Por pouco eu não libero o capítulo no dia certo. Mas lembrei e consegui revisar certinho! Espero que goste e não se esqueça de deixar sua estrelinha e um comentário legal pra me incentivar a continuar o livro! Beijos e até a próxima!
Capítulo 11
-E você realmente achou que me levar pra fazer isso seria uma boa idéia? Olha pra mim, eu não sei conversar nem com um cachorro. -Tyler pergunta para sua amiga que se senta em um dos bancos do ônibus.
-Bom, se não quiser ir, a porta do ônibus ainda está aberta.- Pricila responde.
Todo mês a garota vai para um orfanato de adolescentes, conversar com os jovens de lá. Que muitas vezes não tinham alguém para lhe dar atenção e bons conselhos.
-Tá, e o que eu tenho que fazer?- Tyler pergunta descendo do ônibus com sua parte traseira doendo por causa da distância percorrida.
- Sei lá! Conversa com eles. -Ela falou entrando na recepção do lugar. Após serem recebidos por uma das governantas de lá, foram deixados a vontade e logo Pricila se juntou a um grupo de meninas que a receberam animadas e sorridentes.
Tyler por outro lado, se sentou e ficou observando ao redor quando de repente um garoto loiro se sentou ao seu lado.
- É sua amiga?- O garoto perguntou.
-Sim.
-Você veio obrigado?
-Não!- Tyler respondeu prontamente e recebeu um olhar de desconfiança.
-Relaxa! Eu também não ia gostar de vir puxar o saco de um monte de pirralhos carentes. Não vejo a hora de completar dezoito pra vazar daqui.
-Você tem quantos anos?
-Fiz dezessete mês passado. E você?
- Faço dezoito esse ano. O que pretende fazer depois que sair daqui?
-Arrumar um emprego, morar num apartamento alugado e viver almoçando pizza.
-É um bom plano.
-Não vai me perguntar o porquê de eu não fazer faculdade?
-Na verdade a faculdade não é uma garantia de sucesso.
-Não é isso que a maioria das pessoas pensam.
-A maioria das pessoas são influenciáveis.
-Concordo. - O garoto responde sem conseguir desprender os olhos de uma garota loira que acabou de cumprimentar Pricila com um sorriso gentil.
-Quem é ela?- Tyler pergunta.
-Hã? Ah! É a Andressa. É a queridinha do orfanato, todo mundo gosta dela.
-Incluindo você?
-Talvez. -O Rapaz diz após pensar um pouco.
-Acho que você deveria falar com ela.
-Ela não quer nada comigo. Acha que sou um cabeça de vento sem juízo.
-Você pode tentar mostrar outra coisa pra ela.
- Não acho que ela esteja interessada em ver meu pau.
É ele é cabeça de vento mesmo.
-O quê?! Não cara! Você entendeu errado! Eu tô dizendo que você pode tentar mostrar pra ela que tem mais coisas além do vento na sua cabeça. Pode mostrar suas qualidades.
-Desiste mano. Minhas qualidades não são suficientes pra ela.
Os dois estavam olhando as duas moças conversando.
-É... Mas ainda acho que você tem chance.
- Só em sonho.
×××
-Eu nunca vi alguém tão desacreditado!-Tyler fala e Pricila ri.
-Pra você ver!- Ela fala.
-Sério, eu estava quase chegando naquela garota e falando para os dois conversarem. O cara nem tentou e já estava sem esperanças!
-É isso o que acontece quando se é alguém que tem a vida toda errada.
-Nossa.
Os dois desceram no ponto de ônibus e Tyler chamou um carro, que os levou para uma lanchonete, onde o rapaz pediu um suco e um sanduíche e ela pediu um refrigerante de laranja.
-Você ainda está brigado com seu pai?- Ela pergunta. Ele havia lhe contado sobre o que tinha descoberto e a briga.
-Nem me fala. Hoje é o jantar com a namorada dele. Aquela mulher não merece fazer parte da minha família. -Ele diz e dá uma pausa.- Se bem que... Eu nem sei mais se eu tenho família.
-Você tem seus amigos.
-Eu queria ter um pai. A propósito preciso ir, se eu não for nesse jantar, ele vai dar chilique. Sem falar que quero olhar nos olhos da vadia que foi responsável pelo fim de tudo o que eu amava. -Tyler fala com sangue nos olhos.
-Calma Tyler! Não vai adiantar nada você ficar assim...-Ela diz colocando a mão sobre a dele em cima da mesa.
O rapaz pode sentir a maciez e o calor confortante daquela mão. Suas unhas estavam delicadamente pintadas de branco. Ela havia pintado daquela cor, pois no final de e semana faria a liturgia em sua igreja e queria que o esmalte combinasse com a túnica.
- Não... Não adianta, mas... Argh! Só de pensar naqueles dois juntos me dá nojo.
Pricila suspirou e Tyler pagou a conta para os dois, já que ela não tinha levado a carteira, depois chamaram o carro novamente e foram para casa. Quando o motorista parou em frente à casa de Pricila ela quebrou o silêncio que estava ali desde que entraram no Uber.
-Tenta dar uma chance pra ela...
-Não vou tentar nada. Eles não tentaram dar uma chance, nem pra mim e nem pra minha mãe. Ele não deu a chance para minha mãe ser feliz e nem me deram a chance de saber o que estavam acontecendo. A última coisa que eles merecem, é perdão.
Nessa fala, Tyler também incluía sua mãe. Ele não havia perdoado ela por ter se isolado dele e do mundo.
- Só... Nada. -Ela fala e aproxima seus lábios da bochecha de Tyler que estava olhando pra frente lhe dá um beijo calmo. -Tenta não se se sentir tão mal. Isso não é bom.
-Vou tentar.-Ele diz num tom amargo e ela sai do carro após dizer "tchau".
O motorista acelerou e o deixou em sua casa, onde seu pai já se encontrava.
-Onde você estava moleque? Estamos atrasados! Não tem responsabilidade, não?
Tyler ainda estava sentindo os lábios de Pricila na sua pele e nem ouviu o que seja pai disse, indo direto para o quarto.
Mas o que Tyler não sabia é que apesar de sua cabeça estar no céu, ela desceria até o inferno em questão de segundos.
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UMA CHANCE PARA TYLER
Teen FictionTyler. O rapaz de belos olhos e cabelos castanhos está iniciando sua vida universitária, após se formar em seu antigo colégio. Agora cursando Direito, como bem queriam seus pais, tem se dedicado bastante aos estudos e passa quase todas as horas do...