Capítulo 27.

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Eu sei que eu não devo estar muito bem psicologicamente, ainda mais por tudo que eu havia passado durante esse mês no qual conheci Nicollas, mas algo me incomodava

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Eu sei que eu não devo estar muito bem psicologicamente, ainda mais por tudo que eu havia passado durante esse mês no qual conheci Nicollas, mas algo me incomodava. Sabíamos que ainda tinha alguém por trás dos atentados, por que ele não nos atacou novamente?

Já se passaram duas semanas após o meu casamento e até agora estávamos vivendo normalmente. E isso me incomoda, não por estar tendo dias calmos, mas sim porque acho que nosso inimigo está tramando algo. E com certeza não era algo bom. Esse pensamento anda mexendo comigo a alguns dias. Não saio mais de casa sem mandar alguém dar uma revisada no carro. Não que eu tenha medo, eu só não quero morrer. Pelo menos não agora.

Me levanto da cama e caminho em direção a sacada do quarto. Eu e Nicollas estamos morando em uma casa não muito perto da cidade, um lugar reservado e perto da praia aqui em Costa Rica. Me apoio na porta de vidro da sacada e observo o mar. O cheiro da maresia entra pelas minhas narinhas me passando um ar de tranquilidade e equilíbrio sentimental. Era como se a natureza fosse um remédio que combatesse a ansiedade que havia em meu corpo.

Olho para o mar novamente e vejo as águas se agitarem e uma nuvem escura se aproximando. Iria chover. Entro novamente para o quarto e Nicollas ainda está em coma, não acorda por nada. Visto meu roupão de seda branco e logo saio do quarto, indo em direção a cozinha. Eu estava com muita fome, e ainda eram oito e meia da manhã. Cozinho um café da manhã caprichado com bacon, ovos, suco de laranja, café forte e algumas torradas. Não é sempre que cozinho então quando o faço, gosto que seja algo elaborado.

Me sento na mesa e vejo Nicollas vindo em minha direção com uma expressão sonolenta.

— Bom dia, amor. — Nicollas diz e logo me da um beijo em minha testa. — Dormiu bem?

— Bom dia, dormi sim. — Sorrio e bebo mais um pouco do suco. — Sente-se para comer, acabei de fazer o café.

— Tudo bem, obrigado. — Nicollas sorri e logo se serve.

As vezes me cai a ficha. A um mês e poucos dias atrás eu estava solteira, sem nenhuma vontade de namorar alguém e agora estou casada. É incrível como a vida pode te dar uma reviravolta em momentos que você não espera. Em meio a esses pensamentos converso com Nicollas sobre coisas aleatórias.

— Amor, vou no banheiro. — Ponho meu prato na pia e dou um selinho de leve nos lábios de Nicollas e em seguida caminho para o banheiro.

Entro no banheiro e faço minhas necessidades, e em seguida escovo os dentes. Abro a gaveta para procurar algo para prender meu cabelo e vejo pacotes de absorventes fechados. Quando foi a última vez que eu menstruei? Eu nem ao menos me lembrava mais, era pra ter vindo a uma semana e meia atrás.

Me olho no espelho que tinha no banheiro e vejo meu semblante assustado. Eu estava pálida com a boca de cor quase invisível. Seria possível eu estar grávida? Abro meu roupão e como eu estava apenas de calcinha, começo a passar a mão na barriga, acariciando a mesma enquanto tento ver algum volume.

Insaciável (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora