Sua cabeça parecia que logo ia explodir. Olhou para o lado e demorou a reconhecer que o quarto não era seu e sim dele.
Meu Deus.
Ela se afundou na cama. Lembrava de algumas coisas, de Luna bêbada no McDonald's, delas gritando no meio do caminho e de quando por um ato de loucura, sua chefe a deixou em frente ao apartamento de Zayn. Depois disso, só meras lembranças.
Meu Deus.
Candy olhou no relógio do celular, ainda era super cedo, mas não havia sinal de Malik pelo quarto. Será que eles? Pensou. Minha nossa.
Ela olhou por baixo das cobertas, estava com a roupa dele. Que vergonha. Que vergonha.
Queria morrer. Silverstone pensou em mil motivos bons para que isso acontecesse naquele instante. Minha nossa.
– Bom dia! – disse Zayn, entrando no quarto de repente.
Só de cueca.
Ela tampou o rosto com a coberta, sentindo as bochechas corarem.
– Quer tomar café da manhã? Vai se atrasar pro colégio.
– Não vou sair daqui hoje. – disse manhosa.
– Como não?
– Estou morrendo de vergonha!
– Porque? – indagou ele, achando graça.
– Zayn, eu não me lembro... nós... nós...
– Você dormiu como um anjo. Nada aconteceu.
Ela o espiou semicerrando os olhos. Nada tinha acontecido?
– Nada aconteceu?
– Nada.
– Mas eu estou com suas roupas.
Ele se aproximou com um sorriso nos lábios.
– Tive que te dar um banho, mas depois de um tempo você dormiu.
Candy abriu a boca, mas não emitiu nenhum som. Ela estava analisando todos os fatos antes de dizer qualquer coisa.
– Então nós não fizemos nada?
Ele riu.
– Não. Mas eu adoraria deitar com você mais um pouco, antes que Luna acorde.
– Luna está aqui? Meu Deus, ela sabe sobre nós?
– Não, não sabe. Você está fazendo tantas perguntas, logo cedo. – disse Malik, de bom humor.
– Porque está com esse sorrisinho maligno no rosto?
Zayn caminhou até ficar ao lado dela na cama. Os olhos estavam inchados, provavelmente ele havia acabado de acordar também.
– Outra pergunta.
Ela revirou os olhos.
– É que você está me olhando daquele jeito.
– É porque é a primeira vez que dormimos juntos. A primeira vez que acordamos na mesma cama e Deus, você é mais tagarela do que imaginei.
– Zayn! – exclamou.
Ele a segurou pela nuca, puxando para um beijo rápido.
– Candy? – indagou, um tanto quanto cauteloso. – O que acha de tirar minha roupa?
Ela o encarou de cima a baixo, ele estava brincando, não estava? Ela puxou o ar, tentando recuperar o fôlego. Luna estava no mesmo apartamento que eles. Por Deus.
– Você está só de cueca. – falou, com as bochechas ruborizadas.
– Eu sei. – respondeu ele, enfiando as mãos por baixo da camiseta que ela estava vestida.
– Ela pode ouvir alguma coisa.
– Só se você gritar muito alto.
Ela se limitou a fitá-lo.
– Eu só estou dizendo. – falou ele, dando de ombros.
– Nós não vamos transar com Luna no quarto ao lado.
– Bem, poderíamos – começou ele. – fazer outras coisas.
– Zayn Malik. – disse, chamando sua atenção. – Nós não vamos fazer absolutamente nada.
– Tudo bem, tudo bem. Mas poderia me dar um beijo pelo menos?
Ela sorriu balançando a cabeça. Ele a olhou como se fosse uma deusa, pelo menos foi assim que se sentiu. Não tinha como negar um beijo a Zayn.
Não mesmo.
– Só um beijo. – falou.
– Só um, é tudo que peço.
– Sabe Candy Silverstone. – disse ele, com a voz abafada. – Acho que se Luna não ouviu seus gritos, ela tem um grave problema de surdez.
– Por Deus, Zayn, eu sequer gritei.
– Me perdoe. Foram seus gemidos que acordaram metade do prédio.
Ela revirou os olhos bufando. Malik havia ganhado a guerra com seus beijos e carinhos inapropriados e quando Candy se deu conta, pedia, por favor.
Sim, ele a fizera implorar.
– Não seja grotesco. Isso é constrangedor.
– Você bem que gostava da minha indecência segundos atrás.
