O coração dela estava ansioso, não tinha dormido a noite toda. E agora enquanto esperava seus chefes no aeroporto, parecia que ia desmaiar a qualquer momento.
Jamais poderia imaginar que viajaria para o Brasil em negócios. O Brasil, um país caloroso, do samba, e das praias maravilhosas. Minha nossa, ela queria andar toda Copacabana com um biquíni deles, fazendo Malik a desejar intensamente.
Três semanas havia se passado desde que tinha jogado as planilhas na cara dele e ela não fazia questão – aparentemente – de falar com Zayn de novo. Já tinha se convencido que ele não tinha gostado de beijá-la e que fazia isso – de beijar – muito mal, mas não conseguia tirar o idiota da cabeça. Isso era praticamente impossível.
Então durante as últimas semanas tinha optado por ficar no seu cantinho, onde ninguém pudesse a perturbar enquanto ouvia Bethoveen e passava maquiagem.
Agora, depois do fatídico dia em que ele disse que ela era uma pirralha, Candy usava um pouco de maquiagem para parecer mais velha e tinha largado de lado o jeans e as blusinhas que comparava na seção teen – mesmo achando elas as mais legais e bonitas.
Depois daquele dia, ela usava vestidos, saias e já estava se preparando para o inverno com casacos chiques que a deixavam com um visual mais maduro. E durante a viagem ao Rio de Janeiro ela queria explorar todo o tempo que teria com ele, para mostrar que estava muito enganado.
– Até que enfim amor. – disse Luna, quando Liam e o sócio chegaram.
Candy sorriu encarando os dois se beijarem.
– Oi Caramella. – disse Zayn se aproximando dela, dando um beijo casto na sua bochecha.
– Oi. – respondeu seco. Era a primeira vez que ele dirigia a palavra a ela e estava com aquele sorrisinho inútil nos lábios.
A vontade de socá-lo era enorme, mas precisava disfarçar, eles iriam viajar todos juntos. Era tão constrangedor ter que esconder de Luna. Mais ainda quando ele a olhava daquela maneira estranha, como se quisesse beijá-la novamente. Ou talvez se perguntando por que de fato tinha a beijado. E ela sequer podia compartilhar isso com a amiga.
Por Deus, talvez fosse exatamente por isso que ele tivesse pedido para não contar a ninguém. Porque seria muito constrangedor pra Malik se os outros soubessem que tinha a beijado. Na visão dele, ela era uma pirralha. E um homem como ele, rico, lindo, que tinha qualquer mulher aos seus pés, beijar uma menina como ela, com certeza era motivo de vergonha.
– Porque demoraram tanto? – indagou Aniballe, puxando Candy pelo braço.
– Depois te conto. – respondeu Liam, piscando para namorada.
Silverstone pegou sua mala, tirando foco deles. Queria dar privacidade ao casal. Era estranho, mas eles estavam em casal querendo ou não. E por mais que quisesse bancar a forte, era praticamente impossível, principalmente ao saber que Zayn Malik sentaria ao lado dela por doze horas.
Assim que todos se acomodaram – ela do lado da janela –, Candy ficou ainda mais nervosa. Estava encurralada e de vez em quando a perna dele roçava na dela, assim como seus braços. Era a primeira viagem que faria para tão longe em um país que não sabia nem pronunciar um bom dia ou obrigado – tinha comprado um dicionário, mas ainda sim, era difícil de lembrar de tudo – e sem seus pais se sentia perdida. Ela era a mais nova de todos ali, e isso fazia com que Luna perguntasse o tempo todo se estava bem e precisava de alguma coisa, como se fosse sua irmã mais velha – e na verdade, bem lá no fundo, ela queria muito que Luna fosse.
– Já vi tudo nessa viagem de negócios! – comentou Zayn de repente – Acho que vai ser mais uma lua de mel.
Liam riu do outro lado do corredor e Luna ficou ligeiramente vermelha.
– Você trate de se comportar Zayn! – comentou sua chefe – Estou de olho.
Ele sorriu dando de ombros, ao lado dela.
– Eu sempre me comporto Luna, você que não sabe. – disse ele lentamente – Não é Candy?
Ela se afundou na cadeira, queria morrer. Seria um ótimo momento.
– Eu não faço ideia do que vocês estejam falando, mas sim, que seja!
Era evidente que ela sabia e sequer conseguia esconder seu constrangimento. Os outros três riram alto, fazendo com que Candy se enfiasse ainda mais na poltrona.
