9. UMA CHANCE PARA TYLER

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Olá! Tudo bem?? Espero que sim. Acho que na segunda eu não postei como tinha prometido, então aqui está.
Estou quase terminando de escrever o livro e quando isso acontecer, vou começar a postar dois capítulos por semana. O que acham? Comentem para eu saber! Beijos e até o próximo capítulo!








Capítulo 9.

A manhã daquela  segunda feira nasceu nublada e fria.

Tyler se levantou da cama sem vontade nenhuma e foi tomar um banho, após se vestir, pegou sua mochila e foi para a universidade, após às aulas recebeu uma ligação de seu pai dizendo que estava esperando por ele na entrada do lugar.

O rapaz achou estranho já que seu pai nunca o buscava em lugar nenhum.

-Hoje e amanhã você vai pra empresa comigo para aprender um pouco sobre como funciona o mundo da advocacia. Mas primeiro vamos almoçar.-Paulo disse parando em frente a um restaurante. -Hoje teremos um julgamento de um cara que supostamente matou a filha de um casal. Nós estamos defendendo o réu.

-Mas, ele matou mesmo?

-Matou. Mas esse casal não tem provas suficientes contra ele, então é certeza que vão perder. E caso eles arrumarem provas da terra, eu conheço o juiz, e posso ter uma conversinha com ele.

-Você suborna os juízes?

-É preciso. Como você acha que temos tudo isso? Com certeza não é com a derrota em causas. -Paulo diz e Tyler franzi as sobrancelhas- E depois que vencermos esta causa, vamos processar o casal por difamação e iremos arrancar um bom dinheiro deles.

-O quê?! Eles acabaram de perder a filha e você quer tirar dinheiro deles? Tá louco? Já não temos mais do que o suficiente?

- Você ainda é ingênuo meu filho. O mundo é dos mais fortes. Vence quem tem mais, então, quanto mais, melhor.

O pedido dos dois chegou e eles comeram. Tyler na verdade só cutucou a comida, pois estava com o estômago revirado após tudo o que tinha acabado de ouvir.

Seu pai era um ladrão.

-A Acusação pode iniciar. -O Juiz diz e o advogado do casal começa a falar.

Tyler pôde perceber que o casal era de família simples e com certeza não teria condições de pagar o que seu pai seria responsável por "pedir".

Quando Paulo começou a falar, o rapaz sentiu seu estômago revirar. O homem falava atrocidades, dizendo que a família tinha inventado tudo aquilo e que as provas que eles tinham não eram suficientes para acusar o cliente dele.

O casal perdeu a filha! Por que eles iam querer inventar alguma coisa??

Tyler saiu dali e foi para casa, não ia aguentar ficar lá, vendo seu próprio pai, ferrar com a vida daquelas pessoas.

O rapaz estava se sentindo sujo igual ao dinheiro de seu pai. Tudo que eles tinham, foi a custo da dor de outras pessoas. Suas roupas, calçados, quarto, livros... Tudo com dinheiro desonesto.

A raiva que o rapaz sentiu fez com que ele pegasse um vaso de vidro em cima da mesa de centro, e arremessá-lo contra a parede com toda a sua força.

Ele não podia continuar vivendo com isso. Não queria ser desse mundo, nem fazer parte da lei do mais forte.

No dia seguinte na faculdade Bruno havia faltado e Tyler foi se encontrar com Pricila na biblioteca.

-Mas você não disse que gostava?- Ela questiona.

-Gostava até descobrir o preço de ser bem sucedido nessa carreira.

-Hum... Mas o que você pretende fazer então?

-Vou fazer o vestibular nas férias e ver no que eu passo. Ah! -Ele diz abrindo a mochila e tirando de dentro o desenho que fez do personagem do livro de Pricila.

-Uau!! Que lindo! Foi você que fez?

-Sim. Pode ficar com ele.

-Obrigada! Tyler... Você podia trazer Design.- Ela falou olhando para o desenho.

-Design? Eu nunca tinha pensado nisso.

-Você é muito talentoso e vai se dar bem nessa área.

-Vou estudar essa ideia, gostei dela. E como anda a leitura do Alienista?

-Não anda, rasteja. Li a primeira página e com muito esforço Okay?

-Já é alguma coisa.

-Bom eu já vou indo. Tenho que trabalhar, até amanhã!

-Até!

Tyler passou o resto da tarde ali, estudando para seu trabalho. Tudo tinha que ficar perfeito.

-Tyler, já está na hora.-A moça da biblioteca avisa amigavelmente.

-Ah! Tá, obrigado!-Ele diz se levantando, arrumando as suas coisas e saindo. -Até amanhã!

-Até amanhã!

O rapaz caminha até a saída da universidade enquanto chama o carro. Chegando em casa ele vai para a parte da piscina. Algo que nunca mais tinha feito. Chegou bem na beirada e olhou para o monte de água que parecia ser mais fundo do que realmente era. Ficou um tempo ali, só pensando em coisas confusas de sua mente e se ele realmente queria fazer advocacia como manda o seu pai.

-Tyler. -Ele escuta a voz de Paulo o chamando de dentro da sala. O rapaz caminha até lá e assim que seu pai o vê, diz - preciso falar com você.- Tyler apenas ergueu a sombrancelha esquerda desconfiado e se sentou no sofá mais próximo. -A um tempo eu estou me encontrando com uma moça e... Agora eu gostaria de assumir um relacionamento sério com ela e quero que você a conheça.

-É sério?- O garoto pergunta com ironia incrédulo.

-Mais sério do que você imagina. Amanhã, vamos para um restaurante e quero que você

a trate bem.

-Isso vai depender de como ela me tratar.

-Tyler, evite mais confusões. A minha vida já está uma bagunça.

- Só a sua né?

-Olha, eu sei que a situação está difícil, você está na faculdade, com provas o tempo todo, quase não tem tempo de sair de casa mas, nós vamos sair dessa.

- Nós? -Tyler solta um riso de deboche. -Não existe nós. O que existe é eu e você, e você parece que não tá entendo a gravidade de situação! É sério?! Não faz nem quatro meses que sua esposa morreu e você já arrumou outra? Como consegue ser assim? O que aconteceu com amor que vocês tinham um pelo outro a três, quatro anos atrás?- Paulo apenas encarava sem expressão o desabafo do filho. -A não ser que... Você. Você traiu ela! VOCÊ TRAIU ELA, NÃO É? -Agora ele já gritava.

-Tyler, foi um erro mas(...)

-UM ERRO QUE CUSTOU A VIDA DELA SEU CANALHA!

-OLHA O JEITO QUE VOCE FALA COMIGO MOLEQUE! EU SOU SEU PAI!

-Você não é o meu pai.

UMA CHANCE PARA TYLEROnde histórias criam vida. Descubra agora