Ela riu, dando um tapa no braço dele.
– Preciso tomar um banho e ver como Luna está. – disse, levantando da cama, procurando pela camiseta que Zayn havia jogado.
– Pode usar meu banheiro, vou usar o outro para que ninguém desconfie. – comunicou ele.
Silverstone assentiu, fazendo uma breve pausa para admirar Malik vestir sua cueca. Ah, ela era tão sortuda. De todas as mulheres pelo mundo, era com ela que ele estava. Era pra ela que dedicava seu tempo e os melhores beijos. Sem contar os carinhos.
Ah Deus. Quando Zayn tocava sua pele fosse com seus dedos, os lábios e às vezes a língua.
Ela engoliu em seco. Sentia o corpo inteiro sair do chão. Ele causava uma eletricidade em suas células que a levavam a uma espécie de loucura inenarrável.
– O que foi? – indagou Zayn, caminhando até ela.
– Nada. – respondeu sorrindo, correndo para o banheiro.
Precisava de um banho longo, para pensar bem no que tinha deixado acontecer na noite anterior, mas não podia se dar esse luxo, primeiro porque estava na casa de outra pessoa e ainda tinha que lidar com Luna.
Minha nossa, sua chefe ia matá-la com as próprias mãos. Sem contar que bem provavelmente Liam Payne ia mandá-la para o olho da rua se descobrisse que fora ela quem convidará Luna para uma bebedeira sem limites.
Onde estava com a cabeça? Não podia mais agir daquele jeito.
Candy terminou seu banho, vestindo a roupa do dia anterior, que Zayn havia deixado dobrado para ela, em cima da pia. Ele era tão atencioso e dedicado há ela, que a cada segundo que passava sentia-se mais e mais apaixonada. Se é que era possível.
Quando entrou na cozinha, Luna estava sentada e encostada na bancada com uma cara de quem dormirá mal. Seu celular vibrará, com uma mensagem de Sophie Silverstone.
O coração dela gelou. Sua mãe escreverá há ela que depois do estágio fosse direto para casa.
Candy respondeu um o.k rapidamente. A Senhora Silverstone nunca ia saber daquele episódio se dependesse dela.
– Meus pais querem me matar. – disse, sentando ao lado de Luna.
– Não grita, por favor. – resmungou ela. – Você não contou há eles que não dormiria em casa?
– Eu a fiz ligar. – disse Zayn, arrumando a bancada para os três – Eles acham que ela ficou na sua casa.
As bochechas de Luna coraram.
– Não se preocupa, eu me resolvo com mamãe. – falou.
Malik colocou suco para Luna e depois para ela, sentando do outro lado da bancada, segurando um sorriso cúmplice ao encará-la. Candy sorriu também, e só quando Aniballe pigarreou foi que ambos notaram que havia mais alguém naquela cozinha.
– Tudo bem. – começou Luna – Alguém pode me dizer o que está acontecendo aqui? – ela apontou para os dois – Desde quando vocês têm toda essa intimidade?
– Você esqueceu que me deixou aqui ontem? – perguntou Silverstone, soltando um suspiro fundo.
– Não, claro que não.
Silverstone sabia que ela estava mentindo.
– Então, eu te contei que ia conversar com Zayn. O que foi a nossa sorte, porque estávamos muito bêbadas.
– Com o que? Três doses de tequila? – interveio Malik rindo, zoando das duas.
– Pra mim foram doze. – reclamou Luna, tomando um pouco de suco.
– Acho melhor você conversar com Payne. – comentou Zayn preocupado.
– Por quê?
Zayn entortou a boca, antes de falar. E depois olhou para Candy.
– Ele me ligou ontem, furioso.
Ela o encarou arregalando os olhos.
– Como ele descobriu?
– Tive que contar, vocês estavam completamente alucinadas.
– Ah que merda.
– Meu Deus, eu vou ser demitida. – disse Candy, colocando a mão na testa.
Malik riu, balançando a cabeça.
– Aliás, ele está vindo pra cá. – Zayn olhou no relógio em seu pulso. – Já deve estar chegando.
Candy sentiu vontade de falar "É só agora que você me fala isso?" pegar sua mala e correr para o colégio. Ainda dava tempo de chegar no segundo turno, mas depois do pânico inicial passar e dela raciocinar brevemente, Zayn era dono da AEDAS também, ele era seu chefe. E ele não fizera muita questão que ela fosse para o colégio, então se o Senhor Payne dissesse alguma coisa há ela, Candy colocaria a culpa em Malik.
