Quando pensei em arrancar com o carro, mesmo colocando minha vida em risco, eu iria arriscar, mas ouvi um barulho no outro lado do carro, percebi que não tinha como sair com o carro, agora eram duas armas apontadas para mim, ela é muito burra para pensar em tudo isso sozinha, claro que ela teria um parceiro.
Ouvi ela gritar: — Abre logo esse carro se não irei matar você aqui, imagina a reação de Pedro quando descobrir que a sua segunda esposa foi morta, vai acabar pensando que ele atrai a morte, afinal seria segunda vez viúvo.
Pensei em Pedro, e foi assim que decidi que ia deixar eles entrarem, afinal seria mais horas de vida que eu teria pela frente, e assim seria mais fácil de me achar.
Ela mandou eu ligar no hospital, liguei e disse que não poderia aparecer, pois iria tirar a tarde para mim, minha secretária tentou argumentar que já tinha pacientes meus aguardando, falei para ela que não podia ir mesmo.
Então ela tomou o telefone da minha mão e mandar eu sair com o carro, eles indicaram o caminho e eu fui dirigindo, percebi que a gente estava entrando num condomínio chique.
— Não dê show, fique quietinha. — Disse o homem que estava acompanhando nela nessa.
Passamos pelo porteiro, Sílvia falou para ele me levar para dentro.
Ficamos a tarde toda naquela casa, assim que ficou um pouco tarde, ela disse que nós iríamos pegar a Lorena, vi quando ela deu um sorriso irônico, ela iria aprontar alguma coisa.
— Sílvia qual é seu plano? — Perguntou o homem.
— Vamos pegar a filha dele, com a prima dele, já mandei mensagem para a prima da menina para poder pegar ela, aliás você deveria colocar senha no seu celular, você facilitou minha vida.
— Você pegando a Lorena nunca vai conseguir ficar com o Pedro, ele ama essa menina mais que sua vida. — Falei tentando fazer ela desistir dessa ideia, Lorena não merecia isso. Eu aguentaria se tivesse sozinha, agora com ela iria sofrer junto com ela.
— Fique quieta, você que vai pegar a menina para mim, eu vou estar com a arma apontada para você e ele para a prima dela, ok? — Disse ela me ameaçando.
— Tudo bem! — Falei mesmo querendo que não acontecesse.
Ela me levou para o carro de forma rápida e mandou eu sentar no banco do passageiro, ela iria dirigindo, o cara mantinha uma arma sobre a minha cabeça.
O carro parou no mesmo lugar que eu sempre estava pegando Lorena, ou seja, ela estava me seguindo ou pedindo para alguém fazer isso.
— Vai lá e busca. — Disse a Silvia. — Lembre-se das recomendações.
Fui em direção a sabrina, ela sorriu em minha direção.
— Ola. — Disse assim que me aproximei. — Que saudade senti dessa princesa.
— Oi, que bom que mandou mensagem, tenho prova! Obrigada de coração. — Disse ela, peguei a Lorena no colo.
Olhei para eles, e me chamaram, disse para ela que iria, qualquer coisa mandar mensagem no meu celular. Sei que não ia poder responder, mas é algo que eu sempre falava para ela, para mantê la tranquila, sei que iria colocá-la em maus lençóis, mas juro que não queria fazer isso.
Enquanto ia na direção de deles, eu dava beijinhos em Lorena e dizia para mim mesma que tudo iria ficar bem.
Eles mandaram eu ir para o banco de trás, acho que eles iam deixar ela comigo.
Percebi ela pegar pista, parecia que o lugar não chegaria nunca e eu estava cada vez ficando mais preocupada com a distância do local, ela virou numa estradinha de terra e para minha sorte Lorena dormiu, poderia prestar atenção suficiente para onde nos estavamos indo.
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Era para ser assim ( Degustação) Está Na Amazon
RomancePedro Motta Assunção é um homem que teve uma infância difícil, marcada por traumas e rejeições. Quando acredita ter encontrado a felicidade, uma tragédia marca sua vida e o coloca dentro de um grande desafio, criar sua filha recém- nascida, sozinho...