The pain need to be felt .

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Nada no mundo doía mais que seu coração. Depois de assinar os papeis e correr para casa para chorar tudo que teve esconder na noite anterior – já que não queria contar aos seus pais que Malik havia terminado com ela, pelo menos por hora –, aproveitou que estava sozinha e chorou. Chorou tanto que sua barriga começara a doer depois de algumas horas e o desespero de que nunca mais ia vê-lo tomará conta de si. Era como se Zayn Malik tivesse morrido e ela não estava conseguido lidar com a falta dele.
Nunca amará naquela intensidade. Ele era tudo o que ela precisava e queria por perto. Ele era seu porto seguro, sua alma gêmea. Minha nossa, quando lembrava de Zayn dizendo que o motivo era Amber, ela quase colocara o café da manhã do dia anterior para fora.
Ainda não tinha comido e nem sentia vontade. Não sentia nada.
Queria voltar no passado e ver onde havia errado. Encontrar o que tinha feito para que Malik pensasse que ela não era suficiente. Porque era claro que ele não a achava suficiente. Ou teria esquecido Amber durante o tempo que estavam juntos. Porém, estava perdidamente enganada. Ele jamais a esquecerá e Candy havia sido apenas um passatempo. Um alguém que ele se divertia e fim. Ela nunca veria as portas da igreja se abrirem, enquanto caminhava para o encontro dele no altar. Deus! Como havia sonhado com isso.
Com os olhos deles, felizes por vê-la de noiva. Minha nossa, como era patética.
Queria morrer. Queria que o mundo acabasse. Queria ser mais forte, mas era uma menina que chorava por tudo. O que podia fazer? Ele não a queria mais.
– Você esta bem? – indagou um professor, quando ela voltou dias depois ao colégio.
Não podia deixar sua vida de lado. Zayn seguiria com a dele. Ela piscou algumas vezes observando todo mundo da sala virando para encará-la. Era como se finalmente todos soubessem que estivera ali o tempo todo.
– Estou sim, Senhor McCay.
– Está pálida querida. – insistiu o mais velho. – Se precisar sair, é só falar.
Ela assentiu, abaixando a cabeça. Não conseguia sequer fingir que algo estava acontecendo dentro de si. Que não tinha força suficiente, para esquecer o que havia vivido.
– Hey Candy. – sussurrou Kris atrás dela, a única garota com quem conversava. – O que houve?
– É tão evidente assim?
A garota sorriu, balançando a cabeça.
– Essa carinha tem cara de que tem homem envolvido. É aquele seu namorado maravilhoso?
Silverstone sorriu. Ah namorado, era terrivelmente bom ouvir aquela palavra. Pelo menos alguém no mundo imaginava que ela e Zayn eram alguma coisa. Entretanto quando lembrava da verdade, doía.
– Ele era um gato mesmo. – cochichou outra garota.
Era Carolina, uma ruiva amiga de Kris.
– Ele era. – concordou ela.
– Falamos mal dele durante o intervalo. O senhor McCay está nos olhando. – comentou Giovanna, que sentava em frente à Carolina.
Não tinha como não sorrir e agradecer a Deus, por ter com quem conversar sobre Zayn. Aquilo estava a sufocando. Não tivera coragem de contar aos seus pais o que havia acontecido. Mesmo sabendo que eles já estivessem desconfiados, já que ela mal saia do quarto.

Seu coração batia acelerado quando sentará com as colegas de classe, – algumas que mal a cumprimentavam também estavam na mesa da cantina – a realidade era que quando o assunto se tratava de relacionamento, todas queriam dar sua opinião. Então ela contou tudo, desde quando entrará trabalhar na empresa como estagiária, quando o encontrou, o primeiro beijo, a viagem ao Rio de Janeiro, o banho que tivera que dar nele, as conversas e as noites que dormiram juntos, não deixando de lado o melhor dia da sua vida: Paris. Aquela noite jamais seria esquecida. E se um dia se apaixonasse por alguém – o que acreditava ser bem difícil de acontecer – ninguém chegaria aos pés dele. Ninguém.
Quando terminará o pequeno monólogo sobre sua vida, todas estavam de boca aberta.
– Esse cara é um canalha, sinto muito amiga.
Candy deixou as lágrimas caírem. Ela sabia disso. Só era difícil de aceitar.
– Mas é milionário! Pelo amor de Deus, você não pode deixar escapar. – disse Carolina, indignada, e algumas meninas concordaram balançando a cabeça.
Ela estava longe de querer ficar com Malik por conta do seu dinheiro. Sinceramente, queria que ele não tivesse nada do que possuía assim provavelmente Amber não ia querê-lo.
Ah, não queria odiá-la, nem sentir inveja da sua vida, mas não conseguia. Ela o tinha.
Tinha o homem que Candy mais amará nas mãos. E o coração de Zayn pertencia apenas há ela.
Era tão doloroso.
– Quando o homem é perfeito demais, tem que desconfiar Candy! – alertou uma.
– Parem com essa bobeira. – comentou Cristina, uma menina que estava no primeiro ano. – Não estão vendo que ela não está bem? Nunca é difícil superar um amor, mas pense em você em primeiro lugar. Se for pra ficarem juntos, isso irá acontecer. Mas porque não toma um tempo pra você?
– Vou para Bélgica na casa dos meus avós. Vou ficar um tempo lá.
– Então. Isso será ótimo, você irá se recuperar, não se preocupe. – disse a garota com convicção.
Candy assentiu, sentindo um nó na garganta. Esperava que sim. Era só o que queria. Tinha planejado a viagem para a casa dos avós uns meses antes, seria apenas umas férias bem merecidas, entretanto, depois dos últimos acontecimentos ela queria ir, para não mais voltar.


DSTCDA – Z.

Os minutos se passavam devagar. As horas eram intermináveis e os dias pareciam o inferno.
Ele estava inquieto e seu coração não se conformava com o que havia feito com sua menina.
Ela não merecia isso. Não mesmo.
Quando se deu conta, Zayn estava lá. Não importava se Amber fosse quebrar toda sua casa ou o diabo, ele precisava vê-la. Precisava conversar direito com Candy. Não podia acabar daquele jeito. Não seria covarde. Ela precisava saber da verdade. Precisava ao menos ter o direito.
Havia dirigido até o colégio de Caramella e a buscava com os olhos enquanto via todos os adolescentes saindo em grupos. Ele suspirou fundo, vendo um casal de mãos dadas.
Era tão absurdamente doloroso imaginá-la com outra pessoa. Ela podia se apaixonar por alguém quando fosse para a Bélgica pensando que ele não sentia nada por ela. Candy podia se apaixonar por alguém... merda, essa verdade espancava seu coração.
Zayn descerá do carro quando a avistou descendo as escadas junto com algumas garotas.
Ele engoliu em seco, suspirando profundamente. Não sabia o que ia dizer. Caminhou em passos lentos, até que uma adolescente nada discreta cutucará Silverstone dizendo algo em seu ouvido. Ela parou no mesmo instante, virando a cabeça para encará-lo.
Ele sentiu o rosto ficar quente e travou a mandíbula. Suas mãos estavam soadas e desde que a perderá, nada ao seu redor parecia estar no lugar certo. Zayn a encarou por uns bons minutos e com certeza um murmúrio entre as garotas que ainda estavam na escada sobre o que ele estava fazendo ali, devia estar acontecendo.
Ela foi a primeira a dar um passo incentivada pelas outras colegas. Malik fez o mesmo, não podia ficar parado no meio da rua. Estava com as pernas bambas.
– O que está fazendo aqui? – questionou ao se aproximar, um tanto ríspida.
– Queria conversar...
– Olha Malik, não sei o que mais você tem pra me dizer...
– Só queria deixar claro algumas coisas. – interveio. A verdade era que não sabia por onde começar, pois só queria vê-la. Queria estar perto da sua garota e se certificar que estava bem. Não queria tê-la perdido. Jamais. – Podemos ir conversar em algum lugar? Sem plateia.
Ela olhou para trás, observando que as colegas ainda estavam lá. Zayn nunca ouvirá falar delas, mas ficou feliz ao ver que Candy não estava sozinha.
– Eu acho que podemos conversar aqui mesmo. Tenho que terminar de arrumar minhas malas.
Aquilo o machucará. Mas assentiu.
– Tudo bem.
Ela jogou o cabelo para o lado e o encarou com uma sobrancelha arqueada. Aquela não parecia Silverstone. Não era nada parecida com sua doce garota.
– Me dê um bom motivo para o que está fazendo.
Ele engoliu em seco. Não pensara em nada. Quando percebeu, já estava lá, esperando ansiosamente para vê-la. Era muito mais forte que ele.
– Não sei por onde começar.
Ela bufou. Zayn nunca tinha a visto daquela maneira. Faziam apenas alguns dias desde que vira Candy pela última vez e não imaginara que ela pudesse estar tão, diferente. Por um momento, pensara que ela ficaria feliz em ter uma explicação plausível. Bem, o que podia querer mais da garota. Ele havia a magoado profundamente, sabia disso.
– Diz alguma coisa. – pediu ela, mudando a voz.
Malik cruzou os braços e a encarou, sentindo que todos os observavam.
– Não queria ter te magoado. – pigarreou, tentando pensar em alguma forma de não magoá-la ainda mais com aquela conversa. – Eu não tive a intenção.
– Eu sei.
– Sabe?
Candy concordou, balançando a cabeça.
– Eu posso parecer uma adolescente que não entende nada na vida. Mas não. Eu sei muito e não o culpo pelo o que fez. Eu só queria que não tivesse deixado o que houve entre nós chegar ao ponto em que chegou. Porque eu me apaixonei por você, Zayn.
Merda. Ela havia o destruído. Candy pegara o pouco que sobrara dele e esmagara com suas palavras. Mas ela estava certa. O pior de tudo era que estava certa em cada sílaba.
Ela não era uma menina boba apenas por ter menos idade que ele. Candy já havia passado por poucas e boas na vida, e ele mais do que ninguém sabia disso. Não sabia por que tinha deixado o relacionamento deles ir tão longe se ia partir o coração dela no fim.
Era um idiota isso sim. Mas quem podia imaginar? Infelizmente não tivera a chance de dizer que estava completamente certa. Quando Zayn pensara em se aproximar de Silverstone, um carro parou ao lado deles, no meio da rua. Ele empalideceu.
– Saia daqui. – disse rapidamente a garota.
– O que foi? – indagou Candy, assustada.
Amber descera do carro não se importando se ainda tinha adolescentes saindo do colégio. Ele sabia que ela faria uma cena e tanto. Conhecia a mulher.
– Ah, então é aqui que você está. Eu bem que imaginei.
– Como me encontrou?
– Não foi difícil. – respondeu encarando a garota – Pensei que isso já estivesse acabado.
Zayn deu um passo, se pondo entre as duas. Não sabia como estava o estado emocional de Amber e tinha receio que ela pudesse fazer algo contra Candy. Não se perdoaria se isso acontecesse.
– O que está fazendo? – questionou Amber, cínica.
– Vamos embora.
– Não.
– Amber, pelo amor de Deus.
– Zayn, está tudo bem. – disse Candy, atrás dele.
– Não. Não está. – ele segurou o braço da ex noiva a puxando com força de volta ao carro – Nós vamos conversar em casa.
– Eu não quero conversar com você! – gritou ela, chamando atenção de algumas pessoas que ainda estavam por ali – Acha que sou imbecil? Que vou aceitar você aqui com essa imunda? Eu já entendi que prefere uma vagabunda.
– Cala a boca. – vociferou ele, espumando – Você não me conhece Amber.
A mulher puxou o braço com violência, o encarando com fogo nos olhos.
– Eu vou acabar com vocês dois.
– Se encostar um dedo nela, será eu quem vai acabar você.
Ela riu de escárnio.
– Isso é uma ameaça?
Malik segurou o rosto da mulher com uma mão a empurrando contra o carro. Jamais tocara em sua noiva daquela forma, mas estava possuído por um ódio que nunca sentira. Sua cabeça estava ardendo por dentro, queria tanto que ela sumisse no mundo.
– Zayn. – sentiu a mão de Silverstone em seu ombro – Calma.
Encarou a garota com os olhos assustados, se afastando de Amber.
– Me desculpe. – disse a Candy. – Depois nós conversamos.
Ela assentiu, ainda assustada, se afastando com passos lentos.
– Você sabe o que vou fazer. – comunicou Amber, assim que Silverstone saiu.
– Eu não tenho medo de você. Só pense que estará arruinando a vida de alguém. Mais alguém.
– Quem se importa? Você acabou com a minha.
Ele engoliu em seco, olhando para uma mulher que já não conhecia mais. Uma mulher que amara e respeitara por muitos anos. Mas havia acabado. Não era a mesma garota por quem tinha se apaixonado. Ela não existia mais.
Viu Amber dando meia volta e finalmente entrar no carro a caminho de fazer algo que ele mais temia. Contar a verdade sobre Liam há Luna. Meu Deus, sua vida não seria mais a mesma.
Por dentro, estava em pânico.

DSTCDA – C.

Ela vestia um moletom surrado e grande para seu tamanho. Era o mesmo que usará a primeira vez que ficara com Malik. Estava com o coração acelerado depois do que acontecera em seu colégio. Jamais imaginara encontrar Zayn lá. Muito menos Amber.
Candy desceu para comer alguma coisa, estava nervosa, no entanto encontrou Luna a sua porta. O chão aos poucos fora desabando.
– Como você está? – indagou ela, assim que abriu a porta.
– Bem. – sorriu Luna a abraçando – Senti sua falta, sua chata.
– Vem, vamos entrar! Eu também senti a sua. – ela foi à frente, se jogando no sofá, antes que desmoronasse – Esse é um presente pra mim?
Quis saber, apontando a caixa nos braços de Aniballe.
– Eu pensei que talvez você me respondesse. – disse, sentando ao lado da garota – Amber foi atrás de mim...
– Ela foi atrás de você? – indagou assustada. – O que ela te disse?
– O que está acontecendo? – murmurou Luna.
Silverstone a encarou por alguns segundos e depois fitou o teto, pensando em como Luna ainda não sabia nada sobre ela e Malik. E o que Amber havia contado, se não aquilo.
– Eu vim aqui com o propósito de te contar sobre o que descobri de Zayn... Mas me parece que você já sabe. – continuou Aniballe, devido ao silêncio dela.
Candy deixou algumas lágrimas escaparem dos seus olhos. Estava sufocando por enganar Luna. Por ter escondido da melhor pessoa que conhecerá, algo como aquilo.
– O que... Como assim?
– Amber e Zayn estão juntos. – ela suspirou fundo, vendo a garota assentir em silêncio – E o que parece é que alguma coisa está sendo escondida de mim.
– Luna eu...
– Me conta a verdade. – pediu educadamente – Amber veio falar comigo, disse que não te conheço e me entregou essa caixa.
– Você abriu? – indagou, preocupada.
– Não. Quis falar com você antes.
Candy concordou, limpando as lágrimas teimosas que escorriam pela sua face. Estava muito magoada. Mas começou a explicar tudo o que acontecerá nos últimos meses.
– No dia em que Zayn ficou bêbado, ele me trouxe para casa depois do jantar e nos beijamos.
Luna a encarou perplexa. – Ele pediu para que eu não contasse a ninguém. Depois disse que não podia ficar comigo, porque eu era muito nova e era errado. Quando voltamos do Rio de Janeiro, ele veio falar comigo, se desculpar do jantar. Até então, eu não sabia que ele havia dormido com alguém no quarto do Senhor Payne. – Luna apenas assentiu para que ela continuasse – Me chamou para um concerto. Eu nunca te contei, mas compartilhamos o gosto pela música clássica. Bem, – suspirou ela – nós acabamos ficando de verdade.
Sua amiga olhou para um ponto na sala, talvez tentando assimilar toda aquela história.
– Vocês....? – indagou ela, deixando a frase morrer. Silverstone apenas assentiu, com vergonha – Candy, porque não me contou isso?
– Você estava na casa de Megan, – respondeu ela, um pouco desesperada – ainda estava mal por causa do Liam, eu não queria incomodar com minha vida.
– Você jamais me incomodaria. – ela colocou uma mão sobre a da garota – Continuaram se vendo? Ficando?
Candy concordou com a cabeça.
– Nós fizemos um acordo de não contar a ninguém.
Luna se recostou no sofá sem acreditar.
– Vocês continuam se vendo.... Hoje em dia? Enquanto ele está com ela.
– Não. – respondeu a garota com a voz embargada – Ele terminou comigo e voltou com Amber. Mas então...
Luna a puxou para seu colo. Ela precisava de um abraço, mas aquilo a desmontara.
– Por favor, eu preciso que você me conte, nós temos que dar um basta nisso. Não vou deixar aquela mulher estragar com tudo.
