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Resmungo algo, enquanto luto para abrir os olhos, sentindo minha cabeça latejar. A bebida não me faz bem, ainda mais quando se trata de várias doses de vodka.

Meus olhos são abertos, e percebo que estou em um quarto desconhecido, com braços grandes e quentes em volta do meu corpo; Ao olhar para cima, me deparo com ele:Lucca Campbell.

Respiro profundamente e fecho os olhos novamente, me aconchegando entre seu corpo, sentindo sua pele em contato com a minha, então, me pego com a vontade de ficar ali para sempre, em seus braços.

Sinto uma lágrima escorrer sobre minha bochecha, possibilitando-me a lembrar das palavras do meu pai.

Eu sou um veneno.

Devagar levanto-me, sem acordá-lo, só então, percebo minha vestimenta, e um flashback da noite passada, me fazendo lembrar da música animada enquanto minha blusa sumia em meio a multidão.

Apressadamente, pego minhas roupas que estão em cima da poltrona; Viro-me para o homem sem camisa que dorme feito um anjo, meu peito se contrai e mordo os lábios. Ele parece um anjo, totalmente o oposto de mim.

Rapidamente saiu da enorme casa, que para minha sorte ninguém se encontra acordado, a não ser a empregada que não me vê ao sair.

[...]

Pago o taxista, que passou a "viagem" toda com olhares maldosos para mim, apenas por estar vestindo uma cueca e blusa larga.

Com pressa adentro o apartamento, fechando a porta com força e me encostando na mesma, deslizando até o chão e deixando as lágrimas cair freneticamente.

Eu não posso me aproximar dele, vou destruí-lo.

O Veneno do Amor Onde histórias criam vida. Descubra agora