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Seu rosto se virou e seus olhos encontram os meus, fazendo um sorriso de lado surgir em seus lábios que seguravam o cigarro.

Meu juízo parece sumir toda vez que ela abre esse sorriso de canto.

Margo:Eu não sei você, mas eu não vou continuar aqui.

Eu:Vai para onde?

Ela soltou a fumaça pela boca novamente, sorrindo abertamente.

Margo:Eu tenho uma idéia.

Eu:Que idéia?

Ela desviou os olhos dos meus e começou a andar.

Margo:Vai vir ou irá ficar me olhando? — Disse em olhar para trás.

Aumentei os passos, até chegar em frente ao meu carro, onde ela parou.

Margo:A chave. — Estendeu a mão.

Sem perguntas tirei a chave do bolso traseiro, colocando em sua mão. Dei a volta no carro, entrando no banco do passageiro.

[...]

Durante todo o trajeto não fiz pergunta alguma, pois, sei que ela não iria me contar onde estamos indo; Estou tenso e ao mesmo tempo feliz, estamos juntos e sozinhos pela primeira vez, bom, os dois sóbrios.

Enquanto ela dirige observo seu corpo coberto por uma calça preta justa, uma blusa fina de mangas longas junto de uma jaqueta justa de couro preto, mas, a única coisa que consigo lembrar e do seu corpo nu em minha frente, dentro da minha banheira.

Margo:Chegamos.

Pisco rapidamente, tirando-me dos meus desvaneios; Olho para a janela, vendo um grande prédio.

Eu:Oque estamos fazendo aqui?

Margo:Você faz perguntas demais. — Abre a porta.

O Veneno do Amor Onde histórias criam vida. Descubra agora