capítulo 7 - Mariana

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Gente chorei escrevendo esse capítulo, se vocês forem iguais eu, pegue o lencinho. 

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Aquele era um dos melhores momentos que já tive em algum dia, se separamos porque ar era necessário, ele continuou com a testa encostada na minha como se quisesse memorizar aquele momento pelo resto de sua vida.

— Por favor, volte para a festa comigo? juro que a minha vontade era ficar com você em outro lugar, mas é a festa do meu bar, prometo que logo arrumo um tempo para podermos conversar. — Disse ele, enquanto acariciava meu rosto.

— Tudo bem, vamos voltar. — Olhei em seus olhos, ele brilhava.

Descemos do carro, ele pegou em minha mão e enlaçou na sua, entramos no bar assim, ele ia na frente e me puxava, assim que chegamos no balcão, ele puxou a cadeira para mim se sentar e puxou uma outra para ele, vi quando ele pediu um refrigerante para ele.

— O que você quer beber? — Perguntou ele.

— Um refrigerante para mim também, amanhã eu trabalho.

Ele pediu para o barman e ele logo trouxe, abriu para mim e colocou no copo, olhou para mim.

— Você é linda sabia, percebi isso desde do momento que te vi pela primeira vez.

— Obrigada, você também é lindo.

Quando nosso rosto estava perto para se beijar, eis que aparece um dos seguranças, dizendo que havia um problema, ele falou que já voltava, fiquei ali sozinha por um tempo, logo Luíza apareceu toda animada.

— Resolveu com seu bofe?

— Primeiro de conversa ele ainda não é meu, mas a gente vai conversar sobre ainda.

— Amiga da para perceber desde que vi vocês conversarem que vocês são louco um pelo outro, melhor se ligarem logo, pois tem muitos concorrentes para tentar ocupar seus corações.

Começou a tocar a música ' Henrique & Diego - Raspão ft. Simone & Simaria '. Luíza convidou eu para dançar, no lado direito tinha uma pista de dança fui lá, comecei a mexer o corpo ao som da música, enquanto nós cantávamos.

Percebi minha amiga começar a dançar com um homem, quando pensei em ir embora dali para não ficar sozinha sinto alguém segurar na minha cintura, era Pedro, mesmo sem olhar, eu sabia que era ele, me puxou para ele e começou a dançar comigo, eu percebi que ele estava cheirando meu cabelo. Paramos só quando cansamos, sentamos num canto, única mesa livre.

— Sei que aqui não é lugar e nem hora, queria te contar sobre a Silvia, sei que não te devo explicações, mas quero que você saiba de uma coisas, posso te levar em casa hoje? — Pediu ele.

— Mas e o meu carro?

— Levo assim que possível, juro que te deixo na casa em segurança, se você topar nos sai daqui agora, diz que sim, por favor.

Ele me olhava como se fosse uma criança e eu sabia que eu não conseguiria dizer não para ele, então topei.

Saímos pelas portas do fundo, com ele segurando minha mão como se eu fosse fugir a qualquer momento. Assim que chegamos ao seu carro, ele abriu a porta para mim, me acomodei, ele logo deu a volta e entrou no carro, ele colocou o carro em movimento, mesmo não sendo em direção, eu não fiquei com medo, ele parou em parque, saiu do carro e abriu a porta para mim, pegou a minha mão para ajudar descer, abriu o porta malas e pegou uma toalha de mesa, olhei para ele confusa.

— Relaxa, eu te trouxe no meu lugar preferido para podermos conversar, depois te levo em casa prometo. — Andamos até em baixo de uma árvore, e ele esticou o pano, sentei e ele sentou na minha frente. — Vou ter que começar desde do princípio para você entender tudo, então quando era criança fui abandonado em orfanato pelos meus pais, eles me abandonaram não porque não tinha condição de me criar e sim porque eles não tinha tempo para cuidar de uma criança, diziam que eu era apenas um estrago em suas vidas, dois anos depois eles vieram a falecer, eles deviam dinheiro para um monte de agiota, eram apostadores, claro que não me contaram isso, só fui descobrir depois quando contratei um detetive particular.

— Não precisa contar...

— Eu quero contar, não estou te contando porque quero que sinta pena, mas sim para você entenda tudo. Voltando, eu vivia em um orfanato, fazia exatamente nove anos, quando Silvia apareceu por lá, ela era a menina assustada que se escondia de todos e não confiava em sua própria sombra, fui me aproximando dela aos poucos, ela me contou que seu pai abusava dela, os vizinhos denunciaram, ele foi preso, ela tinha medo que acontecesse novamente, pois tinha um cara que ia no orfanato e fazia ela pegar em sua intimidade, ele falava se ela contasse para alguém ela morreria, se não sabe como me senti, eu tinha quatorze anos na época, eu chamei a senhora que cuidava de nós e ela não acreditou em uma só palavra que eu disse, naquele mesmo dia ele voltou ao orfanato, eu juro que tive medo que ele fizesse algo com ela, mas deixei que a moça de lá ficasse com ele, e fui ao escritório onde tinha telefone, liguei pra polícia, não demorou muito e eles chegaram, mas não foi suficiente para salvar a vida da irmãzinha que cuidava de nós, ele tinha matado ela com uma faca e tinha Silvia em seus braços, a polícia teve que negociar com ele para soltar ela, e por pura sorte, ele aceitou, depois desse dia fomos remanejados para outro orfanato, só que a partir daquele dia comecei a cuidar dela como irmã e assim que vejo ela até hoje, eu por completar a maioridade antes dela tive que sair de lá, um dos policias daquele dia, virou um grande amigo meu me ajudou a conquistar um emprego, arrumou um quarto para mim ficar, dois anos depois busquei a Sílvia daquele lugar, e então ela veio morar comigo, ajudei ela a conseguir uma bolsa de estudos, eu estudava junto com ela, assim ela partiu, mas logo ela voltou com a ideia de que me amava, eu explicava meu sentimento por ela, mas ela não entende, quando eu conheci minha falecida esposa ela fez um inferno de vida para ela, ela aguentou, nos casamos e ficamos juntos, se amamos e quando descobri que ela estava grávida foi a melhor notícia da minha vida, minha vida era completamente dela, eu não esperava a perder, eu estava trabalhando quando recebi a notícia do acidente, eu só sabia chorar, quando o médico disse que ela tinha falecido, só me mantive de pé por causa da Lorena. Ela é a única razão da minha vida, sei que não é legal falar tudo isso para você, mas eu precisava soltar essas coisas que estavam destruindo meu coração, eu não sei porque eu confio tanto em você, até sei porque, mas melhor guardar um dia você vai saber. — Disse ele chorando, eu também estava completamente acabada, eu teria que ser forte nesse momento, então ergui seu queixo e fiz ele olhar nos meus olhos.

— Eu já te achava forte antes de você me contar essa história, agora te acho mil vezes mais, deixa eu cuidar de você por hoje? — Perguntei e ele simplesmente balançou a cabeça parecia ter entrado em outro mundo, puxei ele para mim e o abracei como se minha vida dependesse disso.

Ele deitou em um dos lados, depois de desvencilhar dos meus braços, ele estava estranho, parecia que queria ficar longe e se distanciar.

Ficamos os dois ali deitados, cada um pensando em sua vida.

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Olha elas com mais um capítulo. Amo amo amo! Obrigada por lerem, comentarem e compartilhar com as amigas, espero que estejam gostando. 

Beijinhos @nanacfabreti e Biah Gomes

Era para ser assim ( Degustação) Está Na AmazonOnde histórias criam vida. Descubra agora