Simples assim.
DSTCDA – Z.
– Vocês realmente merecem o Oscar como casal mais dramático. – disse enquanto todos comiam em um café, como pessoas civilizadas.
Liam chegará uns quinze minutos depois de ele avisar Luna, que correrá para tomar um banho na tentativa de tirar aquele cheiro de álcool que havia encalacrado na pele dela. Toda vez que Zayn lembrara a cara de pânico da namorada do seu amigo, ele rira sozinho.
Bem, Candy não tinha ficado muito diferente. Ela estava apavorada com a ideia de que Liam pudesse mandá-la embora por ter convidado Luna para o bar.
O dia mal tinha começado e ele se sentia o melhor homem do mundo.
– E você e Candy? – indagou Luna, o provocando – Ainda não decidi, que tipo de casal vocês são.
A garota fez careta e depois mostrou a língua a amiga, ficando vermelha. Até Liam rirá dela.
– Nós não somos um casal. – respondeu afetada.
– Ah claro, me desculpa. Vocês são apenas bons amigos. – comentou Aniballe, irônica.
– Exatamente. – disse ela, tomando um gole de suco, olhando para todos os lados, exceto para os três mais velhos.
Zayn a encarava sorrindo.
– Acho melhor voltarmos a trabalhar não é? – disse Liam.
– Você é o chefe, não poderia me dar folga e talvez quem sabe pegar um dia de folga também? – comentou Luna manhosa.
Liam sorriu de lado, beijando sua têmpora. Malik queria ter a chance de fazer o mesmo em Candy.
– Não mandei à senhorita beber tequila. – disse Payne. – Deixo vocês... aliás, – parou ele de repente encarando a mais nova entre eles – Candy, você não tinha aula hoje cedo?
A garota ficou branca como papel. Uma coisa era Luna e Zayn provocá-la, outra era Liam.
– Eu tinha, mas – ela engoliu em seco. – aconteceu tudo isso.
– Sei. – disse Liam sério, fitando Zayn em repreensão. – Vocês duas podem entrar no período da tarde. Malik vai comigo.
Luna sorriu amarelo para ele, dando um selinho no namorado e pegando Candy pela mão.
– Até depois. Vamos Caramella?
Candy mal olhará para eles quando saiu. Estava petrificada com o questionamento de Payne. Pobrezinha, pensou ele.
Liam tinha aquela pose de chefe, mas mal sabia ela os segredos de um coração eternamente apaixonado que ele carregava.
– Nós precisamos conversar. – comentou seu amigo.
– Eu sei.
– Essa história de vocês dois está muito séria.
– Eu sei. – repetiu.
– Luna gosta muito dela. Candy é uma boa garota, não a machuque Zayn.
– Eu não vou. Gosto dela.
– Já conversou com Amber? – perguntou ele, tomando mais um pouco de chá.
– Há algumas semanas ela foi ao meu apartamento. Nossa conversa foi tranquila, parece que entendeu por fim.
– Isso é bom.
Ele assentiu em silêncio. Havia omitido que depois que Amber saíra do seu apartamento, simplesmente esbarrará em Silverstone. E aquilo o preocupava de certa maneira que havia perdido boas noites de sono.
– Vamos, temos muito trabalho hoje.
– Como foi à reunião em Gales?
– Uma merda. – praguejou Payne – Aqueles idiotas são tão imprestáveis e ridículos quanto essa sua gravata.
– O que há de errado com a minha gravata?
– Pelo amor de Deus, Malik! Bolinhas?
– Está na moda.
– Aham, é claro.
– Não fale muito, abotoadeiras do Batman.
– São de ouro!
– E minha gravata é seda egípcia.
Liam riu, entrando em seu carro.
– Não acha que sejamos meio gays? – indagou ele, antes de fechar a porta.
– Fale por você. Eu dormi com duas mulheres em meu apartamento hoje. – respondeu sorrindo.
A vida normalmente nunca deveria ser elogiada. Era assim que Zayn Malik pensara. Porque normalmente quando você se sente a melhor pessoa no universo, alguma coisa vai te derrubar.
Quando tudo parece perfeito alguém bate em sua porta e em segundos destrói toda aquela neblina de felicidade que estava te envolvendo.
Malik se afundou em sua poltrona, com uma dor de cabeça terrível. Antes mesmo de Brooklin avisar que tinha alguém que queria conversar com ele – muito linda – e ficaria aguardando até ele arranjar um tempo, já sabia de quem se tratava. Não era Candy, ah antes fosse sua garota.
Porém Silverstone não ia ao seu escritório sem ser trabalho, uma triste realidade, porque ele adoraria passar um tempo com ela, trancados em sua sala.
A verdade era bem diferente e desgostosa. A única mulher que diria a Brook que não sairia até conversar com ele, era uma. Amber.
Ele jurará a si mesmo que nunca ia odiá-la por quem era. A mulher era daquela maneira desde que nascerá, fora ele quem havia mudado. Bem, não mudado por completo. Zayn só deixará de ser cego por ela e agora conseguia ver a verdadeira pessoa com quem queria dividir a vida.
Não tinha o menor desejo de ouvi-la, tinha plena visão de como seria sua visita. Estava exausto só de imaginar.
– Senhor Malik? – indagou Brooklin, enfiando a cabeça na porta. – Ela ainda está aqui, o que eu digo?
O dia na AEDAS estava quase terminando. Amber não iria embora e parte dele estranhava a espera dela. Normalmente sua noiva entrava batendo os saltos com firmeza contra o chão, empurrando qualquer um que entrasse na sua frente, com sua arrogância. Ela estava calma demais.
– Espere uns dez minutos e mande-a entrar.
– Sim senhor.
Coitado do garoto, pensou. Amber devia estar sentada o encarando com cara de poucos amigos.
– Não Brooklin. Avise que já pode entrar.
Não era justo com ele.
– Sim senhor. – repetiu mais aliviado.
Ele fechou os olhos, ainda estava com dor de cabeça e não tinha ideia a que nível aquela conversa chegaria.
– Mentiu pra mim. – disparou ela, assim que entrou no escritório.
Zayn permaneceu de olhos fechados, encostado na poltrona.
– Do que está falando?
– Disse que não tinha outra e eu vi. No dia do seu apartamento cheguei a pensar que era uma coincidência, mas hoje vi todos vocês saindo felizes e ela estava lá. Estava junto com você e Payne!
Malik inspirou fundo. Precisaria de um remédio.
– Não menti pra você. – falou se levantando. – Aconteceu depois que terminamos.
– Pelo amor de Deus! Nós estamos falando de uma garota de dezessete anos!
– Como sabe disso?
Ela ergueu uma sobrancelha, o desafiando.
– Acha mesmo que ia deixar você me largar por causa de uma menina? Eu fui de atrás, pesquisei. Candy Silverstone, estagiária na AEDAS. Pelo amor de Deus, uma estagiária.
Ele abaixou a cabeça. Não queria discutir.
– Olha só pra você. Você merece alguém do seu nível.
– Amber, chega! – disse com tom de voz seco.
– Chega? Você não entende? Sabe o que pode acontecer e está jogando sua vida pro alto por causa de uma transa fácil?
Malik a encarou nos olhos. Não sabia como faria para que a mulher na sua frente entendesse que não havia sido Candy que o fizera deixar de amá-la; Amber tinha feito com que ele se apaixonasse por ela e ela também tinha feito com que ele a odiasse.
– Não é uma transa fácil.
Ela começou a andar de um lado para o outro, como se estivesse tentando assimilar tudo. Amber suspirou fundo, puxando os cabelos longos para baixo. Algumas lágrimas escorriam pelo seu rosto e Malik a fitou com uma angustia no peito. Não queria vê-la sofrer. Sabia que não o amava também. Não mais.
– Por favor, não faça isso comigo, por favor. – suplicou ela.
– Eu sei que você não está preparada para me ver com alguém e eu vou respeitar. Não vou assumi-la, não por um tempo.
– Assumi-la? – indagou ela. – Você vai assumir a adolescente?
Podia ver em seus olhos que Amber estava tão chocada quanto magoada. Mas Zayn a conhecia muito bem. Passará anos dormindo ao seu lado. O que tinha em seus olhos era mágoa, mas também existia um pouquinho de decepção. Não pelo o que ele tinha feito e sim por ter perdido. Não alguém que amava e não podia viver sem. Simplesmente estava triste por ter perdido. Perdido para uma garota de dezessete anos, como ela mesma falava. A questão era que Amber não entendia que se voltassem a ficar juntos, aquele vazio preencheria grande parte do seu ego. Nada mais. Porque ela não o amava. Eles apenas estavam acostumados a viver um com o outro. E nossa, ambos sabiam que era insuportável ouvir a voz da pessoa. Não iria adiantar. Talvez por alguns meses, mas apenas isso.
