Capítulo 4 - Pedro.

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Naquela manhã acordei bem disposto, um sorriso que não sai do meu rosto e só aumentou mais quando vi que minha filha que estava acordada no berço e assim que me aproximei ela sorriu para mim, ela era um dos motivos de eu sorrir todos os dias. Peguei ela no colo, e separei uma roupinha leve, deixei em cima da cama, como a banheira já estava em cima do apoio, liguei o chuveiro em uma água não muito quente. Ela jogava água para cima e sorria, não tinha como estragar esse momento que era só da minha pequena, nem que eu chegasse um pouco atrasado na academia, iria aproveitar o máximo esse momento com minha pequena.

Quando terminei de dar banho em minha pequena, troquei-a e levei ela na sua cadeira para dar uma fruta, assim que dei, levei-a para casa da dona Maria, deixei ela lá com muita dor no coração.

Voltei para casa, só para tomar um banho rápido e ir para a academia, algo me dizia que aquele dia seria muito bom, então me apressei ainda mais para sair de casa.

Assim que cheguei lá tinha uma moça ate que bonita, mas não fazia meu estilo, a cumprimentei e ela dizia chamar Luiza, que iria esperar a amiga dela, então falei para ela esperar lá dentro, visto que dava para ver, e ela topou.

Fiz a sua fixa, ela falou que não precisava ver mais nada, mesmo se amiga não ficasse nessa academia, ela iria, conversamos bastante sobre academia, contei que era dono, fazia sete anos, foi a primeira coisa que pensei em abrir e ela ficava cada vez mais interessada, então eu continuava contando até que ouvi a dona da voz que estava nos meus pensamentos antes de dormir.

— Quinze minutos Luiza... Míseros quinze minutos, eu precisava dormir bastante. — Se defendeu enquanto a cumprimentava com um beijo. — Acha que meu primeiro dia no hospital foi fácil?

— Ela tem razão. — Disse me metendo, que acabou que ela me olhou. — Estou de prova, a doutora Mariana teve um dia e tanto ontem, e por isso, vai ganhar um bom desconto se fechar o plano semestral na minha academia.

— Você? — Disse ela apontando o dedo em minha direção. Acho que ela não acreditava na coincidência, isso seria muito divertido.

Sorri com o canto dos lábios, a amiga olhava para ela de forma diferente.

— Se conhecem? — Ela alternou os olhares entre nós dois.

— Sim — dissemos ao mesmo tempo. Ela riu, seu sorriso era muito lindo. — Na verdade eu conheci o Pedro ontem, ele é pai da Lorena, uma das minhas pacientes. — Completou.

— Hum... — A Luiza balançou a cabeça com a mão no queixo.

— E a Lorena? — Perguntou ela. — Como ela está?

Me debrucei no balcão, de forma que nosso rosto ficasse próximo, queria sentir o cheiro do seu perfume.

— Graças aos seus conselhos, ela está bem melhor... — Disse assim que percebi que ela abaixou o olhar, depois de encarar meus olhos.

— Que bom... E, aproveitando esse nosso reencontro, acho que devo desculpas a você, eu fui meio ríspida, mas esse é meu jeito. — Disse ela e parecia estar tensa com minha resposta.

— Não. — Sacudi a cabeça e toquei em sua pele macia. — Você tinha toda a razão, eu deveria ter dado banho nela, essa é a primeira coisa a se fazer em casos de febre.

— Então vamos desfazer nossas primeiras más impressões. — Estendeu a sua mão para mim. — Você esquece a minha grosseria, e eu esqueço que você colocou em dúvida a minha profissão, tudo bem?

Pensei em sua resposta e fiz cara de quem iria pensar, pois queria deixar ela nervosa.

— Negócio fechado. — Sorri enquanto apertava a mão dela.

Era para ser assim ( Degustação) Está Na AmazonOnde histórias criam vida. Descubra agora