Capítulo 1

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(Duda na multimídia)

Eu me chamo Eduarda, todos me chamam de Duda, tenho 16 anos e estou me mudando, o que não gosto muito por que adoro morar onde estou, aqui tenho minha vida, minha casa e meus amigos, mas tudo irá mudar depois de me mudar.
Eu moro perto da praia! Mas terei que ir para o centro de nossa cidade, precisa ir à trabalho. Sou obrigada a ir junto com minha mãe e meu irmão.

Meu tio se chama Ângelo, minha mãe Rebeka, e tenho dois irmãos, Robert e Richard. Robert é mais velho, já não mora mais comigo. Richard só tem 5 anos.

Meu pai foi a óbito quando sofreu um acidente de moto, talvez eu tenha um certo trauma por esse fato. Todo dia 6 de abril eu me sinto culpada, triste e com um certo ponto de raiva. Essa fora a data em que meu pai faleceu, me sinto culpada por que eu que pedi para ele sair de casa. Bom, vou explicar melhor..

Cinco anos atrás...

Estava eu meu pai, mãe, Robert e Richard pra nascer. Minha mãe com uma barriga enorme, já sentia dores de parto mas nada muito preocupante.

Estávamos todos felizes na sala de casa vendo um filme. Quando eu peço meu pai para ir comprar pão, um coisa tão simples! Ele nega e diz que está cansado! Eu insisto e faço um drama, meu pai bufa e sai de moto a procura da padaria da esquina para comprar um pão!
Eu corro até a porta com ele e fico o esperando, vendo-o sair de moto. Quando um carro ultrapassa o sinal e o atropela, sem mais nem menos.

Eu desesperada corro até ele, o carro para, o motorista desce, olha para mim, olha para o meu pai caído no chão e a moto do outro lado da rua, ela estava despedaçada, simplesmente entra em seu carro e vai embora, sem ao menos prestar socorro ou pedir ajuda.
Uma mistura de ódio e tristeza me consomem. Eu corro e chamo minha mãe que estava em choque na porta com a mão na barriga. Percebo que nada ela poderia fazer, então corro para Robert, ele liga para a ambulância que chega depois de minutos, mas, meu pai não resiste e vai a óbito dentro da ambulância.

No mesmo dia, meu irmão Richard nasce...

Dias de hoje...

Ao olhar pela grande janela do meu quarto, percebo o quanto as coisas mudam, eu era tão feliz, sempre vivia sorrindo, usava cores alegres, era muito feliz e sempre fazia de tudo para que todos ao meu redor estivessem felizes.

Mas agora parece que existe uma nuvem negra em volta de mim que deixa qualquer um triste ao me ver, as vezes sinto prazer em fazer isso, porém na maioria dos momentos em minha vida eu me sinto triste, me sinto mal, sinto que minha vida não deveria ser assim, que tem algo de errado, mas não consigo ver o que seria!

Nem me lembro ao certo como era minha vida antigamente, de quando meu pai ainda estava aqui, de quando eu podia sentir o abraço dele, o seu cheiro e o seu beijo de cada dia no alto da minha testa. As pessoas mudam tanto de uma hora pra outra, as vezes eu chego a sentir saudades do passado, meu feliz passado e triste presente.

Continua..

A Riquinha E O Menino Da Casa Ao LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora