- Não creio! Aí que fofoo! - digo completamente estética.É um cachorro! Ahhhh que coisa fofaaaa! (multimídia) Tá, parei.
- Mãe eu ameii! Vou ir mostrar pro Lucas! - digo pegando o cachorro no colo e saindo correndo. Porém volto, pois eu esqueci de perguntar uma coisa - aí, é fêmea ou macho?
- Macho.
- Qual nome? - perguntei apenas com o rosto dentro de casa, pronta para sair correndo.
- Deixamos para você escolher, minha filha. - diz paciente.
- Ok, depois eu conto o nome escolhido! - saio correndo novamente.
Toquei a campainha de Lucas e fiquei batendo na porta, estava tão anciosa que não podia me conter.
- Aí, meu Senhor amado! Já vai! - diz impaciente descendo as escadas.
- Vai logoo! - grito sem paciência.
Lucas abre a porta e imediatamente eu fico um pouco tonta, logo o menino me pega para não cair no chão com o animal no colo.
- Você está bem Duda! Vamos para o médico! - diz quase me pegando no colo.
- Não precisa! Só quero me centar! - Lucas me pega no colo e sobe as escadas me levando até seu quarto.
- Pronto.. - me deita em sua cama se centando ao meu lado -Vou buscar água, não sai daqui! - Lucas sai correndo igual um louco.
Percebo que o cachorro ainda está em meu colo e fico fazendo carinho em seu pelo e o mesmo me observa com um olhar confuso.
Tento controlar minha respiração que está muito ofegante, por sinal.
Lucas logo chega e me entrega copo com água se sentando novamente ao meu lado, com um olhar compreensivo e preocupado.- Agora você tá melhor? O que houve? Ah quanto tempo está assim? Por que não me conta as coisas? - Lucas joga um balde de perguntas em mim.
- Calma, Lucas. Eu estou melhor, mas não sei o que eu tenho.. -olho para baixo, em direção de meu novo filhote.
- Então a senhorita deveria ir para o médico! - me repreende cruzando seus braços.
- Não, não vou! - faço bico, como uma criança .
- Tá pior que a Larissa! - ele ri desistindo de me convencer.
-To nada! Em falar nela, onde ela está? - olho me volta em sua procura.
- Ela tá com minha mãe não shopping! Mas enfim, você esteve o tempo todo com esse cachorro aí? - olha confuso para o cachorro.
- Pior que sim! - sorrio - Ele é meuu! Não sei quem foi que deu ou comprou, só sei que eu e minha mãe me deuu! - abraço o cachorro.
- E depois você diz que não está pior que Larry? Ava! - ironiza e jogo o travesseiro nele - Qual o nome?
- Eduarda, prazer - estendi minha mão, ele riu me empurrando - Ainda não sei, me ajuda a escolher um! É macho, então pode ser.. - digo pensativa.
- Lucas, é um nome bem bonito! - eu dou uma gargalhada.
- Não! - falo sería acabando com a graça de meu amigo.
- Magoou! - fez cara triste.
- Aí que dó do bebê! - apertei as bochechas dele puchandoo para mais perto, Lucas parou e ficou me olhando.
"Misericórdia! Socorro!" - penso pelo momento.
O jovem estava quase me beijando, quando..
- Chegueii- Larry chega na porta do quarto atrapalhando tudo. Nos separamos - Que fofoo! - a criança inconveniente adentra no quarto indo em direção ao "cachorro sem nome" e o pega no colo.
- Qual é o nome? - Ela pergunta botando ele no chão e sentado para brincar.
- Ainda não sei, escolhe um! - a dou liberdade me endireitando na cama.
- Hum.. deixe-me ver.. Robert! - diz animada.
- Ah não! Esse é o nome do meu irmão! - eu disse fazendo uma cara não tão boa.
- Ele se chama Robert? - Lucas disse com cara de poucos amigos.
- Sim, por que? Algum problema? - o fito curiosa.
- Não, nada não. - ele tenta desfaçar a cara de raiva, mas eu logo percebo que tem algo de errado.
- Já sei! - Larry disse me tirando dos meus pensamentos - O nome vai ser Marley! - fala certa.
- Gostei! - disse animada - E você gostou Lucas? - o fito e ele desentendido faz que sim com a cabeça.
- Então Duda vai ser a mãe - ela me entrega Marley - E Lucas vai ser o pai! E eu a tia! - diz convencida.
- Ué, eu não posso opinar não? - falo confusa e ao mesmo tempo rindo e principalmente, com muita, muita vergonha!
- Não, não pode! Já tá decidido! - pega minha mão e a do Lucas e junta ambas.
Lucas me fita e eu não consigo tirar meus olhos dele. Não sinto mais a presença de Larry. Está apenas eu e Lucas.
Estamos muito próximos, nossos narizes se tocam e ele solta uma risadinha de lado, acabamos nos beijando.
Foi um beijo muito bom, nos separamos e colamos nossas testas.
" Crianças venham comer!" ouvimos a voz de Eliza nos chamando lá de baixo.
Nos afastamos e decemos sem dar mais uma palavra sequer.
- Eu acho que já está na minha hora! - eu digo indo até aporta.
- Eu te acompanho. - Lucas se levanta, dou tchau para Eliza e Larry.
Vou com Lucas e Marley até minha casa. Deixo Marley no chão e ele vai nos seguindo e andando entre nossas pernas.
E eu, linda e maravilhosa, quase que caio em cima do Lucas, por que Marley entrou na minha frente.
- Desculpa Lucas, Marley vem! - ele obedece e eu o pego no colo.
- Não tudo bem Dudinha! - ele me apelida e meu coração para e eu paro junto.
A única pessoa que me chamava assim era, meu pai..
- Eu disse algo de errado? - uma lágrimas escorre - Me perdoa! - ele me abraça com cuidado por causa do Marley e eu fico imóvel - Por favor me perdoa, eu não tinha ideia! - já deve ter deduzido o que aconteceu.
Ele me abraça de lado e me leva até a porta de casa. Me dá mais um abraço e diz.
- Eu sinto muito, não tinha ideia! Espero que você me perdoe! - me liberta de seu abraço e deposita um beijo em minha testa, eu entro e corro direto ao meu quarto sem nem olhar para trás.
Continua..
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A Riquinha E O Menino Da Casa Ao Lado
EspiritualUma menina de 16 anos chamada Duda, agora se tornará descente pela morte de seu pai. Depois de alguns anos, sua mãe se casa novamente, eles decidem se mudar, coisa que Duda não aprovaria. A sua nova casa, era tão grande e bonita como a antiga, mas a...