Capítulo 31

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Luca on..

Hoje eu sonhei que um anjo me dava uma bronca, pois é.

Eu estava em uma praça, sentado em um banco, então eu pisco e um anjo reluzente com cabelos de fogo e uma espada enorme em sua cintura aparece para mim.

Ele levanta o seu dedo com altoridade e diz assim :

"- O que faz aí parado? Não fui eu quem te mandei ir pregar o evangelho? Não foi eu quem botei ela em tuas mãos? Agora que ela mais precisa de você, onde estás?
Por que te esconde, meu servo? Por que está tão distante?
Levanta a tua cabeça! - ele levanta a minha cabeça que estava para baixo com seu dedo indicador precionando minha testa - Agora faz o que Eu te digo, pois Eu Sou! Eu mando! E a minha graça é a minha paz esteja convosco. - "

No mesmo instante eu acordo asustado. Me levanto e vejo no relógio que são 06:45 da manhã. Saio de minha cama, me arrumo para ir a escola.

Duda on..

Depois de muitos choros e abraços, o doutor terminou de passar alguns remédios e falar os dias dos tratamentos, eu fui para casa som Bia.

Chego, me sento no sofá e ligo a televisão. Ainda são 10:15hs, daria tempo para ir à escola, mas não estaria disposta emocionalmente para isso.

A minha bíblia estaria em cima da mesa da sala, eu a observo e penso.

"A quanto tempo eu não leio a Bíblia? "

Então decidi ler.
Leio um capítulo no livro de salmos, que diz : " Eleva os olhos para o monte : de onde virá meu socorro?
O meu socorre vem do Senhor, que fez os céus e a terra." salmos 121 - 1 e 2.

Depois de ler, sinto uma imensa calmaria. Me levanto animada e falo com Bia.

- Bia! - me sento na mesa da cozinha.

- Oi Duh!? - ela volta sua atenção para mim.

- Vamos no salão? Quero acabar logo com isso. Depois quero comprar vários chapéus e bonés! Deve ser muito legal sempre usar um diferente! - ela sorri meio confusa mas assenti com a cabeça.

- Vou só terminar de fazer o almoço e já vamos. - assinto, me levanto e vou saindo quando a Bia me chama novamente. - Ah, não se esqueça de tomar o remédio, é 10:30, seu horário.

- Pode deixar mamãe! - brinco e rimos.

Tomo meu remédio e subo para meu quarto. Pego meu telefone e mecho um pouco nas redes sociais. Leio as mensagens de Lucas, mensagens tolas.
Dessa vez eu leio e não choro, me recuso a chorar.

- Vamos Duda! - Bia me grita.

- To descendo! - desço as escadas e chego rapidamente na sala de estar. - pronto.

- Ótimo! Vamos ao salão e depois ao shopping ou ao contrário? - eu a fito - primeiro no salão! - sorrio.

- Eu tenho que me acustumar com a ideia de ser careca! - falo e passo a mão nos meus cabelos soltos, quando várias mechas grandes caem.

Eu olho para Bia que retribui o olhar assustado, ela pega a sua bolsa que estaria em cima da mesa, envolve seu braço no meu pescoço e fomos andando.

Eu jogo as mechas de cabelo no latão de lixo da rua.

Dia seguinte..

Acordo com o suave som de pássaros cantando a janela, me viro para a mesma e aperto os olhos pela claridade que se abre a cortina e olho pela janela, uma dia claro, com poucas nuvens no céu.

A Riquinha E O Menino Da Casa Ao LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora