Capítulo 5 - Mariana

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Agarrei-me àquele panfleto como se fosse um documento importante. Por várias vezes daquele dia, peguei-me lendo e relendo ' Top Bar ' há seis anos aquele lugar existia e eu nunca antes tinha ido até lá. Na faculdade, por várias vezes fui convidada por meus amigos para irmos ao tal lugar, e até mesmo meu ex-namorado propôs-me de conhecer o bar mais falado da cidade, só que eu nunca me interessei.

Era estranho pensar que se tivesse agido de forma diferente, teria conhecido o Pedro antes, em outras circunstâncias, mas quis o destino que fosse daquele jeito, cuidando da saúde da sua bebê, e como eu era o tipo de pessoa que acreditava em destino, signos e sinais, acabei ficando ainda mais impressionada.

— Lu, nós vamos ao bar, certo? — Não resisti e liguei para a minha amiga, assim que cheguei do meu plantão.

— Mari...você só pode estar brincando comigo... Já passa das onze da noite e você vem me ligar pra falar disso...

— Nossa! Aonde está a minha amiga mais louca? — brinquei. — Até onde eu sei, é você a primeira a se empolgar com esse tipo de evento...

— Sou...Mas tem ideia de como minhas pernas doem? Mariana, estou sentindo como se tivesse sido espancada, cada músculo do meu corpo dói a cada vez que eu respiro.

Comecei a rir, eu também estava dolorida, no entanto, como não tinha parado ainda, meu corpo não tinha esfriado ao ponto de sentir as dores de forma tão intensa.

— Lu, quem despencou no chão e passou a maior vergonha fui eu...Mesmo assim, passei a tarde toda sentando e levantando, atendi mais de dez pacientes hoje a tarde e me sinto super animada, mesmo com a minha bunda latejando.

— Claro que se sente animada...Só que essa empolgação toda tem nome e sobrenome: Pedro Motta Assunção, estou errada?

Senti o meu rosto queimar, a Luíza me conhecia tão bem que nem adiantava tentar mentir para ela.

— Digamos que eu não consegui parar de pensar nele nem por um minuto, mas tem outra coisa que também não me sai da cabeça...

— Já sei...Aquela mulher com cara de louca?

— Exato! Na certa ela é alguma ex-namorada que não aceita o fim do relacionamento. —opinei.

— Também acho, mas o Pedro deu um chega pra lá nela...

Respirei fundo, lembrando-me do jeito quase que fraterno com que ele falava com aquela mulher.

— Sei lá Lu, de qualquer forma, ele parece se importar com ela.

— Bom...vai preparando o vestido...Amanhã saberemos mais sobre essa tal...

— Silvia— completei. — Eu o ouvi chamando-a de Silvia.

— Eca...Não gosto desse nome. — A Luíza ainda observou antes de desligar.

Eu tinha que dormir, mas quem disse que eu conseguia?

Abri o meu guarda roupas e fiquei por horas experimentando meus vestidos que estavam aposentados há um bom tempo. Todas as minhas amigas reclamavam da mesma coisa, diziam que meu estilo era muito sério, e naquela noite eu tinha que concordar com elas.

No dia seguinte eu teria que ir até uma loja e comprar algo decente, ou melhor, indecente para vestir. O Pedro tinha um estilo todo descontraído, e eu era totalmente o oposto.

Graças á Deus, meus dia de trabalho foi tranquilo, do contrário não sei o que faria levanto em consideração que eu estava morta de sono.

Como já era de se esperar a Luíza desistiu da academia naquele dia e eu, apesar de querer muito me encontrar com o Pedro, morria de vergonha só de pensar em ir até lá sozinha, sem contar imaginei que seria bem provável ele não estar na academia, o mais certo era que ele estivesse correndo atrás dos preparativos da sua festa.

Era para ser assim ( Degustação) Está Na AmazonOnde histórias criam vida. Descubra agora