Um pé, depois outro.
Ele estava andando em cima de um pequeno canteiro de tijolos velhos e flores murchas, na entrada do prédio de imagem e fotografia.
Um pé, depois outro.
Era exatamente assim que se sentia em relação à Candy Silverstone. Tudo bem que a noite anterior havia sido bem mais do que passos pequenos e firmes, mas agora tudo parecia finalmente se encaixar. Eles precisavam daquele salto sem estimativa alguma de como chegariam ao chão, para descobrir o que realmente queriam.
E a essa altura, ele tinha certeza absoluta que queria ela.
Zayn não se lembrava de como era bom sentir aquela sensação. De ter alguém com quem se importar e saber que toda vez que sorria, recebia um sorriso lindo de volta.
Era como se finalmente depois de tanto tempo, sentisse que estava vivo novamente. Como se sua vida tivesse sido colocada nos trilhos.
Entretanto sua paz interior durou por alguns minutos. Até que uma garota ruiva surgiu no meio da universidade gritando que precisava de ajuda.
Não sabia por que, mas sentiu um aperto no peito.
Sua menina.
Zayn correu de onde havia saído. Seu coração estava acelerado.
Quando chegou na porta da sala de fotografia, não havia sinal de Candy ou da garota que estava com ela. Ele olhou por todos os lados. Estava tudo silencioso.
Mas que diabos.
Malik começou a correr de volta, dessa vez para fora, para encontrar a menina que havia pedido ajuda, foi quando ouviu um grito.
Seu corpo paralisou por um breve instante. Um choque.
Reconhecia aquela voz, mesmo estando um tanto quanto desesperada.
Era Candy. Só podia ser ela.
Meu Deus.
Ele moveu os pés, girando o corpo para trás. Ela estava ali, em algum lugar. Deu dois passos, não sabia o que ia encontrar e quando se jogou contra a porta, caiu dentro de um banheiro gelado, vendo a coordenadora do curso no chão, e Candy de costas para ele, com as mãos em cima da cabeça, a roupa amarrotada, a meia calça rasgada e um ser imundo a pressionado contra a parede.
Minha nossa, ele sentiu o sangue ferver nas veias.
Puxou o verme pelo cabelo, afastando dela o máximo que conseguiu e o socou direto no olho.
Depois o supercílio, nariz, bochecha, testa, olho de novo e tantas outras vezes mais que o maldito caiu no chão, desmaiado.
Zayn o chutou no estômago, na costela e antes que o matasse com as próprias mãos, sentiu Candy o puxar pela camisa para longe.
– Você está bem? – indagou, tocando seu rosto assustado.
Ela assentiu, puxando ele para um abraço, chorando como uma garotinha assustada.
Estava tremendo.
– Ele... ele... tocou em você? – só de pensar nisso, sentia vontade de pegar o corpo do miserável caído no chão e enforcá-lo até parar de respirar.
Ela negou com a cabeça.
Malik suspirou fundo. Tinha deixado ela por uns minutos.
Meu Deus.
Tudo havia acontecido tão rápido. Em um momento ela estava lá, animada com a sala de fotografia e depois ele se virá socando alguém até quase a morte. Tinha agido tão rápido quando a viu em perigo.
Meu Deus.
Ele não conseguia acreditar que aquilo estava realmente acontecendo.
Zayn se afastou dela e correu para vomitar em uma cabine. Foi só então que viu as mãos trêmulas e ensanguentadas. Ele ia ter um treco.
Tinha que manter a calma, deixar a adrenalina passar e cuidar dela.
– Vou pegar ela e saímos atrás da polícia. – disse ele, tentando manter a sanidade.
Malik se abaixou e pegou Anne Marie que estava desmaiada no colo. Quando ambos saíram, havia uma pequena multidão do lado de fora se formando.
– Meu Deus, o que houve? – gritou Henry.
– Um verme tentou agarrá-la a força no banheiro.
– Eu vou ligar para polícia.
Malik colocou Anne Marie sentada no chão, apoiada em seu peito. Queria abraçar Candy que estava soluçando, mas não podia deixar a outra desacordada. Algumas pessoas se aproximaram com um copo de água para Silverstone se acalmar e levaram uma cadeira para ela se sentar. Um rapaz se aproximou de Zayn e Anne Marie, se prontificando que tomaria conta dela, até que ficasse bem.
Ele rapidamente foi ao lado de Candy. Ela estava branca, como um corpo sem vida. Estava tremendo e não parava de chorar desesperadamente. Malik a abraçou com força e sentiu os braços dela em volta da sua cintura e a cabeça apoiada em sua barriga.
Não conseguia pensar. Não conseguia dizer alguma coisa. Estava em choque absoluto.
A cena passava em sua mente como um borrão.
Jamais brigará com uma pessoa em toda sua vida. Não com aquela raiva no peito, aquela sensação que poderia matá-lo de verdade.
Se ele tivesse tocado em Candy, não saberia o que teria feito.
Só de imaginar sentia que vomitaria de novo.
Quando a polícia surgiu na entrada do corredor com paramédicos, uma multidão já se formava em torno deles. Silverstone já estava um pouco mais calma, mas ainda sim tremia muito.
Ele não sentia as próprias pernas, nem os braços, ou talvez seu corpo inteiro.
Era como se não estivesse vivendo aquilo.
A ficha simplesmente não caia.
Era surreal imaginar que alguém podia machucá-la de fato.
– Podemos conversar sobre o que houve com os senhores? – indagou um policial se aproximando deles.
– Vamos tirá-la daqui antes, por favor. – disse Malik – Ela está muito assustada.
O policial assentiu, olhando as mãos de Zayn.
– Onde está o agressor?
– No banheiro. Provavelmente desmaiado.
– Vocês precisam nos acompanhar até a delegacia.
Ele concordou, se abaixando para conversar com Candy.
– Precisamos ir à delegacia.
Ela estava com os olhos vermelhos e inchados.
– Liga pra minha mãe? – Candy deu seu celular há ele fraca.
Malik segurou seus pulsos com delicadeza e beijou suas mãos com carinho. Não sabia o que fazer, mas queria muito que ela se sentisse bem de novo.
Ele a ajudou a levantar e a abraçou por cima dos ombros a levando para fora, para que pudessem colocar aquele maldito atrás das grades.
– Suas mãos. – disse ela, com a voz fraca.
Ainda estava sangrando e inchada, mas não sentia dor.
Malik abriu a porta do carro para ela e viu os polícias levando o verme até a viatura. Uma comoção de estudantes os cercava. Todos estavam voltando do almoço e pareciam chocados ao se depararem com aquela cena.
Zayn entrou no carro e seguiu a polícia até a delegacia. Candy estava em silêncio, mas as lágrimas caiam constantemente do seu rosto.
O coração dele estava estraçalhado.
Se soubesse... Minha nossa, não queria imaginar o que teria acontecido se não tivesse chegado na hora certa.
– Você quer conversar? – indagou, preocupado.
Ela negou com a cabeça, soltando um soluço.
Malik umedeceu os lábios. Não sabia o que fazer para vê-la de outra forma. Aliás, não tinha muito que fazer, afinal, aquilo que acontecerá era a pior coisa do mundo para qualquer ser humano, ainda mais uma mulher tão doce e frágil como Candy.
Ninguém merecia passar por uma situação tão repugnante e desumana que teria sido se ele não chegasse a tempo. Só de imaginar, sentia o coração apertar e o estômago virar do avesso.
Quando chegaram à delegacia, levou Candy até uma salinha junto com Anne Marie e do outro lado colocaram o rapaz cheio de hematomas.
Zayn ficou parado, olhando a porta se fechar na sua frente. Não podia entrar junto. Eles dariam depoimentos separados. Aproveitou o momento e ligou para a mãe de Silverstone.
Assim que deu a notícia que estavam na delegacia ela pareceu perdida. Ele deu o endereço e em cinco minutos ela estava entrando pela porta da frente, fazendo várias perguntas aos policiais.
– Senhora Silverstone? – chamou ele.
– Ah Zayn, o que houve? – ela olhou as mãos do homem, arregalando os olhos. – O que houve? – repetiu.
– Fique calma, por favor. Por sorte não houve nada. – ele suspirou fundo – Nós fomos conhecer uma universidade e eu deixei ela sozinha por alguns minutos, quando voltei tinha um cara...
– Ai meu Deus! – ela colocou as duas mãos na boca, deixando a bolsa cair. – Douglas?
– O que?
– Foi Douglas, quem fez isso? – indagou ela, ficando desesperada.
No mesmo instante o policial abriu a porta e Candy saiu aos prantos, jogando os braços no colo da mãe.
Malik sentiu seu mundo desabar sob os pés.
DSTCDA – C.
Candy só conseguiu parar de chorar depois que seu pai chegou à delegacia e Zayn saiu da pequena sala, depois de seu depoimento.
Ela estava em estado de choque.
Nunca, em hipótese alguma podia imaginar que Douglas Booth estaria naquela universidade.
Minha nossa, não tinha palavras para descrever o vazio dentro de si.
Muito tempo havia se passado e ela chegará a imaginar que jamais o veria...se não fosse Zayn.
Meu Deus, não queria imaginar.
Aquilo quase acontecerá de novo. Seu coração estava destruído em milhares de pedaços. E seria difícil reconstituí-lo novamente.
– Vamos para casa. Não temos mais o que fazer aqui. – disse o Senhor Benedict.
Candy olhou para Zayn. Ele estava com os olhos mais escuros que já vira e aquela beleza estonteante que só ele tinha, havia dado lugar para um semblante sério e cansado.
– Você está bem? – indagou ela.
Ele piscou como se voltasse a Terra novamente e depois sorriu.
– Eu é quem pergunto.
Ela apertou seu braço, beijando sua bochecha.
– Graças a você sim. – sussurrou, se afastando – Vamos fazer um curativo nessas mãos.
– Não quero incomodar vocês. – disse ele, colocando as mãos para trás – É melhor descansar, dormir um pouco, talvez.
– Não vamos deixar você sozinho. – disse Sophie, abraçando Zayn por cima dos ombros – Vamos todos tomar um chá, ficarmos calmos e agradecer a Deus por nada de mais grave ter acontecido.
Ela sorriu, incentivando ele a aceitar o convite. Sabia que sua mãe seria grata a Malik pelo resto da sua vida e só não estava o agarrando ali mesmo, porque não era o momento.
A tensão ainda estava nos ombros de cada um.
– Eu volto com ele, mãe. – disse ela, deixando Zayn sem saída.
Sophie Silverstone assentiu, falando alguma coisa com Benedict e eles saíram na frente.
Candy assinou alguns papeis, nada do que ela já não tinha feito e saiu minutos depois com Zayn.
Ele estava quieto. Provavelmente confuso com toda situação. Afinal, não sabia que o cara que havia a atacado era o mesmo que namorará um dia.
Candy olhou para as próprias mãos, assim que entraram no carro. Era constrangedor demais ter que contar aquilo para Zayn. Talvez ele não entendesse também, como suas amigas não haviam entendido.
– O que foi? – indagou ele, preocupado.
Silverstone se arrumou no banco, colocando o cinto. O sol já estava caindo e dava lugar para a escuridão.
Ela engoliu em seco, não sabia quantas e quantas vezes, tinha tentado contar aquilo para alguém, talvez para Luna. O problema era sempre o mesmo.
O medo. A vergonha de ser julgada novamente. Queria que Douglas ficasse no passado.
Porém lá estava ele, de novo.
Zayn acariciou seu rosto com a ponta dos dedos. Ela suspirou fundo. Tinha se apaixonado completamente por ele. E não tinha ideia de como agradecê-lo pelo o que tinha feito.
– Me conta, por favor. – sussurrou ele, fazendo cócegas em sua orelha.
Candy se sentou de frente para Zayn e segurou seus ombros com as duas mãos. Ela queria contar a verdade olhando dentro dos seus olhos.
Queria tirar aquele peso que permanecia dentro do seu coração por todo esse tempo. Queria despejar toda a verdade da sua vida e queria que ele a abraçasse depois disso.
– Lembra das fotos que te falei? – começou ela, agora não podia voltar atrás.
Zayn assentiu esperando que ela continuasse.
– Eu tinha um namorado. – seus olhos se encheram de lágrimas ao mencionar Douglas.
– Você ainda gosta dele?
– Não! – respondeu rápido – Não gosto dele.
– O que foi então?
– Nós nos conhecemos quando eu estava no segundo ano. Ele era novo e logo se tornou o amado das garotas. Todo mundo queria ficar com ele. Inclusive eu. – suspirou fundo, lembrando dos olhos de Booth aquela tarde, cheios de raiva e rancor – Então nós começamos a flertar. Eu tinha muitas amigas, estava envolvida com todos os projetos da escola, era líder de torcida e ele o capitão. Tínhamos tudo o que todos queriam.
– E ele é...
Zayn deixou a pergunta morrer nos lábios. Ela olhou para baixo, concordando silenciosamente.
Sim, ele era Douglas Booth. O mesmo cara quem havia a atacado horas antes.
E isso era tão perturbador.
– Douglas Booth.
– O que ele fez pra você? O que ele fez hoje?
Zayn não tinha escutado a parte dela do depoimento e sequer ouviu da sua boca alguma explicação de como tudo aquilo tinha acontecido.
Ela abaixou as mãos, colocando-as sobre as pernas. Sentiu-se enjoada.
– Fomos para o aniversário da Rainha e decidimos que queríamos beber. Douglas bebeu um pouco a mais e então acabamos brigando.
Ela ergueu a cabeça para encará-lo novamente. Os olhos de Malik estavam escuros e sua pupila dilatada. Talvez começasse a entender o que ela queria dizer. Candy sentiu um nó na garganta. Começaria chorar logo.
– Ele te machucou? – Zayn segurou seu rosto com delicadeza – Candy ele já tinha te machucado?
– Eu o provoquei Zayn. A culpa foi minha.
– A culpa não foi sua, – disse ele, ríspido – ele é um covarde.
– Eu sei. Quando ele veio para cima de mim eu acabei entrando em pânico e bati nele também. Outro dia no colégio todos sabiam. Douglas veio me pedir desculpas, disse que havia errado que sentia muito e eu o perdoei. Eu o amava. Ele foi meu primeiro namorado, o cara que eu havia me entregado.
Zayn ficou em silêncio por alguns segundos, olhando por cima dos ombros dela. Candy mordeu o lábio inferior, nervosa. Queria saber o que estava passando na cabeça dele.
Por favor, por favor, que não a odiasse.
Malik se endireitou no banco do carro e o ligou, se afastando dela.
Seu coração estava destruído. Estava com tanto medo que Booth estragasse sua vida de novo.
– Você perdeu a virgindade com...? – indagou ele, com a voz rouca e baixa.
– Sim.
– Não acredito. – Zayn colocou o cotovelo na janela, apoiando a cabeça em uma mão e a outra ela viu as veias saltando com a força que ele segurou o volante.
– Douglas era bom no começo. Nossa primeira briga demorou a acontecer.
– E quando vocês voltaram?
–Ele começou a me bater com frequência e de alguma forma eu sentia que era merecedora daquilo. Eu usava roupas curtas, falava com todos os garotos da escola, tinha ciúmes obsessivos sobre ele.
– Está ouvindo o que está dizendo?
– Estou. E agora eu entendo que nada disso foi minha culpa. Quando cheguei ao meu limite às coisas estavam muito piores do que você possa imaginar.
– O que ele fez pra você?
Candy sabia que tinha uma chance de Zayn achá-la uma idiota, por ter voltado com Douglas e mais idiota ainda por aceitar aquele tipo de relacionamento. Mas o que as pessoas não entendiam – nunca – é que ela estava tão doente quanto ele.
Na sua cabeça era ela quem era a culpada por tudo o que ele fazia. Pelas brigas ou traições.
Um relacionamento tão abusivo que Douglas conseguia manipulá-la, tirando o melhor de si.
Fazendo com que Candy se sentisse a garota mais inferior da face da Terra, e que nenhuma outra pessoa além dele ia amá-la.
E ela queria muito ser amada.
Zayn a encarou por uns instantes, ela engoliu em seco, fitando cada pedacinho de pele dele.
Como tudo havia mudado. Como tivera a sorte de encontrá-lo e estar ao lado de um homem de verdade. Alguém que não media esforços para vê-la bem.
– Por favor, Candy, me conta. – pediu ele – O que ele fez pra você?
– Depois da escola, ele tinha uma sessão de fotos para fazer. – disse lembrando exatamente dos momentos de horror que tinha passado – Ele era modelo, e eu fui junto, para assisti-lo. Depois das fotos ele começou a beber e a beber e eu tinha que ir embora. As pessoas estavam todas embriagadas e eu estava ficando com medo.
– Por favor, continua. Eu estou aqui.
– Ele me chamou para uma sala e talvez ingênua, não queria que os outros nos vissem brigando, porque achei que íamos brigar... – ela suspirou fundo, soltando um soluço – ele me bateu. Ninguém que estava na sala ao lado me ajudou. Ninguém atendeu aos meus pedidos de socorro. Douglas fraturou duas costelas minha. E quando acordei, estava sozinha e muito...muito machucada.
Ela olhou para fora deixando as lágrimas escorrerem. Era terrivelmente difícil lembrar.
– Uma moça estava ao meu lado, me cobrindo com um lençol. – continuou – E ela me levou para casa. Meus pais estavam desesperados e quando me viram, eu acho que morreram um pouquinho. Nós fomos para o hospital. A moça falou que alugava aquele espaço para umas pessoas, mas até então não tinha conseguido falar com eles. Alguém em anônimo ligou para ela e disse que eu estava lá. No hospital meus pais chamaram a polícia e dei parte de Douglas. Quando recebi alta, fiquei em casa por três meses. Estava totalmente envergonhada, minhas amigas não foram me visitar, eu não tinha ninguém além da minha mãe e meu pai. Depois que voltei ao colégio todos me olhavam estranho e quando vi Douglas, pensei que ele fosse me bater de novo. Ele gritava na frente de todo mundo que a culpa era minha por ser vagabunda e dar para qualquer um. Que ele não tinha culpa do que aconteceu e agora estava respondendo processo por algo que não tinha feito. Que por minha causa ele havia perdido o contrato de modelo com a agência.
"Eu respondi falando que tinha feito corpo de delito e eles haviam provado que eu realmente tinha sido agredida por ele. No outro dia, tinha fotos minha, nua, pela escola inteira. Não cheguei a ver, foi a gota d'água. Parei de estudar, me sentia envergonhada, não saia na rua com medo do que os outros iam falar de mim. Fui ao psicólogo por meses e retornei a outra escola com ajuda dos meus pais. Comecei a trabalhar na AEDAS e de certa forma, foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida."
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Desculpa se te chamo de amor.
FanfictionQuando se têm dezessete anos toda garota deseja se apaixonar. Bem, na verdade toda mulher deseja se apaixonar, isso em toda sua vida. Mas o que acontece com uma garota que acha que encontrou sua alma gêmea aos dezessete anos? Candy Silverstone acred...