23- Libertação

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— Isso! Eu mesma. Nunca desconfiou? — Joana está na minha frente, atrás dela tem dois titões que, provavelmente, vão nos prender.

— Você conhece ela? — Perguntou Coral.

— Infelizmente sim. — Respondi. — Mas o que você está fazendo aqui ? — Perguntei para Joana.

— Mamãe mandou que eu ficasse de olho em você e na sua amiguinha. Ela tinha certeza que vocês virinham para cá. — Respondeu com um sorrisinho cínico. — Acham mesmo que vão libertar Daya? Somente um membro da família real pode liberta-la, e até onde eu sei você não é.

Foi então que percebi. Ela não sabe que sou filha da tia dela, mas como ela me chamou de priminha se não sabe verdade?

— Se eu não sou membro da família real, por que você me chamou de priminha? — Perguntei.

— Eu ouvi você chamando Daya de tia. Só não entendi por quê. Daí na hora eu inventei esse priminha.

Meu pai, como ela pode ser tão idiota? Mais que na cara que sou prima dela. Que burra, vei.

— Realmente não sou membro da família real, mas achei que poderia conseguir liberta-la. Sinto muito Coral, mas não vamos poder libertar a rainha. — Coral me olhou estranho, como se tiversse perguntando o que diabos tinha na minha cabeça. — O que vão fazer conosco?

— Os titões vão levar vocês para dentro da jaula em que Daya está, assim garantimos que vocês não irão fugir. Mas me diga... por quê você à chamou de tia?

Eu não fazia a mínima ideia do que dizer, até que Coral passou a minha frente.

— Porque é assim que chamamos a rainha...e-ela pediu para que á chamassem assim; daí de tanto ela ouvir eu chamar ela assim, Iara acabou se acostumando e passou a se referir a ela assim também. — Coral teve uma boa ideia. Espero que Joana caia nessa mentira.

— Ah...Essa eu não sabia. Mas tanto faz; estou nem aí para isso. Agora, entregue o cristal. — Ela falou olhando para Coral. Ela queria o cristal que faz os titões desmaiaram de dor.

Coral olhou para mim como se perguntasse se entregava ou não, e eu assenti para que ela entregasse. Ela foi até Joana e colocou o cristal na sua mão.

— Ótimo. — Joana falou. — Agora leve-nas. — Ordenou aos dois titões.

A caverna é escura e estranha. Realmente estamos dentro se um animal morto. Só vejo vários ossos empilhados um sobre o outro e em cima um junção de ossos em formato quadrado. Provavelmente é a coluna vertical.

Chegamos na cela onde Daya está. Os titões pegam um potinho cheio de sangue e derramam um pouco sobre a fechadura que de imediato se abre.

A rainha ao me ver começa a chorar e me abraça. A calda dela pare de com a minha; uma mistura de azul claro com branco. Seus olhos são uma mistura de azul esverdeado. Seus cabelos são louros e cacheados. E na sua cabeça está a mais linda coroa que já vi; cheia de pedrinhas brilhantes e um formato incrivelmente lindo.

— Minha sobrinha. Como está parecida com a sua mãe. Finalmente pude te conhecer. — Ela falou olhando nos meus olhos e pegando minha mão.

— Eu que digo. Coral falou tanto de você que eu ficava imaginando com você era. É olha... É muita mais bonita do que imaginei. — Falei sorrindo.

— Coral, obrigado por trazê-lá até aqui. — Daya cumprimentou Coral que se curvou em reverência. — Depois que tudo isso terminar você terá uma grande recompensa.

— Minha recompensa será ver o reino do jeito que era antes. Não há recompensa melhor que essa. — Coral falou radiante e com um brilho de esperança nos olhos.

— Mas agora que vocês estão aqui, como iremos sair? Eu ja tentei de tudo. Usei todos os meus poderes e nada. — Uma tristeza tomou conta de Daya; e o sorriso que estava em seus lábios desaparecerão.

— Não se preocupe, tia. Eu vou tirar a gente daqui em dois segundos. — Peguei o artefato furante que as trigêmeas me deram e mostrei  a ela.

— Claro! Estão esse era seu plano. Trazer a gente para dentro da cela e fingir que você é uma sereias comum, assim fica mais fácil liberta-la. Que ideia brilhante. — Coral falou.

— Joana é tão burra que acreditou em tudo. — Falei rindo.

— Mas do que vocês estão falando? — Daya perguntou sem entender nada.

— É que lá fora encotramos Joana e ela não sabe que eu também sou sua sobrinha, e Kata...Quetane não contou a ela, só mandou ficar de olho na gente. Então foi fácil engana-la. — Falei ainda rindo da situação. — Mas agora vamos la. Vou furar meu dedo e ver no que vai da.

Peguei o artefato e furei meu dedo. Achei que ia doer, mas não. Não senti nada. O sangue começou a escorrer e coloquei sobre a fechadura que se abriu imediatamente.

Comemoramos feito crianças quando ganham algum presente. Liberdade, ai vamos nos.

A Última Sereia  (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora