Capítulo 10

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– Onde está o Jake? – Adam perguntou.

– Foi embora.

– Você o expulsou?

Jane suspirou. – Expulsar é uma palavra muito forte.

– O que isso quer dizer, Jane? Qual é a sua resposta para a minha pergunta?

– Eu não vou conseguir responder a sua pergunta com um simples sim ou não. – ela voltou a atenção toda pra ele. Ela respirou fundo, tentando achar a coragem. – Não tenho sido sincera com você. Eu e o Jake estávamos meio que... enrolados.

– Mesmo depois do episódio da webcam? – ele questionou.

Jane fechou os olhos rapidamente e logo abriu. – Sim, mesmo depois daquilo.

– Mas você havia me dito...

– Eu sei, eu sei, me desculpe. Mas o que aconteceu foi algo que me surpreendeu também, não sei o que deu em mim. – ela foi sincera. – A verdade é que por mais que eu e Jake tenhamos uma história, ter um caso com ele me desconcerta, sinto que estou andando pra trás, eu demorei muito tempo para conseguir me recuperar da separação, dos nossos problemas. Não é assim que a gente deve se sentir em uma relação, não é verdade?

Adam não conseguiu falar nada.

– Eu senti que deveria falar isso pra você antes que você tome qualquer decisão em relação a mim. Eu sei que você já foi magoado e não deve ser fácil pra você. – Jane continuou. Ela já estava ficando nervosa com o silêncio dele. – Adam, por favor, fala alguma coisa.

Ele finalmente olhou pra ela. – O que você sente em relação a mim, Jane? De verdade.

Ela piscou e engoliu em seco, segurou a mão dele com delicadeza. – Não tenha dúvidas de que eu adoro a nossa relação. Você é doce, você respeita o meu espaço e o meu tempo, mas não deixa de mostrar interesse. Eu.... – ela engoliu em seco outra vez. – Eu gostaria de tentar. Isso se você ainda quiser. – disse com o tom de voz baixo e abaixou o olhar.

Adam acariciou a mão dela, pois ela ainda segurava a dele. – Eu quero. – ele falou, fazendo com que Jane olhasse pra ele. – Vamos dar tempo ao tempo, mas eu não quero desistir daquilo que nem começamos. – seu tom era sincero. – Eu... eu estou apaixonado por você.

Jane deu um sorriso tímido e pôs a mão no rosto dele. Eles se aproximaram em beijo doce, seus lábios levemente se tocando em um beijo suave. Adam pôs a mão no pescoço dela e o beijo começou a se aprofundar, logo suas línguas se tocaram, saboreando o beijo que se intensificava a cada segundo. O ar começou a faltar e eles pararam, Jane encostou a testa na dele.

– Você... quer um pouco de vinho? – ela perguntou.

Adam sorriu. – Eu aceito. Apesar de meus filhos falarem que só falo besteira quando tomo vinho.

Jane sorriu e se levantou para buscar o vinho. – Você não me fala muito sobre seus filhos. – ela falou da cozinha.

– Infelizmente eu não os vejo com muita frequência. – Adam confessou.

Jane voltou com as taças e o vinho. – Vocês não... tem uma boa relação?

– Temos uma ótima relação, mas é uma questão geográfica mesmo, eles não moram aqui na Califórnia, e sim em Nevada. Eu morava lá antes do... divórcio. – ele disse ao receber a taça das mãos da Jane.

– Você se mudou por causa do divórcio?

– Na verdade, a proposta do Peter de trabalhar com ele veio no momento em que eu mais precisava respirar ares novos, então eu aceitei.

– Ainda bem! – ela falou, Adam franziu o cenho. – Se você não tivesse se mudado pra cá, quem leria meus 47 emails? – ela brincou

Adam riu. – Você é realmente uma das minhas clientes mais agradecidas.

– Eu estou falando sério. Mulheres gostam de ser ouvidas, bom, nesse caso, lidas. Principalmente eu que sou sempre tão cheia de opiniões. Meus filhos não gostam muito dessa última parte. – ela brincou e deu um sorriso.

Adam olhou pra ela ao tomar o vinho. – Você tem um sorriso lindo, Jane.

Jane piscou e olhou para ele envergonhada. – Seus filhos estão certos. Você fala besteiras quando toma vinho.

– Isso não é uma besteira, é uma verdade. – Adam se aproximou um pouco. Os braços deles se encontraram no encosto do sofá, um de frente para o outro.

Jane sorriu e olhou nos olhos dele. – Você é sempre assim?

Adam começou a acariciar o braço dela, subindo para o ombro. – Assim como?

– Doce.

– Nem sempre. – ele disse com um sorrisinho. Ele se aproximou um pouco mais e a mão dele subiu para acariciar o pescoço.

Jane inclinou a cabeça com o gesto, como uma gata que recebe uma carícia. Ela suspirou.

– Você se incomoda com isso? – ele disse ao segurar no rosto dela.

Jane fez que não, o que fez com que ele se aproximasse um pouco mais, sua boca se aproximando do pescoço dela. Ele delicadamente beijou o pescoço antes de dar uma leve mordida ali, Jane gemeu e sentiu um arrepio, ela fechou os olhos. Adam sorriu e a beijou nos lábios, sua língua invadiu a boca da Jane, explorando o sabor dela, sentindo Jane corresponder, as mãos dela segurando no rosto dele.

Levemente acariciando o ombro dela, a mão do Adam começou a descer deslizando pela blusa dela, passando sobre o seio até chegar na cintura. Ele sutilmente levantou um pouco na barra da blusa dela, para pôr a mão por baixo e sentir a pele macia da Jane. Ela suspirou ao sentir o toque da mão quente dele, a mão masculina começou a subir, chegou perto do seio, Adam viu que Jane não contestou, então ele continuou subindo, acariciando o seio dela por cima do sutiã, ela começou a gemer no beijo. Quando Adam sentiu os mamilos dela correspondendo, ela parou o beijo para respirar, sua respiração começando a ficar fora de controle. Jane encostou a testa na dele e fechou os olhos.

Adam acariciou os cabelos dela – Jane... eu...– ele não sabia quais palavras usar, queria a Jane pra ele naquele instante.

Ela se levantou e estendeu a mão. – Vem. – ela o chamou.

Adam deu a mão pra ela e eles voltaram a se beijar enquanto Jane o conduzia para o quarto dela. Chegando no quarto, não foi muito difícil para o Adam encontrar a cama. Ele fez com que a Jane se deitasse, a beijando sem abandono, adorando ver a Jane corresponder. Mas de repente ele sentiu Jane parar. – Não aqui. – ela se levantou.

– O quê?

– Aqui não... eu...– ela olhou pra cama, passou a mão nos cabelos. "A cama na qual eu estive com o Jake", ela pensou. – Vamos pra outro lugar. Qualquer lugar. Me desculpe interromper assim.. eu..

Adam se levantou e segurou nos braços dela. – Tudo bem. – ele olhou nos olhos dela. – Não precisa ser qualquer lugar, a gente pode... ir pra minha casa.

– Sua casa?

Adam sorriu. – Sim, eu tenho uma casa. – ele brincou. – Podemos passar o resto do fim de semana lá. É bem tranquilo, você vai gostar.

Jane pensou um pouco e tomou a decisão. – Vamos conhecer a casa do arquiteto.

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