar?

Cassandra levantou-se de sopetão, encaminhando-se para o guarda-roupa.

— Em quinze minutos estarei pronta.

Dito isso, entrou correndo no banheiro, como uma criança excitada diante da perspectiva de uma brincadeira.

Franco sorriu, divertido, e deixou o quarto.

Pouco depois, Cassandra terminava de se arrumar. Vestira roupa esportiva em tons claros e escovara os cabelos de maneira simples, deixando-os soltos sobre os ombros. Então pegou a sacola que continha seu bloco de desenhos e saiu para encontrar Franco no andar térreo.
— Quando você me conhecer melhor, vai ver que sou absolutamente pontual — disse ela, rindo.

— Espero que não me decepcione no futuro — ele retrucou, enquanto a conduzia para a porta de saída.

A manhã estava clara, o sol radiante e o céu sem nenhuma nuvem. Quando os dois chegaram à garagem da mansão, Franco fez questão de lhe abrir a porta da Ferrari e, depois, de colocar seu cinto de segurança.

Acomodando-se ao volante, ele deu a partida, tomando uma estrada moderna porém deserta. Como não cruzassem com nenhum outro carro, Cassandra perguntou:

— Que fim levaram as pessoas?

— Aos domingos, todo mundo costuma ir ao Vaticano para ouvir o papa. Alguns preferem vê-lo pela televisão.

À medida que chegavam a Roma, começaram a pegar ruas estreitas, onde o tráfego era intenso, embora não houvesse engarrafamento.

Em pouco tempo alcançaram o majestoso e imponente Coliseu. Cassandra já o conhecia de fotografias e de filmes, mas a visão daquele monumento ainda conseguiu surpreendê-la e quase lhe tirar o fôlego.

Ao perceber seu deslumbramento, Franco comentou:

— Essa obra foi construída em alguns anos, com trabalho manual. Hoje em dia, com a nossa burocracia, levariam décadas para erguer algo semelhante. Do outro lado fica o Fórum. Mas não se pode ir de carro até lá.

AO SABOR DOS TEUS CAPRICHOSOnde histórias criam vida. Descubra agora