Capítulo 11.

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Ficar naquela maca estava acabando comigo

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Ficar naquela maca estava acabando comigo. Não só com meu psicológico mas também com o físico. Eu odiava hospitais. Hospitais me traziam lembranças horríveis. Lembranças que eu não gostaria de lembrar nunca mais. As vezes fazemos coisas que não queremos fazer, e acabamos fodidos por conta disso. Mas a vida segue, ficar pensando no passado não vai te ajudar a ser uma pessoa melhor e nem vai te fazer ser feliz.

Esses barulhos estavam me irritando, minha vontade era de quebrar esse monitor e arrancar todos esses fios que estavam conectados a mim. Cada vez que essa máquina apitava, meu ódio fervia mais.

Eu queria ir embora dali.

Como eu iria embora? Eu não posso simplesmente sair daqui e ir embora como se nada tivesse acontecido. Olhei para o lado e vi Nicollas, deitado na cadeira de acompanhante onde estava dormindo. Ele deve ter vindo para cá enquanto eu dormia novamente depois de ele sair do quarto.

Ver Nicollas desse jeito me fez sentir pena dele. Ele não merecia estar ali e também não precisava estar ali. Ele tinha tanta coisa para se preocupar e estava ali no meu lado. O que ele sente por mim?

Pensar nisso me trazia uma sensação estranha no estômago.

Nicollas havia passado a madrugada toda dormindo em uma cadeira de hospital, dura. Com certeza essa cadeira é dura. E eu estava ali, apenas o observando.

Não entendo por que motivo ele continua vindo atrás de mim, eu só o machuquei, eu só fui grossa com ele. Tudo bem, ele está sendo obrigado a se casar comigo. Mas, talvez, poderíamos ter um casamento aberto, não quero que ele se sinta obrigado a casar comigo, mesmo sendo. Eu não era nem um pouco a favor desse casamento, mesmo Nicollas me tratando super bem. Eu ainda não queria ter que lembrar todos os dias da minha vida que estava em um casamento de fachada.

Eu não posso simplesmente ver Nicollas desse jeito e o deixar assim. O cutuco, fazendo o mesmo acordar.

— Ei, Nicollas. Deita aqui. — Digo o chamando para deitar na maca comigo.

— Han? Não, vou te machucar. Você precisa se recuperar. — Ele diz com voz de sono e boceja depois que termina de dizer.

— Vem logo. — Digo séria e ele logo se levanta.

Me mexi um pouco para o lado e ele logo se deita ao meu lado. A maca não era muito grande, então ficamos "grudados", porém confortáveis.

Eu acabei dando um sorriso quando ele deitou ao meu lado, por que eu sorri? Eu não sinto nada por Nicollas. A única razão de eu ter feito isso, é por sentir pena. Jamais haveria outro motivo.

— Obrigado, você está melhor? — Ele sussura no meu ouvido, me fazendo arrepiar.

— Estou, eu quero ir embora daqui. Tipo, agora. — Sussuro de volta e o mesmo sorri. Sorri de um jeito fofo, como se o que eu tivesse dito fosse algo engraçado.

Insaciável (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora