Lucca:Achei que não vinha.
Eu riu, ironicamente enquanto observo o céu.
Eu:Eu que devia dizer isso, eu sou a destruidora de vidas.
Ele ri, achando que eu acabei de contar uma piada, mas, eu estava sendo bem sincera.
Eu:Você trouxe o violão. — Noto o instrumento ao seu lado.
Lucca:É, dessa vez sim.
Eu:Give Me Love, Ed Sheeran.
Gosto de ouvi-lo tocar, ele toca tão bem, mesmo sem perceber, como se já estivesse nascido fazendo aquilo, diferente de mim, que tinha se consentrar ao máximo e dar tudo de mim para cantar.
Lucca:Você nunca pensou em tentar carreira?
Dou risada, tentando disfarçar a sensação de tristeza que me consumiu de uma hora para outra; Cantar seria o meu sonho, mas qual seria meu nome artístico? "Assassina"?
Eu:Não.
Tirei um baseado de meio dos seios, querendo sentir a sensação que ele me dá, de esquecer oque estava pensando a alguns segundos.
Lucca:Quando começou a usar isso?
Eu:Dois anos. — Soltei a fumaça, que se espalhou pelo ar.
Lucca:16 anos? Por que?
Suspiro baixo; Era esse o motivo pelo qual eu odeio perguntas, oque eu diria para ele? Que tive contado com eles desde sempre e com 16 anos usei o primeiro, depois de ter sido mandada embora pelo pai por ter matado a mulher que te colocou no mundo?!
Eu:Curiosidade. — A mesma desculpa de sempre.
Lucca:Você mora sozinha?
Me virei para frente, encarando as luzes da cidade, sentindo-me mais encomodada com as perguntas aleatórias.
Eu:Sim.
Lucca:É seus pais?
Aquilo podia ser uma pergunta normal para se fazer a uma garota de 18 anos que mora sozinha, mas, para mim, foi como um tiro no peito, ardendo, machucando, rasgando...
Eu:Eu não tenho pais.
Lucca:Eu sinto muito. — Diz baixo.
Eu:Não sinta. — Dou de ombros.
Mentalmente eu pedia para que ele não quisesse saber nada mais sobre eles, que ele não se aprofundasse no assunto.
Lucca:É de San Francisco?
Eu suspirei pesadamente, pensando no que responderia agora; Se eu dissesse que tinha nascido em San Diego, ele perguntaria o porque da mudança, ou até pesquisaria algo sobre a cidade, correndo o risco de saber sobre a tragédia.
Eu:Não quero falar sobre mim, muito menos sobre o meu passado. É desnecessário.
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O Veneno do Amor
RomanceEu era fogo, e ele oxigênio. O mundo estava prestes a se queimar...