– Luna, – disse Silverstone suspirando fundo, estava sufocada – ele veio atrás de mim no colégio hoje. Ele veio e disse que precisávamos conversar direito. Mas então ela apareceu, e todo mundo escutou as grosserias que disse.
– E Zayn?
– Tirou ela de lá, e disse que ainda íamos conversar. Eu estou desesperada. Com medo de perdê-lo de verdade.
Começou a chorar compulsivamente, estava tão fragilizada com tudo que havia passado.
– Por isso saiu da empresa? Aquilo não tinha nada a ver com seu colégio?
Ela assentiu ainda chorando.
– Ele terminou comigo do dia para a noite. Simplesmente não aguentei.
– Sinto muito Candy.
– Tudo bem. – disse respirando fundo – Estou tentando matar todos esses sentimentos dentro de mim e confesso que não está sendo fácil, mas já estou melhor. Contar a verdade para você, também faz com que sinta um alívio no peito.
– Não consigo acreditar que Malik tenha feito isso com você. Eu pensava...
– É, eu também pensava. Mas sabe de uma coisa? Foi uma tortura maravilhosa ter o coração partido por ele. – Candy sorriu amargo, com os olhos brilhando de lágrimas. – Mas essa caixa? Não faço ideia do que seja.
Aniballe piscou algumas vezes, lembrando da tal caixa ao seu lado.
– Confesso que estou com medo de abrir.
– Quer que eu faça isso por você? – indagou.
– Não. Não precisa.
Ela pegou a caixa de sapatos no colo. Era velha, mole, com alguns adesivos colados sobre a tampa. Não fazia ideia do que tinha dentro dela. Mas tudo mudara em uma fração de segundos. A expressão de Luna a assustara e com certeza não era algo bom.
– Luna diz alguma coisa.
Candy a encarava preocupada. Ela pegara algumas fotos nas mãos, encarando aquilo com os olhos marejados.
– Por favor, deixa eu ver...
Era uma foto velha, um tanto amassada, com o Senhor Payne, com certeza mais jovem, sorrindo para a câmera enquanto Luna o fitava com um olhar de menina apaixonada. Mas o que era aquilo?
– O que é isso? Quando essa foto foi tirada? – perguntou, confusa.
– Eu não sei Candy! – respondeu em choque.
– Mas o que significa? Vocês estão com os uniformes da faculdade. Você já o conhecia antes? Não me disse que estudaram juntos.
– Eu perdi a memória... Eu não lembro...
– Quando você... – ela estava boquiaberta. Não podia ser. Podia? – Quando você... Sabe...
– Sofri o acidente há sete anos. – ela colocou a cabeça entre as pernas – Era o último ano dele. Todo esse tempo havia me dito que tinha se formado quando entrei na universidade e fui idiota em acreditar.
– Não tinha como você saber Luna.
Meu Deus, ela estava tão arrasada quanto Aniballe. Será mesmo que o Senhor Payne, já havia se envolvido com ela, antes do acidente em que perderá a memória? Aquilo não tinha sentindo algum. Porque ele faria isso?
– É. Não tinha como eu saber. – respondeu amarga – Você pode guardar esse segredo por enquanto? Tenho um prêmio para receber.
– É hoje? Você vai? – indagou um pouco chocada.
– Eu não sei. – respondeu, se levantando – Preciso por minha cabeça no lugar.
– Tudo bem. – disse ela – Eu te levo para casa.
– Não. Eu preciso ir sozinha.
– Mas Luna, você não está em condições.
– Eu acabei de descobrir que o homem com que venho dormindo há quase um ano já me conhecia e essa foto diz que éramos muito mais do que posso imaginar. Eu deveria estar surtando Candy, mas estou bem. Preciso realmente ficar sozinha.
– Você não está bem, eu te conheço.
Ela caminhou até a saída da casa.
– Conversamos mais tarde. Eu estou bem.
– Por favor, se cuide.
– Você também, la mia Caramella.

DSTCDA– Z.

Assim que o elevador do apartamento de Payne abrira as portas, ele sentiu uma sensação horrível. Quando chegara a empresa, Hannah falara que alguma coisa séria devia ter acontecido, porque Liam havia saído às pressas da empresa. Amber queria ferrar com a vida dele. Era claro que já tinha contado tudo. Sua cabeça estava explodindo. As mãos tremiam. Sequer sabia o que diria ao amigo. A culpa era toda dele, merda. Fora rápido.
Liam o avistou parado no meio da sala e socou seu supercílio e depois sua boca, em questão de segundos.
Droga. Ele deu dois passos para trás.
– Você prometeu que nunca ia contar há ninguém!!! – gritou Payne espumando pela boca.
Zayn colocou as mãos nos joelhos, se curvando, ouvia um eco na cabeça.
– Eu sinto muito.
Payne bufou, parecia acabado, andando de um lado para o outro, totalmente desesperado. Malik sentiu uma pontada na cabeça, perto de onde seu melhor amigo havia batido e gemeu de dor.
Aquilo doía pra diabo.
– Ela sumiu, não consigo encontrá-la.
– Vai dar tudo certo. – disse, sentindo uma falta de ar estranha.
– Você não viu... Ah ela me disse coisas, não sei o que vou fazer, não sei... – Liam interrompeu o que estava dizendo, e o encarou com o cenho curvado – Você está bem?
Malik umedeceu os lábios para responder, mas outra pontada o fez urrar de dor.
– Acho que você... – tentou dizer, mas suas pernas falharam.
– Ah Zayn, você é um filho da puta mesmo! – foi tudo o que ouviu, antes do mundo escurecer.

DSTCDA – C.

Ela esperou. Esperou e nada aconteceu. Malik dissera em alto e bom som que mais tarde conversaria, mas o mais tarde nunca chegou e ele sumira por dias. Estava devastada com tudo o que tinha acontecido com ela e Luna. Sua melhor amiga havia descoberto que a família sabia sobre seu relacionamento com Payne antes do acidente, e haviam escondido dela durante todos esses anos. Candy só não conseguia entender, porque haviam mentido para ela. Porque esconderam de Luna. Ela era tão boa para todos. Se perguntava se Malik também sabia da história deles. Provavelmente.
Seu mundo tinha desmoronado de novo e os dias pareciam piores do que dá última vez. Porque antes, quando se decepcionará com Douglas, ela sonhava que poderia se recuperar um dia. E se recuperou. Para cair de novo. Candy não tinha mais forças. Ela nunca havia sido tratada daquela maneira como Zayn a tratara. Ele era um homem bom, alguém que ela confiava e aprenderá a amar. Mas agora, depois de tudo, sentia como se não o conhecesse.
O Zayn que ela amava, não era a mesma pessoa que tinha a deixado por causa de Amber.
Ele havia sido frio. Terminado com ela simplesmente porque não queria mais. Amava Amber, não ela. Aquelas palavras doíam em sua alma. Doíam tanto que passava todos os dias chorando. Seus olhos estavam vermelhos e inchados e seus pais não sabiam mais o que fazer para tirar aquela dor dela. Sem contar que Malik havia mentido sobre o fato de que conversariam. Sabe Deus porque havia feito aquilo. Talvez fosse apenas para vê-la longe.
Meu Deus, como tudo isso a machucava. Nunca o entenderia. Mas como tinha lido em um livro qualquer, a dor precisava ser sentida. E ela estava disposta a passar por aquilo de novo, porque era a única forma de saber que um dia vivera seu romance tão desejado. Mesmo ele não tendo um final feliz.
– O que vai fazer hoje? – indagou sua mãe, deitando ao seu lado na cama.
Sophie era a mulher mais louca e amável que a filha conhecia. Quando soubera o que Malik havia feito, ela fora até o escritório de Zayn – sem Candy saber – para ter uma conversa de perto com o mesmo. Sophie Silverstone voltara para casa, devastada.
– Acho que morrer de chorar e comer lasanha.
A sra. Silverstone riu baixinho, acariciando a cabeça dá filha. Queria tirar aquela angústia de dentro dela e por em si. Só para não ver sua garota chorando.
– Que tal assistir aquele filme de dançarinos semi nus e comer lasanha?
Candy curvou o cenho.
– Magic Mike?
– Esse mesmo. – respondeu Sophie, suspirando – Adoro aqueles garotos.
Candy riu, se aninhando nos braços dá mãe.
– Eu sei que você adora. Channing Tatum só de sunga, quem não gosta?
– Do que vocês estão falando? – indagou Benedict, entrando no quarto.
Candy e Sophie riram cúmplices.
– Nada querido.
Ele olhou as duas por um tempo e depois sorriu, se aproximando dá cama.
– Tem alguém lá em baixo. – falou o Sr. dá casa lentamente – Quer ver você filha.
– Quem? – indagou.
Luna tinha ido embora, não tinha mais ninguém que pudesse querer vê-la. Seu pai deu de ombros, olhando para Sophie. Ah meu Deus. Seu coração estremeceu. Candy levantou dá cama, passando por cima dá mãe. Sophie levantara atrás dela, mas Benedict a segurou. A filha tinha que resolver sua vida sozinha.
Silverstone desceu as escadas rezando. Quando estava no último degrau quis voltar correndo. Por Deus, lógico que ele foi a primeira pessoa que veio na cabeça, mas droga, agora que podia ver com seus próprios olhos quem estava ali, sentado no sofá da sua casa, com a cabeça baixa e um moletom preto que ela teve vontade de arrancar dele, não soube o que fazer. Estava com o rosto inchado e com o moletom de Zayn. O que ficara depois do primeiro jantar na sua casa. Que vergonha. Seu cabelo estava oleoso e ela duvidava estar cheirosa para abraçá-lo. Bem, ela ia abraçar Malik. Ou não?
Mil vezes droga, seu coração estava palpitando tanto que seu peito ardia.
– Zayn?

n/a: POR FAVOR ME DIGAM O QUE ACHARAM. OPINIÕES NESSA RETA FINAL SÃO BEM VINDAS. 

O QUE ACHAM QUE IRÁ ACONTECER NO ÚLTIMO CAPÍTULO?   

Desculpa se te chamo de amor.Onde histórias criam vida. Descubra agora