CAPÍTULO 19

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Meia hora mais tarde Tadeu estacionava o carro em frente a um restaurante de aspecto simples, decoração modesta, sem luxo aparente. Entretanto era um lugar da moda, repleto de pessoas elegantes. As mulheres vestiam-se na última moda e estavam acompanhadas em sua maioria por executivos.

Depois de alguns minutos de espera, sentaram-se a uma mesa que dava ampla visão do ambiente.

— Este é o melhor lugar noturno de Roma — comentou Tadeu, após encaminhar os pedidos ao garçom.

Momentos mais tarde, quando os drinques foram servidos. Cassandra teve a impressão de que alguém a observava. Como que atraída por um imã, virou-se e então encontrou Franco, parado a poucos metros dali.

Embora conversasse com um desconhecido, ele não tirava os olhos dela e parecia não ouvir o que lhe dizia o interlocutor. Cassandra foi tentada a se aproximar, mas imaginou que ele estivesse ali a negócios, por isso preferiu não se intrometer.

Intrigada, ela perguntou a Tadeu:

— Você sabia que seu irmão estaria aqui?

— Claro que não! Pensa que sou adivinho?

Naquele instante Cassandra sentiu que lhe erguiam os cabelos e logo depois que alguém beijava sua nuca. Evidentemente não se assustou, pois compreendeu de imediato que era seu marido.

— Boa noite, sra. Luciano — ele cochichou-lhe ao ouvido.

Ela virou-se, com um sorriso nos lábios.

— Por que não me avisou que viria à cidade? — Franco quis saber.

— Na hora que telefonou ainda não tinha decidido. Vim a convite de seu irmão.

— Sente-se conosco — convidou Tadeu.

— Será que você não seria compreensivo a ponto de nos deixar a sós, mano?

— Claro, acabo de me lembrar que tenho um compromisso! — retrucou o rapaz, levantando-se. — Sei que vocês vão lamentar minha saída, mas o dever me chama!

— Vá tranqüilo. Garanto que vamos conter as lágrimas!

— Tenho a impressão de que ele planejou esse nosso encontro — comentou Cassandra, assim que Tadeu saiu.

— Preciso lhe agradecer depois.

— E aquele homem com quem você conversava?

— Já encerrei meu assunto com ele... Então, Cassie, vamos dançar?

Sem esperar reposta, Franco ofereceu-lhe a mão e a conduziu para a pequena pista.

Em meio aos casais que lotavam o salão, os dois se abraçaram apertado, começando a deslizar ao ritmo suave da música.

Trêmula de emoção, Cassandra arrepiou-se dos pés à cabeça quando as mãos fortes apalparam suas costas nuas, enquanto os lábios de Franco lhe roçavam o rosto, o pescoço, o lóbulo da orelha. Com o desejo a dominá-la, fitou-o fundo nos olhos e então pediu, num fio de voz:

— Desejamos um ao outro. Não há como negar isso...
Aquele apelo sincero, saído do fundo do coração, acabou por convencê-lo de que não adiantava lutar contra a paixão que os unia. Voltando à mesa apenas para pagar a conta, Franco em seguida levou-a pelo braço através da multidão até a calçada do clube. Minutos depois, chegavam ao apartamento dele.

— Cassie, hoje será o verdadeiro dia de nosso casamento.

— Eu me sinto sua esposa desde o primeiro dia...
Como resposta, Franco pressionou os lábios contra os dela, sentindo que vivia um dos momentos mais felizes de sua existência. Nunca desejara tanto uma mulher; nunca soubera o que significava ter o coração prisioneiro...
Deixando-se guiar pelos sentidos, ergueu-a nos braços e caminhou em direção ao quarto. Com suavidade, depositou-a sobre a cama, começando a despi-la com gestos lentos, saboreando cada segundo daquele ritual de sensualidade.

AO SABOR DOS TEUS CAPRICHOSOnde histórias criam vida. Descubra agora