6. UMA CHANCE PARA TYLER

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Tyler deixou a bicicleta em sua casa e de lá chamou um carro e foi o caminho todo abraçado com Pricila que ainda soluçava por causa do choro.

-Você foi muito corajoso...

-É? Eu... Eu não sei o que deu em mim.- o rapaz diz soltando um riso leve.- Quando vi já estava no pescoço do cara e pensando: "Mano, se esse cara resolver revidar fudeu!" Eu não sei nem matar uma barata! Imagina bater numa pessoa? -Tyler diz e os dois riem.

-Obrigada... -Ela fala apertando mais ainda o seu abraço.
Quando eles chegaram na casa dela Tyler a acompanhou até o portão.

-Agora, está entregue e em segurança. Você mora com seus pais?

-Sim...

-Conversa com eles sobre isso de você voltar sozinha do trabalho a noite. É meio perigoso.

-Eu vou falar sim... Minha mãe sempre foi contra eu voltar sozinha mas... Eu queria mostrar que sei me virar sem eles.

-Entendo... Como você conseguiu meu número? -Ele pergunta por último.

-Você escreveu na primeira página do seu livro.

-Ah! Sabia que um dia essa mania seria útil. -o Rapaz diz e Pricila ri.

-Obrigada de novo...

-Não precisa agradecer... Bom, eu vou indo, qualquer coisa é só ligar.

Ele dá um último abraço, ela entra e Tyler vai para casa. Chegando lá guardou sua comida no microondas. Depois do que aconteceu, não tinha mais estômago pra comer.

No dia seguinte acordou cedo e foi caminhando para sua faculdade. Precisava esvaziar a cabeça.

-Pô cara! Você me deu um bolo ontem! Te liguei e você nem atendeu!- Bruno diz assim que entra na sala.

-Hã?

-A cerveja!

-Ah! Nossa! Eu esqueci completamente! E nem sei onde larguei meu celular. Você não imagina o que aconteceu ontem.

-Eita! Então parece que com a ruivinha gata deu bom!!- O amigo se senta na cadeira da frente.

-Quê? Dá pra parar de ser tarado? Ela é minha amiga.

-Amigos sei... Mas conta aí!

Tyler contou o que houve e Bruno ficou indignado, mas como Bruno não é Bruno sem piadinhas inadequadas...

-Quem diria... Tayler com esse corpo magrelo ainda dá de zero a dez em brutamontes hein?!-O rapaz falou rindo.

Assim que a aula acabou, Tyler foi para a biblioteca depois do almoço e ficou lá durante algumas horas esperando para ver se Pricila chegaria. Mas como ela não chegou, ele decidiu ir para o mercado.

Quando chegou lá, não sabia por onde começar. Nunca teve que fazer isso na vida, já que quem era responsável por isso era sua mãe ou a cozinheira.

- Oi Tyler! -Ele escutou uma voz conhecida vindo por trás dele.

-Oi Pricila!

-Você fazendo compras?

-É, Eu. A comida lá de casa acabou.

-Oi?! Eu lembro de como é a sua casa de quando fomos levar sua bicicleta lá ontem e não parece ser um lugar que falte alguma coisa.- Ela diz e o rapaz solta uma leve risada.

-Acredite, lá falta muita coisa é uma delas é comida. Meu pai dispensou a empregada, já que não comemos direito lá desde que minha mãe...-Ele não concluiu.

-Entendi. - Pri disse dando um suspiro-Você parece bem perdido...

-Eu nunca fiz isso na vida!

-Se quiser eu te ajudo.

-Eu aceito, obrigado.

-Não tem de quê. Depois do que você fez ontem por mim, isso é o mínimo que eu posso fazer pra retribuir.

-Você não foi pra faculdade hoje?

-Não... Decidi ficar em casa com meus pais. Amanhã vai ser aniversário do meu irmão e estamos o dia todo organizando a decoração. Viemos aqui pra comprar algumas comidas e refrigerantes.

-Hum.. quantos anos ele vai fazer?

-Dezessete. Se quiser ir, está convidado a partir de agora. Espero que vá, se não vou me sentir sozinha lá. Nenhum amigo meu vai poder ir e meus parentes não são uma companhia muito agradável.

-Pode deixar que eu apareço lá sim. Que horas?

-Pode ir sete e meia.

-Okay.

-Vamos começar pelo básico! Arroz, feijão, açúcar, sal e café.-Após dizer isso, Pricila foi guiando o amigo pelo mercado em busca das coisas até que terminaram de pegar o que era necessário.

-Agora você espera chegar a sua vez e paga lá no caixa quando a mulher terminar de passar sua compra.-Ela orienta.-Agora eu preciso ir, meus pais já estão terminando de passar as coisas. Te vejo amanhã! Tchau!

-Tchau! E obrigado!- Tyler agradece e ela sorri em resposta. Depois de passar todas as compras Tyler chama o carro que o leva até em casa e o ajuda a descarregar. Assim que arrumou tudo na dispensa, decidiu sair para comprar o presente do irmão de Pricila. Como ele morava perto do centro comercial foi à pé até uma perfumaria que conhecia.

Quem não gosta de ganhar perfume?

O rapaz escolheu a fragrância que mais lhe agradou, pagou e voltou para casa.

Tyler passou o resto do dia estudando para o trabalho que teria na próxima semana e assim passaria todo o seu final de semana. Ele nunca foi muito bom em falar com o público, mas se realmente quiser ser advogado, terá que aprender a lidar com isso.

Mas será que ele realmente quer ser advogado?

Depois de estudar mais algumas horas e Ler alguns capítulos do livro que Pricila o emprestou, foi dormir.

Quando acordou no dia seguinte decidiu não ir a faculdade. Prefiriu ficar em casa estudando mais e lendo os capítulos finais do livro. Realmente aquela história era muito boa. Tyler arriscaria dizer que era até quase melhor que seus livros clássicos.

No meio da tarde o rapaz se pegou desenhando um dos personagens do livro, pensando se Pricila já havia começado a ler o livro que ele lhe recomendou.

A noite chegou e quando o relógio marcou sete horas, Tyler tomou banho e em quinze minutos estava pronto. Chamou o carro pelo aplicativo e saiu para esperar a carona chegar, enquanto isso ele pensava no quanto precisava aprender a dirigir. Poderia pegar o carro que era de sua mãe.

Mas ele ia esperar completar dezoito anos primeiro pra depois se preocupar com isso.



Olá!! Tudo bem? Espero que sim! O livro está ficando polêmico, não vou dizer que os próximos capítulos serão leves. Alguns virão com os dois pés na cara! Mas enquanto isso, vamos no morninho até que a história comece a esquentar. Espero que tenha gostado, e não esquece de deixar sua estrelinha e sei comentário aí, pra me motivar!

Beijos! Até o próximo capítulo!

UMA CHANCE PARA TYLEROnde histórias criam vida. Descubra agora