Haviam alguns carros encostados na frente da casa de Pricila. Ele vai se sentir bem deslocado nessa festa. Devia ter pensado duas vezes antes de aceitar o convite.
O portão estava aberto então entrou sem pedir licença. Cumprimentou algumas meninas que estava sentadas em cadeiras que elas mesmas haviam levado para lá.
-ham... Vocês sabem me dizer onde está a Pricila?
-Sim! Ela está lá dentro, pode entrar!- Uma menina loira simpática respondeu, as outras duas só ficaram o encarando e ele pode ouvir os cochichos delas assim que ele agradeceu e as deu às costas.
A porta da casa também estava aberta então ele entrou. Haviam alguns garotos jogando videogame entusiasmados na sala e algumas pessoas na cozinha preparando o jantar. Podia-se ouvir risadas vindas de trás da casa.
-Tyler!!- Ele escuta Pricila dizer seu nome. Ela vem até ele usando um avental rosa e o abraça.- Que bom que você veio! Eu só vou ali ajudar minha mãe a terminar a janta, mas pode ir lá fora pegar um refrigerante e uma cadeira pra você, eu já vou!-Ela disse sorrindo simpática.
Pricila falou tão rápido e saiu na mesma velocidade que ele só conseguiu sorrir de volta. Tyler viu que a casa toda estava enfeitada com balões preto, branco e vermelho.
O rapaz olhou para os lados e viu um dos garotos vestindo uma camisa vermelha e bermuda preta sair do sofá e dar lugar para outro jogador.
Quando o vê, o garoto sorri e vem em sua direção.
-Você que é o Tyler né? A minha irmã falou mesmo que um amigo dela ia vir. Meu nome é Arthur!- O garoto estendeu a mão para o recém chegado.
Acho que a simpatia aqui é familiar.
-Tyler. Eu trouxe uma lembrança pra você. Espero que goste.
-Valeu! Esse é um dos primeiros presentes que eu ganhei hoje.- O garoto diz rindo enquanto abre o embrulho.- Sabe como é, a gente vai crescendo e os presentes vão diminuindo.
Tyler dá um sorriso para disfarçar. Já não ganhava mais presente desde os seus quatorze anos quando sua família começou a mudar.
-MEU DEUS!!! Caraca velho!! Eu tô de olho nesse perfume à um tempão!! Valeu mesmo!! -O garoto, saiu sorrindo e foi para o quarto. Provavelmente para guardar o presente novo.
Tyler caminhou em direção a uma porta grande que havia na sala e dava para o quintal gramado da casa. Ele logo viu uma caixa térmica onde deveriam estar as bebidas, pegou um refrigerante, se sentou em uma das cadeiras e ficou lá observando as pessoas.
Tinham algumas meninas adolescentes andando por ali e comendo alguns pedaços de carne que um senhor estava assando na churrasqueira de metal e aos poucos ia tirando alguns pedaços que uma das meninas servia para os convidados.
Havia também alguns jovens que deviam ter a idade de Tyler que estavam conversando enquanto bebiam suas cervejas.
A menina que estava servindo a carne ofereceu para o rapaz excluído dos assuntos que aceitou prontamente. Depois de alguns minutos Pricila saiu e se sentou perto do amigo.
-Nossa, eu tô com uma fome! -Ela disse sentindo a barriga roncar.- E então? Como está a leitura?
-Não está. Já terminei. -O rapaz falou colocando o livro em cima do colo dela.
-Nossa, você gostou mesmo da história! Leu tudo em três dias!
-Ela até que é... Envolvente.
Tyler percebeu que uma mulher e uma senhora começavam a colocar as panelas com comida na mesa.
-É impressão minha, ou você não está querendo admitir que gostou do livro?
-O quê?! Eu? Só estou dizendo que a história é boa. Mas não tanto quanto os clássicos.
-Nossa você é chato mesmo hein?! -Ela diz séria e depois ri.
A mulher assim que terminou de colocar as coisas na mesa, e o senhor terminou de tirar a carne do espeto e também levá-la para a mesa, começou a chamar todos e as pessoas começaram a se organizar ao redor da mesa.
-Vem! Vamos rezar! -Ela diz puxando ele pelo pulso.
Tyler sentiu seu coração acelerar. Sua família nunca foi religiosa e ele não fazia a mínima ideia de como que se reza.
-Pricila eu não sei como se faz isso... -Ele cochichou para a amiga.
-Relaxa, é só fechar os olhos e segurar na mão de quem estiver do seu lado.
Os adolescentes foram trazidos de dentro da casa e todos formaram um círculo dando as mãos um para o outro. Pricila segurou a mão de Tyler que, pode sentir a maciez de sua pele e como seu toque era leve e delicado.
O rapaz deu a mão para um dos jovens que estava na mesa bebendo cerveja à uns minutos atrás e todos fizeram silêncio.
E então a senhora mais velha começou a falar.
-Estamos aqui nesta noite reunidos para comemorar mais um ano de vida do Arthur, meu neto que hoje completa dezessete anos. Quero pedir para que Deus derrame suas graças sobre ele e que ele tenha muitas conquistas na vida. Queria também agradecer ao Senhor por todo esse alimento que Ele nos concedeu e que Ele providencie para os que não têm. Vamos todos juntos rezar um Pai Nosso e uma Ave Maria.
Todos começaram a pronunciar em uníssono as orações que a senhora falou. Porém Tyler apenas fechou os olhos e ficou quieto. Depois das orações, todos começaram a se servir. O rapaz estava se sentindo tão deslocado naquela festa, que nem fome estava sentindo.
Mas mesmo assim ele foi lá e se serviu com um pouco de arroz, salada de maionese e um pedaço de carne. Pricila o chamou para se sentar com ela e com seus primos em uma mesa mas ele recusou.
Só ia esperar um pouco após a janta e ir embora daquele lugar. Aquelas pessoas eram boas demais para ele.
Pelo que Tyler percebeu, ninguém lá era rico, nem tinham o melhor carro ou a melhor casa. Mas todos tinham um sorriso contagiante no rosto que ele nunca tinha visto na vida.
Quer dizer... Ele viu no rosto da sua mãe no último natal antes de tudo desmoronar.
Olá para você que lê meu livro. Hoje eu tenho um recado importante! A partir de hoje, os capítulos serão postados todas as segundas feiras, talvez eu faça em mais dias da semana, mas tenho que ver ainda, então por enquanto é isso!
Espero que tenha gostado! Fiz com muito carinho e cuidado pra você. Se gostou não esquece de dar sua estrelinha e deixar seu comentário que vou amar ler e responder!
Beijão, até a próxima!
VOCÊ ESTÁ LENDO
UMA CHANCE PARA TYLER
Teen FictionTyler. O rapaz de belos olhos e cabelos castanhos está iniciando sua vida universitária, após se formar em seu antigo colégio. Agora cursando Direito, como bem queriam seus pais, tem se dedicado bastante aos estudos e passa quase todas as horas do...