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Cabisbaixa eu neguei com a cabeça, encarando meus dedos que seguravam a tigela com frutas.

Cameron:Quer contar oque houve? Acho que posso te ajudar.

Umedeçi os lábios, pensativa; Eu devia contar? Eu mal o conhecia? E se ele também me achasse uma assassina?

Fechei os olhos com força. Eu não tenho nada a perder.

[...]

Cameron:Meu Deus... - Foi a sua única palavra após eu terminar de contar tudo.

Meu rosto estava repleto de lágrimas, pois, foi como relembrar de tudo, de cada pequeno momento, desde a minha primeira lembrança da infância até a terrível tragédia que eu cometi.

Cameron:Eu conheci seu pai, ele era meu concorrente.

Em um pulo me pus em pé, encarando-o com os olhos arregalados, respirando intensamente.

Eu:Então...

Cameron:Eu sou o dona da maior boate de San Francisco, Margo. Mas você teve sorte de eu ter te encontrado, eu sou a única pessoa que posso te ajudar aqui.

Meus músculos travaram e meu peito sobe e desce rapidamente; A confiança que eu havia começado a pegar nele, agora havia desaparecido, pois seus olhos me traziam medo, igual aos do meu pai.

Eu:Como? - Sussurei.

Eu queria correr dali. Correr para longe dele.

Mas o problema era:Correr para onde?

Cameron:Trabalhe para mim, apenas dançando. Eu te darei um lar e segurança.

As lágrimas voltaram a tomar conta das minhas bochechas, meu peito arde, de insegurança, ódio, arrependimento, culpa, tudo...

Eu:Eu aceito... - Sussurei, sem saída.

O Veneno do Amor Onde histórias criam vida. Descubra agora