Ele não a amava. E Amber também não.
O problema era admitir que depois de tantos anos, ela estaria solteira. A sociedade e suas amigas superficiais – que com certeza não viviam um bom casamento – iam massacrá-la pelas costas.
– Você vai mesmo ficar com essa menina? – perguntou ela novamente.
Zayn suspirou fundo.
– Vou.
– Porque?
Ela deu um passo para frente. Ele recuou.
A discussão estaria fadada ao declive se respondesse aquela pergunta.
– Zayn, ela é uma garota. – disse ela, como se entendesse seu silêncio.
– Eu sei. Mas é a garota mais incrível que eu já conheci. – respondeu com cautela.
Amber assentiu, fungando.
– Você a ama?
– Acho que sim.
– Acha?
Ele suspirou fundo.
– Ela é uma criatura desmiolada, tão doce. – sorriu, lembrando de cada traço dela e a voltinha que dava toda vez que sorria – Eu seria capaz de qualquer coisa para vê-la feliz. Sinto muito, mas é a verdade. Você nunca vai encontrar alguém como ela. Candy é do tipo de pessoa que só passa pela Terra uma vez na vida e a sorte de quem encontrá-la pelo caminho.
Ele se calou por respeito à mulher com quem passará grande parte da sua vida. Mas disse a si mesmo em silêncio.
"Eu a amo com todas minhas forças."
Amber ficou imóvel. Apenas o encarando como se não acreditasse no que havia acabado de ouvir. Ele também não acreditava, mas era verdade. A amava. Sentia muito por sua ex noiva, mas tinha que acabar com aquela fantasia na cabeça dela, não ficariam juntos.
– Então vai fazer isso mesmo.
– Não quero te machucar. Nós vivemos o que tínhamos para viver, mas acabou.
– Não diga mais nada. Vou deixar vocês viverem felizes. – disse ela, com amargura. – Mas você irá se arrepender do que está fazendo.
Ele ficou em silêncio. Não adiantava falar mais nada.
Amber saiu com passos firmes sem olhar para trás. Meu Deus, queria muito que aquela parte da vida dele tivesse acabado por fim. Nunca esqueceria ela, tinham passado grandes momentos das suas vidas juntos. Mas ele sentia que seu relacionamento com ela chegará ao fim do ciclo. Tudo o que ambos precisavam aprender um com o outro, já fora concluído. Agora ele começaria uma nova vida.
Uma ao lado da mulher que amava.
DSTCDA – C.
– Seu projeto precisa ser finalizado em duas semanas. – lembrou Candy.
Luna estava concorrendo a uma premiação. Ela precisava criar uma ponte para a cidade. Algo inovador.
– Não é possível que não tenha pensando em nada.
– Eu não tenho nenhuma ideia boa suficiente. Já fiz várias pesquisas, mas não consigo concluir nada. – disse ela, bufando, estava frustrada.
– Vamos pensar em algo, eu vou te ajudar. – disse se levantando – Vou buscar alguns papeis que estão lá em baixo, na recepção. Quer algum café para relaxar?
Luna deitou com a cabeça sobre a mesa.
– Quero, por gentileza.
– Okay!
Logo quando se virou para sair, deu de cara com o Senhor Payne. Ele piscou para a garota, que sorriu, se retirando da sala. Era claro como a água que iam ter aquelas conversas que duravam horas.
Candy saiu sem pressa alguma de voltar. Ia botar o papo em dia com Brook, dar uma parada no oitavo andar, perguntar sobre o bebê de Veronica e ainda conseguiria passar no banheiro, dar uma olhada na maquiagem.
O problema fora que quando chegará para fofocar sobre Mellanie com seu amigo, encontrou ninguém mais provável para piorar a plenitude do seu dia perfeito, que Amber. Silverstone já sabia que era ela.
Era a mesma loira pomposa que saíra do prédio de Zayn naquele dia fatídico.
Deus, o que ela estava fazendo ali? Candy suspirou fundo, tentando ignorar a presença dela e pedir qualquer coisa a Brooklin para sair o quanto antes daquela situação constrangedora.
– Eu vim pegar aquelas coisas da Senhorita Aniballe. – pediu rapidamente.
– Coisas? – indagou o garoto.
Ai santo Cristo, ela não sabia como mentir. E para piorar seu apavoramento, viu pelo canto dos olhos a ex noiva de Malik se aproximar deles.
– Querida? – sentiu o dedo da mulher cutucando seu ombro.
Candy se virou para encará-la. Se arrependendo no mesmo segundo, já que de perto a demônia era ainda mais bonita.
– Pois não? – indagou ela, cordial.
Amber sorriu com simpatia e algo dentro da garota estremeceu. Era como se ela soubesse.
Como se Amber soubesse exatamente quem ela era. Candy iria morrer se alguma coisa acontecesse.
– Poderia avisar ao Zayn que mudei de ideia. – começou irônica – Hm, fala pra ele que logo mais me encontrarei com Payne. Ele sabe do que estou falando.
Candy sabia que estava com uma expressão confusa e um tanto quanto assustada. Será que ela tentaria tomar Liam de Luna? Meu Deus, precisava contar a sua amiga.
– Eu mesmo falo há ele, senhorita. – disse Brooklin, educadamente.
– Obrigada garoto. – agradeceu ela, passando a mão no rosto dele.
Ai meu Deus. Aquele gesto de sedutora indecente, que já havia visto várias vezes nas novelas mexicanas deixava toda a situação mais nítida. Era claro que ela ia atrás do Senhor Payne.
Ele era dono da maior parte da AEDAS, seu nome era conhecido internacionalmente, era um homem muito bonito e... melhor amigo do seu ex noivo.
Candy acompanhou com os olhos ela sair rebolando. Amber tinha poder e ia saber muito bem como usá-lo. Ela só não tinha certeza ainda de como.
– Que mulher ein! – exclamou Brook como um bobo, assim que ela saiu.
A garota revirou os olhos. Tudo bem que ela era mesmo maravilhosa, mas pelo amor de Deus, ninguém via que era uma víbora. Bem, por sorte Zayn havia notado há um tempo. E ela era grata por isso.
– Preciso pegar algo com o Senhor Malik. – avisou ela, não dando tempo para que Brooklin fizesse perguntas.
Silverstone não costumava ir ao escritório de Zayn. Sentia medo que alguém pudesse desconfiar ou que não aguentasse o formigamento que sentia entre suas partes toda vez que estava perto dele.
– Com licença. – disse ela, dando passos lentos até onde ele estava.
Zayn se virou, estava com o semblante sério, um tanto quanto irritado, mas sorriu quando a viu.
– Que surpresa agradável. – falou ele, beijando o canto da sua boca.
Candy sorriu, erguendo os braços até os ombros dele, para abraçá-lo.
– O que houve? – perguntou, preocupado a abraçando pela cintura.
– Nada. Só estou com saudade.
Ele suspirou fundo contra a pele do pescoço dela.
– Você a viu?
Candy umedeceu os lábios.
– Uhum.
– Ela fez alguma coisa a você?
– Não. Mas disse que era pra eu te avisar que ela mudou de ideia. Que ia falar algo.
– Falar algo?
– É. Será que pode ser sobre nós? Será que ela não vai dar em cima de Payne?
– Porque faria isso? – ele se afastou um pouco, a olhando nos olhos.
– Porque ela disse que falaria com o Senhor Payne.
Ele passou a mão na cabeça por um segundo e suspirou fundo.
– Sabe se ela foi ao escritório de Liam?
– Não. Mas se foi não vai encontrá-lo. Ele está com Luna.
Zayn assentiu e segurou seu rosto com as duas mãos, a puxando para um beijo árduo. Candy se assustou de início, mas deixou que ele a guiasse, o sentindo explorar sua boca com a língua.
Ah, por um momento ela sentiu medo de perdê-lo. Mas não. Ele era dela. Não devia temer.
Depois de tudo, Malik já tinha provado que ela podia confiar. Não seria mais uma decepção. Silverstone confiava a vida nele. Não seria Amber que a faria mudar de ideia.
Não mesmo.
n/a: Um beijo no coração de cada um.
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Desculpa se te chamo de amor.
Fiksi PenggemarQuando se têm dezessete anos toda garota deseja se apaixonar. Bem, na verdade toda mulher deseja se apaixonar, isso em toda sua vida. Mas o que acontece com uma garota que acha que encontrou sua alma gêmea aos dezessete anos? Candy Silverstone acred...