shut up, louis!

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[...] E o Senhor não sabe como fico grata a Ti por ter mostrado o caminho de Harry para a salvação.

Mas tenho medo, Senhor. Tenho muito medo desse menino Louis.

Espero que Harry veja que ele é um mal exemplo.

Em nome de Jesus

Amém

- Mãe, essa semana eu não tenho aula. 

- É verdade Gemma? Posso ligar pra universidade que eles vão confirmar?

- Pode sim. 

- Ótimo. Mas tarde eu ligo. Então você pode levar Harry essa semana?

- Ele não vai com os Tomlinson?

- É que eu acho que seria melhor você, que é irmã dele, o leva-lo já que está aqui.

- É o Louis, não é? 

- Não acho que ele seja a pessoa certa para andar com Harry, mesmo que Harry namore a irmã dele...

As duas, mãe e filha, conversavam entre si sobre Harry, que estava ali mas não participava da conversa. Na verdade, sempre foi assim quando estavam jantando nos outros dias da semana. Gemma e Anne conversavam e Harry ficava apenas comendo em silêncio.

Desde o jantar, no dia anterior, Styles se sentia estranho. Sua mãe agora perguntava a cada uma hora se ele tinha conversado com Lottie, sua possível namorada, que na verdade era apenas sua melhor amiga que o estava ajudando com a mãe. E, quando sua mãe não perguntava de Lottie, Gemma perguntava de Louis: O que ele fazia? Ele gostava do que? Ele não gosta de Jake Bugg, como ele pode não gostar de Jake Bugg? Ele dirige, uau! E essas coisas. E ele sentia alguma coisa no fundo do seu estomago sempre que a irmã perguntava sobre o Tomlinson, e respondia mal-humorado, chegou até a falar para ela pergunta pra Louis na próxima vez que eles se encontrarem e depois pediu desculpas, mas Gemma apenas riu e ficou olhando estranho para ele.

Sua cabeça doía tanto que parecia que ia explodir. Não conseguira dormir à noite e, novamente, ele não cantou durante o coral na igreja, deixando sua mãe e seu professor irritados, mas graças à Deus Gemma estava em casa, então Anne não lhe deu nenhuma punição, apenas um tapa no rosto que ardia até aquele momento.

As vezes Harry se sentia traído, nunca havia visto Anne erguer a mão para Gemma, na verdade, só duas vezes: a primeira, quando ela descobriu que Gemma estava dando suas barbies para Harry e a segunda, quando Gemma entrou na frente da mãe para proteger Harry depois que Anne pegou Harry e Charlie aos beijos.

Mas, fora essas vezes, Harry que era o saco de pancada da mãe. Era tão óbvio quem era o filho preferido.

- Deus abençoe. - murmurou o mais novo da família Styles, assim que terminou de comer e colocou seu prato na pia.

- Amém. - respondeu Anne, e voltou a conversar com a filha.

Styles tropeçou indo ao seu quarto e, quando chegou no seu quarto, se atirou na cama, sentindo o colchão de molas se afundar com o seu peso e acomodar sua bochecha nele. Ficou respirando fundo por alguns minutos e começou a pensar coisas pra ver se conseguia dormir.

E pensou em como sentia falta de Charlie, a unica pessoa que o entendia e que parecia o amar de verdade. Pensou na primeira vez deles e em como aquilo doeu mas foi bom. E o sorriso doce que sempre fazia Harry sorrir, e pensando naquilo Harry sorriu.

E então o sorriso de Charlie, a covinha no queixo havia sumido e algumas linhas que não existiam surgiram, a boca diminuiu consideravelmente e os dentes ficaram um pouquinho tortos e brancos demais. Harry abriu os olhos, arregalados, quando se deu em conta que havia pensado no sorriso de Louis Tomlinson.

Broken PiecesOnde histórias criam vida. Descubra agora