Capítulo 15 - "Aparece , aparece"

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Ainda com meus olhos fechados eu podia enxergar um clarão, pude ouvir meus pais conversarem sobre algo, queria saber o que era então mantive meus olhos fechados.

- Esqueça ela, ela foi um erro e você sabe. Vamos cuidar desse que estar por vir e matar ela. Ela é inútil e se está nesse estado é porque quis. Vamos apenas acabar com tudo isso.
Você não gosta dela, e nem eu. Nunca fez nada de bom para nós, é um encosto. Se você não me ajudar vou fazer isso sozinho.- pude ouvir a voz do meu pai.

- Jonh escute o que está dizendo, você quer matar nossa filha! Eu não queria esse bebê que está por vir, você me estuprou. Isso foi a força. Você não pensa? - ouvi soluços.

- Você que não está raciocinando. Ela é um encosto, você não a ama. - ouvi ele bater na mesa. - Eu sei que você quer isso.

- Não tenho nada a declarar. - suspira.

- Mãe? - falei com voz baixa e rouca fingindo ter acordado naquele momento.

- Filha, você acordou. - falo vindo para perto de mim, mas algo estava diferente ela não sorria mais. - Você está bem? Está com fome?

- Eu vou sair daqui. Não me procure até você me pensar no que é o certo. - meu pai disse rude.

- Não ligue para ele filha. Você quer comer? - sentou-se ao meu lado.

- Sim. - assenti.

- Eu vou pegar algo para você. - saiu do quarto.

- Porque estou aqui de novo? - suspiro - Talvez seja o destino me dando uma oportunidade de voltar para o lugar onde eu tanto queria estar?

Me levantei da cama, e por incrível que pareça eu estava bem. Não me sentia fraca sem nada, fui até a janela do quarto e olhei o movimento dos carros e motos e outras coisas.

- É tão bom estar de volta. - sorri de lado.

Minha mãe entrou no quarto e me pediu para sentar. Ela insistia em me dar comida na boca, mas isso é muito infantil.

- Não precisa. - pus uma garfada cheia na boca.

- Que anel é esse? Onde você conseguiu? - ela pegou minha mão - Eu nunca tinha notado.

De relance olhei para minha mão e vi meu anel. Eu havia esquecido completamente deles.

- Uma amiga que me deu. - sorri forçado.

- Bom vou voltar para casa, estive aqui por tantos dias.

- É verdade que está grávida? - pergunto.

- Sim. Como você sabe? - me olhou.

- Eu ouvi a sua conversa com meu pai.

- Quero que saiba que eu nunca faria isso.

- Está bem, volte para casa.

Dois dias se passaram e estava um tédio. Eu já não suportava mais esse mundo de novo, eu me perguntava como havia parado lá de novo. Às vezes eu pensava "eu consegui" mas também "eu quero voltar" isso me deixa confusa. Eu sentia falta de todos, dos bichinhos. Dos meninos, e principalmente da chatisse do Yoongi. Talvez eu me arrependa disso, mas eu quero ajudar o JungKook à conquistar a amada dele. Então eu preciso voltar para lá. Esperei ficar de noite, insisti que minha mãe fosse para casa descansar, quando ela foi embora desliguei às luzes do quarto deixei a janela aberta iluminando meu quarto com a luz do luar e comecei a sussurrar para a lua.

- Aparece, aparece, aparece. - eu suplicava para que algum deles aparecessem - Me atende, me atende, me atende.

Taehyung narrando

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