– Eu disse pra você. – falou Zayn, dando uma piscadela para Luna.
Ela rolou os olhos.
– Quero só ver quando as garotas com os biquínis brasileiros começarem a desfilar na sua frente se vai dizer o mesmo!
Ele jogou a cabeça para trás fechando os olhos, como um bobo. Liam riu. E Candy quis esganar o homem do seu lado.
– Acho que Zayn não vai aguentar! – comentou Payne.
– Nem você querido! – disse Malik na mesma hora provocando o amigo.
Luna balançou a cabeça sorrindo, dando um tapa no ombro de Liam por algo que ele havia dito há ela. Candy colocou seus fones de ouvido entrando em outro mundo. Só ouvindo um pouco de Bach para acalmar seu coração ao lado dele. E toda aquela intimidade que parecia cercá-los como se todos realmente fossem casais. Mas sua paz não durou o primeiro agudo, ou seja lá o que era aquela nota maravilhosa.
Zayn estava a cutucando de novo.
– Candy, eu lá tenho cara de senhor? – indagou ele sorrindo.
A garota o observou por um instante sorrindo de lado, seria uma ótima vingança e Malik não a deixou dizer uma palavra sabendo sua resposta.
– Claro que não, obrigado.
Zayn virou novamente para continuar uma discussão sem fim com o melhor amigo, algo sobre eles estarem velhos demais.
Era engraçado vê-los, eles brigavam como dois irmãos de oito anos.
Luna e ela, apenas riam. Às vezes tão alto que a comissária de bordo vinha até eles pedindo educadamente para ficarem quietos.
– Você quer comer alguma coisa? – indagou Zayn tão baixo que só ela ouviu.
Os outros dois estavam dormindo, assim como o resto da tripulação – ela imaginava.
Já estavam viajando há quase seis horas e Candy simplesmente não conseguia dormir, e ao seu lado, Malik tinha acabado de acordar.
– Acho que sim. – ela estava faminta na verdade.
Zayn apertou um botão e em questão de minutos uma aeromoça apareceu. Candy olhou para o outro lado – enquanto ele pedia alguma coisa – tentando abrir seus olhos e disfarçar a canseira. Devia estar acabada, já ele, continuava lindo com os olhos inchados de sono.
– O que vai querer? – perguntou ele.
Ela não fazia ideia do que tinha pra comer. Será que eles serviam um cheese burguer com coca-cola? Pensando bem, não teria coragem de se afundar em um sanduíche na frente dele.
– O mesmo que você. – respondeu dando de ombros.
Zayn sorriu para ela de forma meiga e Candy estremeceu um pouquinho. Ah droga, não queria conversar, aliás, queria, mas estava brava com ele por chamá-la de pirralha e sequer pedir desculpas.
A aeromoça saiu, mas com um gesto rápido olhou para trás, diretamente para o homem ao lado dela. Que estava com uma expressão serena, como se estivesse gostando daquele pequeno flerte.
Ela engoliu em seco, olhando para as próprias unhas. Não tinha chorado durante aquelas três semanas, mas estar tão próxima de Zayn e ele ignorar o fato de que tinha a beijado e conhecido seu íntimo, a deixava magoada. Porque na sua opinião, a indiferença era pior do que o ódio. Porque ódio apesar de ser uma palavra tão forte quanto o sentimento, ainda sim... Ainda sim era um sentimento. E a indiferença não.
– E ai? – perguntou ele baixinho – Está saindo muito com o Brooklin?
Que piada.
Silverstone semicerrou os olhos para observar minuciosamente aquele tom de ironia saindo dos lábios – deliciosos – do infeliz que estava na sua frente. Tudo bem, já que Zayn Malik não se importava com ela e ficava de deboche e cena para seu lado, ela ia entrar no jogo.
O sócio da AEDAS, estava acostumado a ter todas as mulheres aos seus pés, e depois da conversa que tivera com ele no escritório começou a pensar que era óbvio que o melhor amigo do sr. Payne, sabia que ela também era uma dessas mulheres que era só ele estalar os dedos, estaria lá, de quatro por ele. Como as submissas de Christian Grey.
Bem, mas era Christian Grey, ela não podia julgar aquelas mulheres. O homem era de outro mundo. E fictício, ela realmente precisava lembrar disso.
Mas Zayn não era. E estava ali, do seu lado por mais seis horas. Só para ela.
Talvez, pensou ela ansiosa, pudesse mudar a história.
