Paris.

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Ele tinha planejado tudo dessa vez. Desde que chegara a Londres, passara a maior parte do tempo pensando em como contaria a Candy sobre o que tinha feito no hotel, causando quase o término de Liam e Luna.
Não existia outra forma sem que fizesse uma encenação antes, porque tinha plena convicção de que Silverstone olharia para ele com aqueles olhos azuis e ardentes e o destruiria. Zayn precisava arquitetar cada passo.
Depois que conversará com Liam confessando que só tinha levado as garotas para seu quarto porque não conseguia mais tirar a garota da cabeça, ele pareceu entender. Ou talvez estava frágil de mais para contestá-lo. Malik finalmente se sentiu seguro e não podia mais negar ou fingir que não estava completamente louco por ela.
Disse ao seu melhor amigo com todas as letras que independente do que ele pensasse sobre os dois, seguiria em frente. O primeiro passo depois de falar com Payne era encontrar a melhor maneira e quando pensou sobre os dois, não tinha nada que ambos gostassem tanto quanto a música clássica.
Estava nítido.
Não fora difícil achar o concerto, seria complicado apenas chegar até ele.
Malik ligou para sua avó, explicando toda a situação e ela pareceu entender e até ficar animada com as novidades do neto. A Senhora Malik, foi quem colocou a cereja no bolo.
Literalmente.
– Paris?
Ele sorriu.
– Sim, Paris. Entre no carro. – disse, abrindo a porta para ela.
Candy o encarou boquiaberta e desconfiada.
Estava deslumbrante. Quando seus olhos caíram sobre ela, sentiu toda sua pele arder.
– Zayn, como vamos para Paris?
Ele apontou com a cabeça para ela entrar de uma vez. Candy ergueu a ponta do vestido longo e com relutância sentou no banco bufando. Ela ficaria inquieta até ele contar.
Deu meia volta no carro e não esperou um segundo para sair. Estavam atrasados.
– Não vai me dizer nada? – indagou ela.
– Eu conversei com algumas pessoas – sua avó – e me emprestaram um jatinho particular.
Ele viu pelo canto dos olhos, ela abrir a boca surpresa.
Zayn precisava beijar sua avó, quando a visse. Ela tinha comprado há alguns anos um jatinho para alugar para quem precisasse. E por sorte, estava a sua disposição. Chegariam a Paris em meia hora ou um pouco mais. Seria perfeito. Poderia levá-la para jantar, contar sobre a viagem e depois esperava que ela esquecesse a ideia de esfolar ele vivo, por conta do concerto.
– Ah meu Deus! – exclamou ela.
Ele sorriu vendo sua expressão divertida.
– Nós vamos chegar lá em alguns minutos e então vamos jantar. O que acha? – ele estava um pouco apreensivo, não podia negar.
Ela mordeu o lábio inferior e ele engoliu em seco, com os olhos vidrados na boca dela.
– Você é mesmo extravagante.
Malik curvou o cenho e deu uma risada seca.
– Eu sou extravagante?
– Muito. – respondeu ela sorrindo.
Ele estalou a língua nos dentes.
– Se você diz...
– Eu estou certa, quase sempre.
Balançou a cabeça negativamente.
– Talvez isso seja um pouco demais mesmo. Mas espero que no final você me perdoe.
Ele a encarou por um instante. Candy sorriu com os olhos e depois olhou para as próprias mãos. Adorava quando ela ficava tímida. Era simplesmente um encanto.
– Da próxima vez nós vamos em um lugar que eu frequento. Nada de terno e vestidos.
– Falando nisso. – disse ele. – Quando é seu baile?
– Você lembra ainda? – indagou ela, surpresa.
– Eu disse que ia te levar, não disse?
Candy umedeceu os lábios, se arrumando no banco do carro. Eles estavam quase chegando.
– Você disse, mas pensei que...
– Eu sou homem de palavra Candy.
Eles ficaram em silêncio por alguns minutos. Zayn Malik se considerava um homem de palavra. Por mais que fraquejasse às vezes, no fim, sempre fazia aquilo que parecia certo.

Chegaram ao aeroporto e ele a ajudou a sair do carro, levando a garota até onde o jatinho estava. Cada passo que ela dava na sua frente, Malik sentia seu perfume e ele tivera que se segurar para não beijá-la ali mesmo.
– Eu ainda não estou acreditando. – disse ela.
Zayn sorriu, pegando de leve em sua cintura.
O pequeno avião já estava os esperando. Candy balançou a cabeça deslumbrada.
– Está pronta? – indagou, antes de subir a escada.
Ela assentiu.
– Estou.
Silverstone subiu na frente e ele ficou alguns segundos parado, apenas a admirando. Quando ela chegou à porta, virou para trás sorrindo.
– Você não vem?
Ele sorriu nervoso. Aquele convite o fez estremecer.

DSTCDA – C.

– Bem vindo, Senhor Malik.
– Oi Colin. Como está?
– Estou bem, obrigado. Podem se acomodar, colocar os cintos que já estamos de partida.
Zayn assentiu e apontou um lugar para ela sentar.
Candy não estava acreditando. Em nenhum dos seus sonhos mais loucos pudera imaginar algo como aquilo.
Minha nossa.
Paris.
Zayn Malik era mesmo exagerado e talvez um extravagante além da conta, mas se até aquele momento ela tivera dúvidas sobre ele ser o homem da sua vida, tudo tinha acabado no instante que a convidará para o concerto. E aquela rosa.
Minha nossa.
Ele podia apenas ir até a casa dela ou no escritório, não importava. Aquela rosa tinha conquistado mais um pedaço do seu coração. Não que Zayn já não fosse dono dele, mas aquela atitude completamente fora do comum havia dado certeza a ela que era ele.
Minha nossa mil vezes.
Ela estava tremendo e não conseguia parar de sorrir um minuto. Teria um ataque do coração.
Ele tinha superado todas as suas expectativas. Todos os seus sonhos.
Tinha que mandar uma mensagem para a mãe para que não ficasse preocupada quando chegasse em casa, mas tinha medo que se contasse para alguém alguma coisa desse errado. Porque era sempre assim.
Ela engoliu em seco, o observando conversar com Colin.
Ele era tão lindo.
Como poderia querer ficar com ela? Refletiu, olhando cada partezinha dele.
Zayn Malik era tão lindo e inteligente e... rico.
Se quisesse teria as mulheres mais lindas do mundo ao seu lado. Com certeza. E, entretanto estava ali com ela, dentro de um jatinho particular, rumo ao concerto de ópera do grupo que estava apaixonada indo direto para Paris. A Terra dos apaixonados.
Alguém tinha que beliscá-la. Era surreal demais.
Se contassem a ela meses atrás, quando o viu na cafeteria pela primeira vez que isso estaria acontecendo, provavelmente falaria que a pessoa estava louca. Mas louca era ela quem estava ficando com tamanha reviravolta que sua vida tinha dado. Um tempo atrás estava trancada em casa chorando no colo da mãe por coisas terríveis que havia acontecido em sua vida e agora não parava de admirar o homem que estava sentado na sua frente, que toda garota da sua idade – e até mais velhas – sonhariam em ter em suas vidas, mas fora ela quem tivera a sorte.
Não. Não era apenas sorte.
Não podia catalogar Zayn Malik apenas como sorte.
Ele era destino.
O destino da vida dela.

– Uma bolsa?
Ela sorriu.
– Acredite é uma história boba, mas tem uma loja perto da minha casa. Eles vendem coisas usadas e tem uma bolsa na vitrine da Louis Vuitton que sou apaixonada.
– E você já comprou a tal bolsa?
Ela negou com a cabeça.
– Não sei se ela é tão importante agora.
– Então você começou o estágio por causa de uma bolsa. – ele se inclinou, apoiando o queixo na mão – Interessante.
– Achou que eu gostava de arquitetura?
– Achei. Você já tinha me falado sobre isso naquele almoço.
– Sim, agora eu gosto. Mas quando entrei, não conhecia absolutamente nada desse mundo.
Ele assentiu.
– Você disse sobre fotografia e música também.
Ela sorriu. Lembrava do que ela havia dito. Zayn a encarou por uns instantes e Candy sorriu de volta. Parecia uma boba.
– Sim. Eu estou pensando em alguma profissão relacionada à arte.
– Você já estudou alguma das possibilidades? – questionou ele curioso.
– Sim. No colégio eu sempre trabalhei com fotografia, mas faz tempo que não pego em uma câmera.
Ele a encarou confuso, curvando o cenho. Candy olhou pela janela do pequeno avião.
Nunca comentará com ninguém sobre aquilo. Nem mesmo seus pais.
– Porque não? – indagou Zayn.
Ela engoliu em seco.
Sua vida estava tão perfeita até aquele momento que não queria estragar. Mas por outro lado, sentia que parte dela precisava ser exposta para fora aos poucos e dividir aquilo com Malik talvez a fizesse bem.
Ela só queria que ele a entendesse antes de julgar.
– Eu fiz bobeira no segundo ano. Adorava tirar fotos minhas e quando conheci uma pessoa essas fotos foram ficando mais...
Deixou a frase morrer.
– Íntimas? – indagou ele, preocupado.
– Sim.
Ela olhou para os próprios pés. Não se sentia nenhum pouco confortável com aquilo. Era tão constrangedor falar sobre a maior vergonha que tinha passado em sua vida que logo entraria em combustão se Malik não falasse alguma coisa.
– Eu... – pigarreou ele, antes de continuar – você não precisa falar disso se não quiser.
Ela assentiu, ainda olhando para baixo.
Minha nossa, por mais que sentisse um alívio, era angustiante ter que contar há alguém sobre algo que mantinha em segredo a sete chaves.
– O que acha de voltar a fotografar? Pode tirar uma minha agora. – indagou ele, animado.
Ela levantou a cabeça confusa.
– O que? Uma foto? Agora?
A primeira coisa que ocorreu a Candy era que Malik não tinha entendido absolutamente nada do que havia dito há dois minutos. Mas quando ele sorriu confiante para ela, entendeu.
Ele simplesmente não se importava com aquilo e nossa... Zayn conseguiu tirar um peso dos seus ombros.
– Você precisa enfrentar seus traumas. – disse ele dando de ombros. – Quando o Pantera me derrubou a primeira vez; fiquei meses sem montar. Meu avô disse que eu era um maricas e pra provar que estava totalmente errado, eu fui lá e montei. Claro que acabei quebrando o braço de novo, mas foi divertido provar que ele estava errado.
Ela riu se sentindo mais leve.
– Vamos, tire logo uma foto. Se você quer estudar fotografia tem que perder esse medo.
Candy teve vontade de se jogar nos braços dele. Zayn Malik era perfeito.
– Tudo bem. Mas não tenho câmera aqui. Ou vai tirar alguma de algum lugar desse avião e me surpreender mais uma vez?
Ele sorriu dando de ombros.
– Infelizmente vou perder a chance de te surpreender. Mas eu estava pensando mesmo em você usar a câmera do seu celular.
– A qualidade não vai ser a mesma. – explicou ela.
– Não tem problema.
Ele tirou o cinto de segurança e se ajeitou no sofá.
Suas mãos tremiam. Tinha um celular aparentemente bom, mas não era lá grande coisa para tirar fotos. Até porque ela não fazia isso há anos.
– O que eu faço? – quis saber ele.
Ela engoliu em seco. Ele podia ficar de qualquer jeito que ficaria lindo.
Candy tirou o cinto e se inclinou um pouco. Ele estava sentado na frente dela.
– Ahm... – o encarou por um instante. Não tinha reparado, mas seu cabelo estava um pouco grande – Posso? – pediu.
Zayn assentiu, sorrindo com os lábios semicerrados.
Ela se inclinou de frente para ele, ficando praticamente com as testas grudadas, para arrumar seu cabelo para trás. Seu coração estava palpitando e a cada batida sentia dificuldade para respirar.
– Assim ficou melhor. Agora você relaxa e faz o que quiser.
– Eu não consigo relaxar. Isso é um pouco constrangedor.
Candy sorriu.
– A ideia foi sua.
Ele sorriu de volta.
– Eu sei, eu sei. Tire de qualquer jeito.
– Que tal você pensar em algo que te deixa feliz? Seria o melhor retrato.
Ele umedeceu os lábios assentindo.
Zayn se inclinou um pouco para frente e a encarou nos olhos, colocando uma mão no queixo, apoiando o cotovelo no joelho e então deu um leve sorriso.
Ele estava lindo.
Capturou o momento exato. Aquele que ela amava quando acontecia. Não tinha apenas tirado uma foto de Malik. Havia registrado toda a leveza que ele era, sua áurea belíssima e aquele sorriso doce e encantador que só ele tinha.

DSTCDA – Z.

Aquilo que o deixava feliz, ele pensou.
O que o deixava feliz? Sua família. Seus amigos. Ela.
Não importava o que tinha feito no passado. Era uma adolescente boba como todas as outras e ele a admirava por admitir o seu erro. Queria tê-la conhecido antes disso e detê-la, era claro que gostaria de cuidar de Candy. Mas ambos tinham passados e se não tivessem vivido o pior, jamais saberiam o quão delicioso era a vida hoje.
Sim, ela o deixava plenamente feliz. Inebriado com aqueles olhos azuis e doces.
Queria beijá-la.
Meu Deus, ele queria muito fazer isso. Ela estava tão linda aquela noite. Não conseguia mais se segurar e não fazia questão disso. Adoraria vê-la em seus braços e desfrutar de cada parte dela. Queria que Candy Silverstone fosse sua, por fim.
Droga.
Ele havia se apaixonado.
Estava completamente apaixonado pela garota.
Pigarreou, se inclinando para frente até ficar o mais próximo possível. Candy o encarou serena.
Estava com os lábios entreabertos e rosados.
Nossa, ela estava perfeita. Linda, tão linda que ele se perguntará como uma garota como ela estava ali com ele, sendo que existiam muitos garotos da sua idade que provavelmente seriam melhores que ele.
Candy estava completamente linda. Ele não a deixaria escapar. Não mesmo.
– Eu vou perguntar de novo. – começou ele. – Mas dessa vez não vou ser idiota.
Ela sorriu assentindo.
Ele se aproximou até suas testas estarem grudadas e seus narizes encostando um no outro.
Já havia ultrapassado a linha. Não voltaria atrás.
– Eu posso? – indagou, engolindo em seco.
Ela sorriu lindamente, fechando os olhos e sussurrando:
– Pode.
Candy correu as mãos pelos ombros dele até parar em sua nuca. Zayn sentiu o gosto dos seus lábios e se arrependera profundamente de ter negado isso antes. O beijo começou lento e delicado, primeiro estava tentando dizer a ela o quanto sentirá falta daquilo. Se afastou por um instante, apenas para admirá-la. Candy o encarou com os olhos pequenos e um sorriso bobo. Imaginava que também estivesse a olhando assim.
– O que foi? – perguntou ela, baixinho.
– Nada. Só queria te olhar.
Caramella sorriu, balançando a cabeça.
– Senhor Malik? – pigarreou a aeromoça, mulher de Colin.
– Sim. – respondeu, se afastando de Candy.
– Estamos prontos para pousar.
– Obrigado Penelope. – ele passou a mão pelo rosto da garota a sua frente – É melhor por o cinto.
Ela assentiu, mas Zayn viu algo mudar em seus olhos.
Candy era insegura. Ele não queria que ela tivesse dúvidas sobre o beijo. Não de novo.
Antes de se sentar devidamente, pegou a mão dela.
– Posso ver a foto?
– E se você não gostar?
– É só uma foto boba. – disse, dando de ombros – Tenho certeza que seu trabalho será muito melhor quando pegar uma câmera de verdade de volta.
– Obrigada Zayn.
Ela abriu a imagem para ele ver. Tudo bem. Tinha que admitir que não havia saído tão mal como ele pensou. Odiava fotos suas, ainda mais sorrindo. Mas gostará daquela.
– Você precisa voltar à fotografia. – ela balançou a cabeça, constrangida – É sério.
– No que estava pensando? – indagou ela, mudando de assunto.
– Só se me prometer que vai pelo menos tentar voltar a fotografar de novo.
Candy revirou os olhos.
– Tudo bem.
– Jura?
– Mas sem pressão. No meu tempo.
– Eu não pediria mais.
– Okay. Mas agora me conta no que estava pensando.
Ele voltou a se sentar adequadamente, colocando o cinto de segurança para finalmente pousar em Paris. Candy o encarou dando um sorrido de lado.
– Zayn! – chamou ela. – No que estava pensando?
– Porque quer tanto saber? – questionou ele, divertido.
– Porque eu realmente consegui ver que é algo que te deixa feliz. Fiquei curiosa.
Ele sorriu enviesado, balançando a cabeça. Ela era incrível.
– Pensei em minha família, meus amigos.
Silverstone sorriu.
Ele engoliu em seco.
– E você.
Ela piscou algumas vezes e seu sorriso aumentou.
Completamente linda. Apaixonante.
Ele era mesmo um cara de sorte.

