Tinder - T3ddy

Último capítulo || LXXXIV

Ponto de vista: Lucas

Júlia e eu ficamos minutos ali no meu sofá, eu ouvia seu soluçar baixinho mas não tinha coragem de dizer nada, meus pensamentos estavam longe e quando dou por conta meu vídeo estava parado lá.

- Júlia eu preciso terminar meu vídeo. - Digo tirando meu braço de cima dela.

- Eu não quero ir embora. - Ela diz sentando no sofá com a cara amassada, fico me questionando se ela não dormiu enquanto estava aqui.

- Eu entendo mas preciso terminar meu vídeo, e... - Digo a mão na nuca entregando como estava sem graça.

- Eu entendo. - Ela levanta do sofá e se estica antes de levantar. - To com sono também.

- O que você vai fazer? Caso a Maria não volte. - Pergunto.

- Não sei, aquele apartamento é muito grande sem a Maria. - Seus olhos estavam pequenos por conta da quantidade que chorou. - Queria viajar sabe? Mas tem a faculdade. E você?

- Eu sobrevivo sem ela, não tínhamos mais nada mesmo, só vou continuar solteiro me dedicando aos meus vídeos. - Falo e ela me olha como se duvidasse do que dizia.

- Tem razão. - Ela passa a mão na testa. - Bom preciso ir. Qualquer coisa me fala.

- Você também, boa noite. - Digo.

- Igualmente. - Ela sai pela porta e eu suspiro pesado.

Pego meu celular e vejo uma foto da Maria e eu na tela, olho por alguns segundos e em seguida entro na galeria, escolho uma foto minha qualquer e troco a foto do meu aparelho. Não preciso do sorriso da Maria me encarando pra lembrar que ela não está aqui por uma decisão minha.

Ponto de vista: Maria

Eu estava sentada na cama do Mauro o vendo improvisar um colchão com algumas cobertas no chão do seu quarto pra mim.

- Tem certeza que não quer que eu durma aqui no chão? - Mauro insistia pela milésima vez em me ceder sua cama. - Eu não me importo.

- Não Maurinho, eu faço questão de dormir no chão. É até melhor pra coluna. - Brinco e ele sorri. Dou uma olhada no seu quarto e vejo algo que chama minha atenção. - Um violão?

- Sim, meu pai me deu mas eu não me interessei muito. - Ele diz afofando os travesseiros.

Levanto da cama, pego o violão empoeirado e volto a me sentar dessa vez com o instrumento em meu colo.

- Você sabe tocar? - Mauro questiona.

- Eu tocava quando era mais nova, agora faz tempo que não pratico.

- Ah eu quero ouvir. - Mauro diz e se senta na cama improvisada.

- Não Mauro, ta tarde e seus pais estão dormindo.

- Eles não ouvem. - Mauro insiste. - Toca uma música.

- Ok. - Mesmo sentindo minhas bochechas queimarem dedilho algumas notas no violão, mas logo me perco. - Desculpa, funciona melhor quando eu canto junto.

- Então canta. - Mauro fala com simplicidade.

- Você quer me matar de vergonha? - Pergunto e ele concorda com a cabeça. - Ok senhor Maurinho Nakada, se eu desmaiar no meio da música a culpa é sua.

- Me responsabilizo totalmente.

Respiro fundo e volto a dedilhar as notas da primeira música porém dessa vez com minha voz. Canto a primeira parte da música até o refrão e em seguida encerro. Demoro alguns segundos até olhar pro Mauro e quando faço percebo que ele me olhava surpreso.

- Como foi? - Pergunto.

- Como foi? Maria você é perfeita cantando. Sua voz é incrível. - Ele grita.

- Mauro, não precisa debochar. Eu sei que não é. - Largo o violão emcima da cama.

- Ei. - Ele se arrasta até conseguir segurar minha mão. - Você não precisa se sentir insegura, se eu digo é por que eu realmente acho isso.

- Muito obrigada. - Abaixo a cabeça e coloco uma mecha do cabelo atrás da orelha.

- Acho que você deveria investir nisso. - Mauro propõe.

- Virar cantora? - Debocho.

- Não, você poderia... - Ele faz uma pausa pra pensar. - Criar um canal no YouTube e fazer alguns covers.

- Ah sim. - Gargalho. - Eu nem sei como se faz isso.

- Eu te ajudo. Ia ser muito sucesso, você é bonita e talentosa, essa é uma mistura que costuma dar certo.

- Mauro, eu morro de vergonha. - O encaro séria.

- Eu também, mas é atrás das câmeras, você não precisa se encontrar com as pessoas.

- Esquece isso Mauro. Sem chance disso acontecer. - Gaguejo.

- Ok, é só uma ideia. - Mauro se explica.

- Uma péssima ideia.

Ele concorda com a cabeça e logo eu vou deitar, meus pensamentos voam e eu fico me questionando como o Lucas deve estar.

Acabooooooou, acaboooou.

Bom migs venho informa-las que essa fanfic que vocês lêem acaba por aqui, mas tenho uma notícia pra dar. (som de tambores) A segunda temporada vem aí, óbvio né até por que não tem por que terminar do nada assim.

A segunda temporada só existirá pois essa aqui se estendeu demais e tem muitos capítulos e também por que terá um salto no tempo e eu não quis misturar as datas, espero que continuem acompanhando e obrigada por tudo até aqui.

obs: Nesse capítulo tem várias dicas de como será a segunda temporada. Beijinhos.