you're not Bobby, Harry

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[...] E novamente, Senhor, obrigado por colocar Lottie na vida de meu filho.

Eu realmente consigo imagina-los se casando e me dando lindos netinhos.

É essa a vida que eu quero para Harry

Essa a vida que o Senhor quer para Harry.

Essa é a vida certa para Harry.

Em nome de Jesus, 

amém

- Você poderia começar do começo. - sugere Harry, depois de uma semana inteira sem aparecer no consultório de Amy Green e, naquele dia, quando apareceu, ele exigia uma explicação sobre Robert Green.

Amy suspirou pesadamente.

- Harry, não acho que você esteja pronto para isso. - responde ela, pela terceira vez.

- Já se faz mais de oito meses. Não acha que me deve isso?

- Você não entende, Harry? Eu não posso. Eu não sei se você vai gostar ou não sobre a historia de meu irmão.

- Tente. Por favor.

De novo, a Psicologa suspirou.

Sim, Anne havia levado Harry todos os dias para o consultório mas, assim que o carro dela sumia de vista, Harry seguia para os fundos,ficando sentado perto do estacionamento da clínica, apenas observando as horas passarem e "matando" sua terapia, porque ele se sentia em partes traído pela mulher nunca ter lhe contado ou contado para a mãe que ela só trabalhava em casos de homossexualidade. E o restantes das partes ele pensava em Lottie, Fizzy - que ele conhecerá na terça-feira, quando a outra irmã de Louis e Lottie pegou uma carona com eles, já que o carro da amiga que ela pegava carona tinha quebrado naquele dia - e, principalmente em Louis.

Ele não sabia a historia inteira de Louis Tomlinson, mas sabia que há pouco tempo ele havia descoberto que gostava tanto de meninas quanto de meninos, e isso o deixou louco e morrendo de medo do que seus amigos - naquela epoca ele não sabia sobre Liam e Zayn - e sua familia poderia pensar. O resultado foi que ele pirou e no almoço de familia, gritou para todos que ele era bissexual e que, com todas as letras, estava pouco se fodendo para eles. Era só isso que Harry sabia, Louis nunca falava sobre o garoto que o fez descobrir quem ele era.

Mas agora ele estava naquele consultório para saber sobre Bobby. E não sairia de lá sem respostas.

Amy olhou para seu paciente e respirou fundo. Sim, ele merecia aquilo. Mais do que qualquer outro paciente, ele tinha o direito de saber.

- Meu irmão se chamava Robert Green. - começou a loira, passando as duas mãos nos cabelos, torcendo-os e depois os colocando de lado. - Mas nossa familia sempre o chamara de Bobby. Não era Robert, nem Robby, muito menos Bob. Era só Bobby. 

"Minha familia sempre foi voltada para a igreja, como a sua. Minha mãe até queria que Bobby, meu outro irmão chamado Billy e eu fossemos para um convento, para meus irmãos se tornassem padres e eu, Freira. Mas meu pai era totalmente contra. Ele achava que os filhos seguiriam esse caminho se eles quisessem, caso o contrario, nunca. Meu pai sempre dizia que cada um escolhe seu Caminho.

"De qualquer modo, minha mãe era catolica e homofobica. Ela achava que Gays e Lesbicas eram o Pecado em sua forma mais humana. Pensava que eles faziam sexo em banheiros publicos, moteis, carros e, Santo Cristo, na rua para todo mundo ver. Ela tentava passar para nós essa imagem errada da homossexualidade, e dizia que Deus odiava àqueles que viviam em um relacionamento que não fosse homem e mulher.

"Mas, apesar disso, Bobby era diferente. Apesar dos sermões de minha mãe, ele levou um garoto em casa e, juntos, ele e o garoto, falaram para meus pais que Bobby era gay e estava namorando com aquele garoto, a qual se dizia se chamar Peter. 

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