Ela não sabia exatamente como faria isso, mas sabia que alguma coisa tinha que ser feita. Então falou a primeira coisa que veio na cabeça.
– Sim. Estamos saindo quase sempre.
Zayn riu baixinho como se não acreditasse em nenhuma palavra dela.
Ordinário.
Ela não ia se rebaixar. Ele teria que acreditar naquilo.
– E aonde vocês vão, posso saber? – indagou ele, cruzando os braços, deitando de lado para olhá-la.
Candy sorriu na maior cara de pau.
– Antes saíamos em uma lanchonete depois do estágio, – ela o encarou com um ar de superioridade – agora ele vai lá em casa e ficamos no meu quarto, vendo filme.
– Você leva todo mundo pro seu quarto?
O quê?
Por um instante – tão breve quanto um piscar de olhos – ela quis jogá-lo para fora do avião. Mas então respirou fundo, com as bochechas vermelhas e sorriu como se aquela pergunta não tivesse causado nenhum efeito nela.
– Todo mundo não. – respondeu lentamente – Mas a maioria dos caras... sim.
Aquilo era mentira como todo o resto que tinha falado até agora, mas ele não precisava saber que os únicos homens que estiveram em seu quarto que não eram seus primos e amigos havia sido Douglas e ele. Chegava até ser patético.
Zayn piscou por alguns segundos olhando para o corredor silencioso do avião. Candy suspeitava que só eles estivessem acordados mesmo.
– Já beijou ele? – indagou ele, ainda olhado para o corredor.
Silverstone mordeu o lábio inferior segurando o ar. Ele tinha feito mesmo aquela pergunta? Era tão horrível quanto perguntar se ela levava os homens que ficava para seu quarto.
Malik a encarou por fim, com os lábios entreabertos. Seria tão mais fácil se não estivesse olhando para ela.
– Porque que saber? – questionou ela, ao mesmo tempo que a aeromoça voltou com um carrinho com duas bandejas.
Tinha algumas frutas, e chocolate.
Minha nossa, era fondue. Nunca mais aceitaria viajar de classe econômica onde eles serviam uns saquinhos com salgadinhos ruins. Eles serviam fondue durante a madrugada na primeira classe. Era fácil se acostumar com isso.
A aeromoça se inclinou com os seios na cara do homem e Candy sorriu amarelo mesmo ela não percebendo que existia um ser humano do lado dele.
– Mais alguma coisa Sr. Malik? – indagou a aeromoça, sorrindo lindamente.
Zayn negou com a cabeça e a garota se perguntou como aquela mulher sabia quem ele era.
– Você quer mais alguma coisa Candy? – quis saber ele.
Você.
– Não, nada. Obrigada.
– Obrigado Safira. – agradeceu ele piscando para a aeromoça, que quase derrubou tudo antes de sair.
Que maravilha. Malik tinha uma legião de mulheres apaixonadas por ele.
DSTCDA – Z.
Zayn estava se deliciando com aquelas frutas inundadas de chocolate caríssimo. Safira já sabia do que ele gostava. Eles se encontravam pelo menos umas cinco vezes ao ano em todas suas viagens.
– Está gostando? – indagou ele, vendo Candy derrubar um pouco de chocolate no queixo.
Ele bem que podia lamber. Todo mundo estava dormindo. Mas a droga do imprestável do seu amigo o mataria se iludisse a menina.
Ele gostava de Candy, gostava tanto dela que tinha escolhido ficar longe por um tempo, para que aquele sentimento que havia criado por ela sumisse. Ou colocaria em risco a reputação dos dois. Porque por mais que gostasse dela e da sua presença, não seria mais do que alguns encontros sem compromisso. Coisa que uma menina de dezessete anos não entendia.
– Achei chique. – disse ela, fazendo ele rir um pouco mais alto.
– Candy? – falou com cautela.
– Sim?
Ela estava colocando um morango inteiro na boca e inevitavelmente ele inclinou a cabeça acompanhando ela sem tirar os olhos
– O que foi? – questionou ela de boca cheia.
Aquilo era sacanagem. Zayn estava muito irritado. Conhecia a garota há pouco tempo e tinha gostado dela, do jeito como ela era e era degradante saber que não podia sequer encostar nela. Mas Brooklin podia. Estava indo até ao quarto de Candy.
Se não tivesse se afeiçoado ao garoto também, o colocaria no olho da rua. Se ele estivesse beijando ela, beijando aquela boca rosada ele ia ter que se segurar para não estrangular Payne. Porque só não estava a beijando nesse instante por causa da conversa que havia tido com ele.
– O que foi? – repetiu ela.
– Você não me disse se já beijou Brooklin ou não.
Ela parou com o kiwi no meio do caminho e o fitou com o cenho curvado e a boca entreaberta.
– Você quer mesmo saber?
Aquela era uma ótima pergunta. Ele queria mesmo saber se aquele adolescente com as roupas largas e uma mania irritante de falar gírias, estava enfiando a língua na boca da menina que ele não conseguia tirar da cabeça nas últimas três semanas? Bem... ele queria.
Mas e estivesse? Malik não precisava conhecer muito de Candy para saber que ela estava uma fera com ele por causa dos últimos acontecimentos, mas se não a chamasse de pirralha ou algo semelhante, ele seria tentado com a presença dela e não conseguiria se segurar.
Ia querer beijá-la de novo, de novo e de novo.
Porém Silverstone era orgulhosa e tinha optado por ficar o mais distante possível, o que na opinião dele tinha só piorado as coisas, porque agora, ele a queria mais do que qualquer outra coisa.
E aquele chocolate que ela tinha derrubado no queixo estava o chamando.
Merda.
Ele pigarreou antes de dizer alguma coisa.
– Quero saber sim. Vocês são meus empregados. Sabe que não pode ficar se beijando durante o trabalho não sabe?
Candy o olhou com uma expressão de que ele morreria em breve e era ela mesma que estava arquitetando o plano.
Ele não tinha culpa. Não contaria que queria saber só porque estava morrendo de ciúmes. Bem, morrendo de ciúmes não era exatamente a definição certa, mas não queria que ela beijasse qualquer cara. Ou talvez não quisesse que ela beijasse ninguém.
Nem ele sabia.
– Olha Sr. Malik eu não conto sobre meus relacionamentos para Luna, quem dirá para você.
– Então é um relacionamento?
Ela grunhiu.
Porque ele estava fazendo aquelas perguntas? Candy era uma menina de dezessete anos, por Deus, ele tinha trinta. Era óbvio que ia preferir alguém como Brooklin.
– Bom, eu sou uma pirralha não é mesmo? Brook também, então... – respondeu ela impaciente, como se lesse os pensamentos dele.
Zayn bufou. Não queria ter falado aquilo, sabia que provavelmente magoaria ela, já que um dia antes tinha passado o dia todo ao seu lado e se não fosse por Silverstone ele certamente teria feito muita merda bêbado.
Mas era necessário, pelo menos por hora.
– Desculpa por aquele dia. – murmurou – Não quis dizer que você era criança.
– Eu não sou. – observou ela.
– Claro que não.
– Então porque disse que queria ficar perto de mim e no instante seguinte falou que era pirralha?
Porque, porque, por quê? Porque tinha que ter se encantado por uma menina de dezessete anos? O que os pais dele iam pensar se descobrissem o que ele queria fazer com ela dentro do avião agora.
Pior ainda, o que os pais dela, fariam.
Como contaria para Candy o motivo? Não tinha.
Ele limpou com a ponta dos dedos o queixo dela sujo de chocolate e decidiu ir pelo caminho mais fácil. Um que ela entendesse que a intenção era para o seu próprio bem.
– Gosto de ficar perto de você. – falou ele com toda sinceridade – Você é extrovertida, inteligente, sempre me faz rir.
Ela sorriu olhando para baixo.
– Mas eu preciso resolver minha vida antes de sair beijando meninas de dezessete anos.
Os olhos azuis dela encontraram os dele e mesmo que estivesse um pouco escuro, Zayn podia ver o brilho nela.
– Você se arrependeu de me beijar? – sussurrou ela.
Malik não conseguiu evitar o sorriso. Se dependesse apenas dele, continuaria a beijando até enjoar e duvidava que enjoasse. Mas as coisas não eram bem assim.
– Não. Beijar você foi muito bom. – confessou ele, comendo um pouco do seu foundue antes que esfriasse.
Candy assentiu simplesmente.
– Vai me beijar de novo?
Sim.
– Não... sei.
– Você precisa resolver esses seus problemas antes? – indagou ela.
– Preciso.
– É sua noiva?
Ele pensou por um momento.
– O demônio se chama Amber e ela não é minha noiva, não mais. – esclareceu ele – Nós brigamos hoje de novo.
Por isso ele e Liam haviam se atrasado. Amber estava na casa dos seus pais falando que se Zayn não voltasse com ela, iria se matar. Uma mentira deslavada, era óbvio, mas mesmo assim não deixava de ser estressante. Por sorte, Payne estava junto e a acalmou prometendo que depois que voltassem do Brasil, eles tentariam de novo. Era mentira, Zayn não queria vê-la nunca mais, entretanto, era uma mentira que parecia ser a coisa certa aquela hora.
Candy sentou de lado, com as pernas encolhidas no banco.
– Sinto muito.
– Não se preocupe, já é normal. Amber está com um grande problema em aceitar nosso término e fica falando absurdos aos meus pais.
– Nunca é fácil terminar um relacionamento.
– Você já teve algum?
Ela encostou a cabeça na poltrona deixando de lado o chocolate. Zayn automaticamente pegou seus pés e os colocou em cima das suas pernas, para que ela se esticasse e se sentisse melhor.
Candy apenas sorriu com o gesto.
– Namorei um garoto no colégio por um ano. Douglas Booth.
– Booth? Um membro do parlamento? – brincou ele.
Candy sorriu, seus olhos estavam nostálgicos.
– Não. Filho dele.
– Sério?
Ela assentiu em silêncio.
– E porque acabou?
– Não quero falar disso. – respondeu ela simplesmente, deixando ele surpreso.
– Tudo bem então.
– Digamos que ele era um demônio pior que Amber.
Malik riu balançando a cabeça. Com aquilo não podia concordar. Sua ex noiva era uma doida.
– Você não tem ideia do que ela tem feito ultimamente, tenho certeza que vence no quesito loucura.
– É, talvez.
– Quer mudar de assunto? – indagou ele, vendo que Silverstone estava com os olhos fundos depois de mencionar Booth.
Podia ser cansaço ou apenas sono, mas ele duvidava.
– Queria dormir um pouco, se não se importar.
– Claro que não. – ele sorriu, mas o sorriso não chegou até ela – Pode se encostar em mim se quiser.
Mesmo que os assentos deles não permitissem muito contato físico, ela se inclinou um pouco e segurou o braço dele. Zayn fitou a mão delicada dela por um tempo e jurou que a escutou fungar. Ele afastou o braço e segurou sua mão, entrelaçando seus dedos.
Não conseguia imaginar o que Douglas Booth tinha feito há ela, mas em questão de segundos só de mencionar seu nome, ela havia se tornado outra pessoa.
Ele ficou a observando por um bom tempo. Não podia ver seu rosto, porque Candy havia deitado, mas via seu peito subindo e descendo conforme respirava.
Se soubesse que Booth havia feito qualquer coisa mínima que fosse para machucá-la, ele não acharia nada mal em enfim, por suas aulas de muay tay em prática.
Ele cochilou por meia-hora, assim que chegaram ao hotel. Seu quarto era no mesmo andar que Luna e Candy e mais algumas pessoas da empresa que haviam viajado alguns dias antes. A cidade era realmente quente – eles estavam no inverno – e ele não conseguia dormir, apesar do cansaço. Depois da conversa que tivera com Caramella, ele perdeu o sono. Ficou lá, apenas observando a garota enquanto segurava sua mão delicada. Tinha sido bom conversar com ela durante a noite. Não era uma conversa tão esclarecedora como gostaria, porque ainda não descobrirá como andava a situação de Candy e Brooklin, mas, contudo, achava que ela tinha entendido o porquê do seu afastamento.
Zayn levantou da cama, tomando um banho gelado. Por mais que tivesse ar condicionado, ele odiava usar, primeiro por causa do barulho e depois não gostava muito dá sensação. Então resolveu descer para a piscina, ou quem sabe para a praia, já que o hotel ficava a beira mar.
Vestiu uma bermuda jeans velha, uma camiseta fresca e um chinelo. Era o que tinha de mais fresco.
Quando desceu, riu da ironia do destino. Claro que eles estavam no mesmo hotel e era fácil se encontrar por ali, mas ele imaginava que demoraria um pouco.
Candy estava de costas tentando conversar por gestos com uma pobre alma. Ela estava com um vestido verde que ia trabalhar às vezes.
Estava linda, que diabo. Ele estava perdido.
DSTCDA – C.
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Desculpa se te chamo de amor.
FanfictionQuando se têm dezessete anos toda garota deseja se apaixonar. Bem, na verdade toda mulher deseja se apaixonar, isso em toda sua vida. Mas o que acontece com uma garota que acha que encontrou sua alma gêmea aos dezessete anos? Candy Silverstone acred...