Climão || XLIV

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Coloco uma roupa de festa, a primeira que vejo pela frente, chamo um uber e desço correndo. Agradeço por ter lavado meu cabelo pela manhã e ele ter colaborado pra eu sair hoje. Vou o caminho inteiro falando com a Júlia que narra todos os movimentos do Lucas dentro da casa noturna e a todo momento ela ameaça agredir ele.

Cheguei no local e entrei rapidamente. Lá dentro, pra disfarçar fui direto pro bar e esperei a Júlia vir até mim.

- Ele já dançou com umas cinco meninas diferentes e agora faz uma meia hora que está com aquela menina. - Júlia chega igual uma louca arrastando o Mauro pelo braço.

- Oi Maria. - Mauro me cumprimenta.

- Oi Mauro. - Rio e devolvo o cumprimento. - Onde ele tá Júlia?

- Ali naquele canto. - Ela aponta e o Mauro abaixa rapidamente seu braço. - Eu to indignada com isso Maria. Ele passa a noite com você e depois vem para balada? Eu juro que se não fosse o Mauro eu tinha agredido ele.

- É Júlia. - Digo sorrindo e disfarçando enquanto vejo o Lucas vindo até nós.

- Oi Maria. - Sua voz rouca me cumprimenta.

- Oi. - Ele me da um beijo na bochecha enquanto eu encaro a menina que estava anteriormente conversando com ele e agora está olhando pra cá.

Ele pede alguma bebida pro barman e fica esperando ficar pronta. Ele não falou mais nada nem eu, Júlia encarava ele pelas costas até o momento que ele vira de volta com dois copos na mão e ela disfarça.
Ele sorri e eu retribuo sem mostrar os dentes, o mesmo sai deixando Júlia, Mauro e eu e voltando pra onde está o Christian e a menina.

- Vocês viram a cara deslavada dele de vir até aqui? - Júlia pergunta. - Mas esse garoto me paga.

- Júlia, para. - Mauro pede. - Não entendo o T3ddy agir assim.

- Tá tudo bem Mauro. Ele não me deve satisfação nenhuma. - Digo com o coração partido mas sorrindo mesmo assim. - Vou aproveitar que tô aqui e vou curtir a noite.

- Ah vai, mas vai mesmo. Por que a minha bebê ninguém faz mal e se fizer eu faço ela ficar bem. - Júlia diz pegando na minha mão e puxando pra onde o pessoal está dançando.

- Júlia espera. - Puxo minha mão a fazendo parar. - Eu nem sei dançar.

- Você sabe dançar, só tem vergonha mas isso se resolve com uma coisinha. - Ela olha pro Mauro. - Pega um copo de vodka ai pra mim.

Ele assente com a cabeça e se vira pro bar.

- Júlia você sabe que eu não bebo. - Digo envergonhada.

- Você fala muito não, Maria. - Ela pega o copo da mão do Mauro e me entrega. - Você precisa dizer mais sim.

Ela me entrega o copo e eu o encaro. Repenso se devo beber ou não, até que vejo os rostos de Mauro e Júlia e percebo o quanto eles estão sendo gentis tentando me ajudar, é quando dou por conta que não precisava ficar bêbada e voltar pra casa tonta, mas podia beber um pouco e deixar eles me ajudar. Viro aquele copo e em seguida vejo os dois rindo, mesmo com a garganta queimada sorrio e a minha amiga me puxa pro meio da pista de dança pra dançar...

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