01 ☯

32 4 0
                                    

•Margo Lewrence:
12 anos antes...

A tempestade do lado de fora almenta cada vez mais, fazendo-me encolher as pernas contra o peito; O sofá parece grande pra mim, mais tão pequeno para meu pai...

Mais uma vez estou sozinha, como de costume, mas, hoje estou com medo, coisa que nunca ficava.

Pequenas lágrimas deslizam minha bochecha, enquanto os fios do meu cabelo castanho cai sobre meu rosto.

Mais um trovão; Fecho os olhos com força, apertando os lábios.

Eu:Deus, se você existe mesmo, cuida de mim, por favor. — Murmuro.

Na semana passada ouvi alguns alunos falando sobre o tal Deus. Eu nunca tinha ouvido nada sobre ele, mas, aquela conversa chamou minha atenção.

A porta da entrada se abre, e uma gargalhada alta e exagerada toma conta do lugar; Tiro alguns fios do rosto e o excesso das lágrimas, podendo ver meus pais entrar, rindo, com passos curtos e com dificuldade, segurando seus cigarros, o mesmo de sempre, qual tem um cheiro horrível.

Solto a respiração que segurava, aliviada por não estar mais sozinha, mas continuo encolhida ali, pois não sei se eles podem me machucar.

Toda noite, assim que eles chegam, sinto que eles são tão grandes, como aqueles mostros que moram em baixo da cama; Eu sinto medo deles, me sinto pequena e indefesa, pois, é exatamente oque eu sou.

O Veneno do Amor Onde histórias criam vida. Descubra agora