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Disco o número de Jake pela décima vez, mais uma vez, sem sucesso; Bufo.

Depois desse jantar inútil a única coisa que preciso é esfriar a cabeça com outras coisas, é Jake sempre me ajuda nisso.

Disco o número mais uma vez, pedindo mentalmente para que dessa vez ele atenda.

Jake:Fala. — Diz sonolento.

Eu:Preciso sair.

Jake:Eu estava dormindo seu miserável!

Eu:Levanta essa bunda da cama, Jake.

Jake:Tenho que levantar as 5 da manhã, vai se foder.

Reviro os olhos.
Eu:Tudo bem.

Guardo o celular no bolso e fecho a porta atrás de mim, vagando pela rua vazia e escura, onde se escuta somente o barulho dos grilos.

Ando por algumas ruas, sem ter pra onde ir, mas indo pra algum lugar, pra onde meu coração levar.

Meu corpo para e minha cabeça vira para o lado esquerdo, vendo um cabelo rosa distante, encostada na grade de uma ponte, de onde pode-se ver a rodovia.

Dou passos largos e rápidos, ao automático, como se não tivesse controle das minhas próprias pernas.

Paro ao seu lado, olhando para os carros que passam lá em baixo.

Eu:São 3 da manhã, e perigoso para uma mulher estar aqui sozinha.

Ouço seu riso baixo.
Margo:Gosto de coisas perigosas.

Viro meu rosto para o lado, agora olhando em seu rosto; Ela fuma um cigarro de maconha, enquanto tem os olhos fixos nós carros lá em baixo, fazendo seu rosto se iluminar com as luzes dos faróis.

Ela é perfeitamente linda.

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