Capítulo 33.

336 25 9
                                    

Ele estava distante, não conseguia vê-lo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Ele estava distante, não conseguia vê-lo. Eu me sentia triste, desanimada, sem rumo, sozinha, sem chão. Eu sentia que todos os meus órgãos estavam parando de trabalhar, sentia que eu nunca mais viveria da mesma maneira. Mas por quê?

Eu corria pelo quintal, que agora estava seco e sem cor. Totalmente tomado pelo dia frio e chuvoso. As flores haviam morrido e parece que haviam levado a felicidade do local consigo. Vejo o lugar onde havia um canteiro com flores de todos os tipos, não sobrou nada. Era como se toda a cor tivesse sigo sugada por um buraco negro.

Eu não estava presente no local, eu conseguia vê-lo do alto, como um espírito ou algo do tipo. Vejo um casal sair de dentro da casa, os dois estavam abraçados e a moça estava coberta por sangue enquanto o homem tentava a acalmar, mas também demonstrava que estava abalado. Os dois observam a casa enquanto em câmera lenta a mesma começar a desmoronar, não deixando mais nada de pé.

O casal cai de joelho no quintal e os dois choram. Choravam de dor, tristeza, sentimento de culpa, sentimento de fraqueza, mas principalmente por indignação. A chuva parece engrossar enquanto o casal continua no mesmo lugar, eles estavam se apoiando simultaneamente. Um precisava do outro.

Abro os olhos e ouço barulhos no qual não consigo destinguir do que seria. Barulhos altos. Eu estava meio zonza e desnorteada, não sabia o que estava acontecendo. Levanto a cabeça e vejo a parede em minha frente, totalmente repleta por um espelho. Meu rosto estava inchado, com sangue e com hematomas. Eu estava totalmente arrebentada. Não sei quanto tempo fiquei desarcordada, mas meu corpo doía como nunca antes.

O quarto era iluminado pela luz da lua que se mostrava através da janela que havia no canto, a mesma estava fechada. Eu continuava presa pelos pés e pelos braços. Totalmente imóvel. Em minha frente havia uma mesa com vários tipos de objetos, entre eles haviam facas, martelos, maçaricos, alicates, pedaços de ferro, e entre outros. Eu me sentia a beira de um abismo, não sabia o que iria acontecer comigo, e nem ao menos sabia se conseguiria sair viva disso tudo.

Saio de meus pensamentos ao ouvir a porta sendo aberta por Ivan. O olho indiferente e suspiro. Ele provavelmente veio para o segundo round.

— Finalmente você acordou, está desacordada a dois dias. — Ivan diz enquanto permanece parado em frente a porta.

Não o respondi, eu não lhe daria esse gosto, pelo menos não agora.

— Seu amiguinho passou esses dois dias apanhando por sua culpa. — Ele começa. — Ele até que é bem resistente, pena que ele é apenas um peão no seu joguinho.

O olho sem saber a qual ponto ele quer chegar.

— Todas as pessoas que se aproximam de você acabam sofrendo de alguma maneira, você é a própria destruição. — Ele diz e se aproxima com alguns passos para perto de mim. — Você é o motivo pelo qual seus familiares e amigos irão morrer, você os matou. Você é uma vadia imunda.

Insaciável (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora