Colo de quem ama || LII

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Depois da briga séria muita estupidez ficar dentro daquele ambiente, minha mãe se trancou no quarto e eu fui pro apartamento do Lucas. Chegando lá me deitei no colo dele no sofá e derramei mais algumas lágrimas, Christian estava muito sem graça com toda aquela situação e já tinha pedido desculpa umas quinze vezes.

- Maria, desculpa, eu não sabia de nada que tava acontecido. - Ele pede mais uma vez.

- Ta tudo bem Christian. Ja disse. - Disse com a voz fanha do choro.

- É mano, esquece. A culpa é minha. Eu devia ter te dito o que tava acontecendo. - Lucas se culpa.

- Para Lucas, o menos culpado é você. Se eu não fosse uma mentirosa nada disso teria acontecido. - Digo com dificuldade por conta do soluço.

- Eu acho que não adianta ninguém se culpar. A mãe da Maria não teria aceitado vocês dois juntos de qualquer forma. - Christian fala.

- A única coisa que me deixa triste além disso é que do Mauro ela gostou.  - Lucas reclamou e eu o abracei.

- Por que vocês não fazem assim. O T3ddy namora a Júlia e o Mauro a Maria. Aí o problema vai ser resolvido. - Christian fala me fazendo rir e fazendo o Lucas bufar.

- Mano, se for pra você falar besteira fica quieto. - Lucas diz irritado.

- Deixa ele. - Digo. - Bom eu vou voltar lá no apartamento por que eu tenho que buscar meu celular.

- Quer que eu vá junto? - Lucas segura minha mão enquanto questiona.

- Não precisa lindo. - Sorrio pra tentar acalma-lo. - É minha mãe, não uma bruxa.

- Ela parece uma bruxa. - Christian cochicha.

- Ta tudo bem. - Lucas fala se dando por vencido.

Saio do apartamento dele e vou em direção ao meu, suspiro antes de entrar no elevador e seco minhas lágrimas, tudo que eu não precisava nesse momento era parecer fraca.

Bato na porta e logo a Júlia vem atender, eu entro e dou uma olhada em todo o ambiente, não vejo nem sinal da minha mãe então suspiro aliviada.

- O que foi? - Júlia pergunta preocupada.

- Vim pegar meu celular e já volto pra lá. - Repito.

- Maria, meu amor. Fica aqui hoje, não provoca sua mãe. - A mãe da Júlia pede.

- Não tia, ela precisa entender que eu tenho que viver a minha vida. - Digo e pego meu celular emcima da mesa.

- Você que sabe, mas eu não recomendo, espera ela esfriar a cabeça pra vocês conversarem. - Tia Fernanda insistiu.

- Deixa ela Fernanda, eu criei ela a vida toda, sempre dei tudo que ela quis. Esse é meu pagamento. - Minha mãe aparece na sala.

- Amélia... - Tia Fernanda a repreende.

- Esquece tia. - Caminho até minha mãe e paro bem na frente dela. - Muito obrigada por tudo que você fez por mim, mas agora eu vou viver a minha vida.

Não espero ninguém mais falar alguma coisa, saio daquele apartamenro e vou de encontro a Lucas, não chorei mais, estava cansada.

- Christian vai dormir aqui? - Pergunto assim que entro no apartamento.

- Sim, tá tarde pra ele ir embora. - Lucas diz me abraçando.

- Tudo bem. Eu vou deitar então, vocês não se importam né? O dia foi longo pra mim. - Digo.

- Claro Maria. Pode ir, daqui a pouco eu também vou. - Lucas diz e eu vou deitar.

Pego uma camiseta grande do Lucas e visto, já está virando rotina isso acontecer. Deitei na cama e fechei os olhos, meus pensamentos voaram e uma incerteza bateu: Será que vou conseguir dar conta?

Lucas vem pro quarto, se ajeita e deita do meu lado, o abraço e ele me da um beijo na testa, o aperto bem até ele suspirar.

- Vai quebrar minha coluna. - Ele diz.

- Só quero sentir que isso tá valendo a pena. Como você está? - Sussurro.

- Calmo.

- Milagre, vive acelerado. - Sorrio.

- Só quando estou perto de você me sentindo inseguro. Agora percebi que não tenho motivos pra insegurança.

- Que fofo. - Digo.

- Fofo e gordo é a mesma coisa? - Ele questiona quebrando o clima.

- Claro que não né bestão.

- Bestão? Você não é muito romântica né.

- Não sei ser essas coisas. - Digo sem graça.

- Não se preocupa juntos a gente vai derreter o gelo desse coraçãozinho. - Ele fala e eu sorrio.

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