Assim que chegaram a Paris, Candy quis comer crème brûlée em um restaurante que eles passaram na frente. Pediu que ele cancelasse as reservas que havia feito em um restaurante renomado – o Epicure – para comer todas as sobremesas que podia.
Claro que quando eles entraram todos ficaram olhando por causa das suas roupas, mas ela não se importou. Pediu tudo o que queria e perguntou se podia levar para viagem.
Ela disse que aquele era o tipo de lugar que se sentia confortável. Não os restaurantes que ele estava acostumado.
E Zayn teve que concordar.
Comer sobremesas em um pequeno restaurante antigo, era muito melhor.
Depois foram caminhando – por escolha dela – até a Torre Eiffel. Não conseguiram ficar por muito tempo, estavam atrasados para o concerto. Mas fora o suficiente para ela pedir a ele que tirasse uma foto sua. E aquilo foi muito reconfortante.
Era como se ele tivera trazido parte da garota de volta a vida.
– Pega minha bolsa? Meu celular está ai dentro. – pediu ela, correndo para outro lado.
Estava linda.
Todos a olhavam correr com aquele vestido vermelho.
Candy parecia que havia sido retirada de dentro de um filme. Perfeita demais.
Ele abriu sua pequena bolsa e estaria tudo bem se com seu celular não viesse uma peça junto.
A calcinha dela.
Meu Deus.
– Assim está bom? – gritou ela, fazendo pose.
Ele umedeceu os lábios e guardou a sua peça íntima no bolso.
– Está linda. – disse ele, tirando uma sequência de fotos dela.
– Quer que eu tire suas?
– Não precisa. Eu tenho várias... quer dizer, bem...
Ela gargalhou.
– Eu entendi.
– Então, vamos?
– Claro. Mal posso esperar.
Ele a deixou caminhar até o carro na sua frente. Droga, não fizera de propósito, mas inferno, ele era homem. Óbvio que estava indo ao delírio por imaginá-la sem aquela peça.
Zayn engoliu em seco.
Seria uma noite daquelas.

O concerto do Il Volo, o trio preferido de Candy, fora em três etapas.
Primeiro a excitação e o nervosismo quase não a mantiveram sentada na cadeira. Ele bem que tentará a primeira fila, mas como descobrirá muito tarde, só conseguiu um par de ingressos para a terceira e se não fosse os euros a mais que havia dado, nem isso.
Depois a histeria de uma menina de dezessete anos.
Quando os três garotos entraram no palco, ela não se conteve dentro de si. E todo o silêncio e glamour que era normal ser visto naquele tipo de apresentação, foi pelos ares quando Candy Silverstone gritou pela primeira vez.
Lógico que ela esperou eles terminarem a canção, e se iniciar os aplausos, mas ainda sim, os gritos dela foram o ápice da noite. Porque ninguém conseguiu ficar quieto com a felicidade tão declarada dela.
E por último, ah, ele queria rir de mais.
Quando a garota pegou a bolsa para guardar seu celular depois de filmá-los, com intuito de um dia mostrar para seus pais – um dia que saísse de casa e eles não pudessem colocá-la de castigo por viajar para Paris com um homem mais velho e escondido – ela sentiu falta da sua roupa íntima.

DSTCDA – C.

Desculpa se te chamo de amor.Onde histórias criam vida. Descubra agora