Bônus - Parte I

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THIERRY

Coloco a menina no banco de trás do meu carro na cadeirinha que comprei especialmente para ela

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Coloco a menina no banco de trás do meu carro na cadeirinha que comprei especialmente para ela. Afinal ela ainda é uma pequena bebê aos meus olhos.
Desde que saímos da maldita creche há minutos atrás ela não para de chorar, já tentei de tudo para ela calar a boca, o seu choro é extremamente irritante.

Depois que descobri que Annabelle havia engravidado do homem que está com ela fiquei possesso de raiva. Ao meu ver ela não precisa da minha filha ao seu lado, pois agora tem outra filha.
E aposto que o homem que está ao seu lado odeia a Luna, até porque ele é obrigado a conviver com uma criança que não é exatamente nada dele. Luna é como um peso na vida deles. E nada mais justo que ela fique comigo, que sou o seu pai de sangue. No fundo não tenho sentimentos muito fortes pela pequena ruiva, nunca convivi com ela.
Quando deixei Annabelle plantada no altar não sabia que ela estava grávida, só fiquei sabendo depois, e na época não queria um filho, e muito menos uma mulher ao meu lado. Desisti do casamento porque havia chegado a conclusão de que era muito novo para isso, precisava curtir a minha vida sem uma mulher ao meu lado. E os meus sentimentos pela Annabelle não eram tão fortes a ponto de querer passar o resto da minha vida ao seu lado.

Dou a volta no carro e ocupo o banco do motorista rapidamente.

— Eu quelo o meu papaizinho, minha mamãe, e a minha Bebel. — A criatura de cabelos ruivos como os da mãe diz chorando passando sua mão pelo rosto limpando as suas lágrimas. O rosto dela já está bastante avermelhado.

— Eu sou o seu pai. — Digo nervoso.

— Você não é o meu papai. Meu papaizinho tem olhinhos como o da Bebel. — Diz ainda chorando.

— Aquele homem não é o seu pai. — Ligo o carro e saio em alta velocidade até o prédio onde estou passando um tempo. — Ele é o pai da sua irmã, não seu pai. — Falo em um tom de voz mais alto fazendo ela arregalar os seus enormes olhos verdes e voltar a chorar.

Depois que falei isso ela finalmente calou a boca e ficou chorando em silêncio até começar a soluçar. Não sei de onde essa menina tira tantas lágrimas, pois não para de chorar nem por alguma míseros segundos.

— Quando vou para a minha casinha? — Pergunta baixinho.

— A partir de hoje você vai morar comigo, e não com sua mãe e o marido dela. O seu lugar é ao meu lado, não ao lado deles. Pretendo tentar te amar e te dar uma vida digna. — Ultrapasso mais um sinal vermelho a fim de chegar mais rápido no prédio onde eu estou no momento. A essa hora eles já devem saber que peguei a Luna na creche, e devem estar atrás de mim como loucos.

— Mas eu tenho minha casinha. — Diz novamento. Creio eu que ela não está entendendo absolutamente nada.

Pelas minhas contas Luna está quase completando três anos, falta poucos dias. Mesmo não ajudando Annabelle em nada eu sempre me mantinha informado sobre a sua vida pessoal, é isso ficou mais fácil quando ela foi morar no apartamento do seu atual marido. Lá fiz amizade com o porteiro e descobri muitas coisas, até hoje o porteiro acha que sou um membro da família deles, o que é mentira.

Você Não Soube Me Afastar (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora