Capítulo XVI

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POV Justin Bieber 

Eu parecia um garotinho virgem quando o assunto é essa menina. Parecia que eu tinha medo de fazer algo errado e perdê-la por uma bobeira. Eu simplesmente queria fazer as coisas com calma porque sinto que ela merece aproveitar cada detalhe. É tão nova e tem tantas experiências que ainda não teve, juro que me pergunto todos os dias o que a fez me escolher para dividir momentos tão especiais e novos em sua vida. Só tenho a agradecer por poder estar ao seu lado e por ela fazer eu me sentir tão vivo.

Agora eu estava olhando para seu corpo deitado em minha cama enquanto ela dormia como um anjo. Nem parecia que tinha levado a loucura a algumas horas atrás. 

Mais uma vez me vi sorrindo sozinho enquanto pensava nela. 

Eu nunca fui um cara de ter muitos relacionamentos, uns casos sem importância aqui e ali mas nada que me fizesse sentir como eu me sentia com ela.

16 anos... Às vezes quando eu penso na idade dela tenho vontade de mandar todos os lutadores da academia me baterem com força enquanto estou amarrado. Ela era só uma menina e esse era o motivo de me fazer sempre ir com calma com ela, fazer com que ela sentisse cada detalhe e que aproveite sua vida e sua juventude. Tudo é muito novo pra ela, eu pude perceber, e estava disposto a ensina-la e estar ao seu lado em todos os momentos que ela precisasse. 

Ela estava enfrentando problemas em casa e mesmo que ela não me dissesse, sentia que seus pais teriam uma enorme rejeição com a minha pessoa. Tantas coisas pra gente resolver e eu só conseguia sorrir enquanto olhava pra minha menina. Ela era tão especial e merecia tanto ser bem tratada, não sei como seu pai teve coragem de negligenciar sua família dessa forma.

Ela estava exausta com toda essa situação envolvendo seus pais, o que não era pra menos, eu sentia que ela guardava muito rancor do pai. Acredito que toda essa resistência seja por medo de que ele vá magoa-la assim como sua mãe, mais uma vez.

Resolvi tentar dormir, incrível que desde a primeira vez que me deitei ao seu lado, sinto que meu corpo ansia por esse momento todas as noites. Então quando posso realizá-lo não deixo de parecer um menino de 16 anos, afinal era o que eu me sentia quando estava ao lado da minha baixinha, voltando a minha adolescência.

Acordei sentindo Emily tentando tirar o meu braço de sua volta e por mais que quisesse puxa-la ainda mais para continuar apreciando sua companhia, não queria perder o vislumbre da sua carinha amassada de sono. Abri meus olhos lentamente enquanto encarava seu rosto, seus cabelos bagunçados e seu rosto levemente inchado a deixavam incrivelmente linda e adorável, eu ainda me pergunto se algum dia algo nessa mulher vai me fazer acha-la normal, mas acho que sempre a acharei deslumbrante.

- Bom dia - eu disse sorrindo, tá aí mais uma coisa rara de acontecer, eu acordar sorrindo. Só Emy para me fazer acordar de bom humor.

- Bom dia - ela respondeu com a voz rouca enquanto me abraçava e colocava a cabeça na curva do meu pescoço - eu estou horrível. - murmurou.

- Você está maravilhosa - eu disse sinceramente - definitivamente sua carinha de sono é uma das coisas mais lindas que já vi - eu disse e pude ver seu rosto corado quando ela voltava a me encarar. Maravilhosa.

Ela me deu um beijo na bochecha enquanto me encarava sorrindo. Ainda estávamos abraçados deitados na cama e isso era algo tão bom e relaxante.

- Eu não avisei minha mãe que ia dormir fora de casa - ela disse revirando os olhos mas sabia que estava chateada por saber que deixou a mãe preocupada.

- Droga, cada dia tô perdendo mais pontos com a sua mãe - eu disse rindo um pouco - agora que ela não gosta de mim mesmo.

- Você é um bobo mesmo - ela disse rindo - preciso me arrumar, Jesus, eu nem trouxe uma roupa.

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