Insaciável (Concluído)

Capítulo 23.

Acordo e logo vejo que estou sozinha, Nicollas não estava por perto. Não sei o motivo pelo qual o mesmo iria sair mas decido ignorar, não fazia muito tempo da última vez que vi a hora, no caso antes de dormir. Haviam passado três horas, Nicollas não deve ter saído a muito tempo. Decido me levantar e ir tomar um banho, eu estava com calor e morrendo de fome.

Eu apenas queria me refrescar e comer algo. Me levanto da cama com passos devagar por ter acabado de acordar e vou em direção ao banheiro.

A água caía por todo meu corpo e isso fazia eu me sentir confortável, era relaxante. Parecia que todos os meus problemas estavam indo ralo a baixo junto com a água. Eu nunca havia me sentindo tão em paz do que como nesses dias em que eu estou com Nicollas. Parece que depois que eu o conheci, tudo mudou para melhor. Não posso afirmar, mas essa é a sensação que eu tenho. Eu devo ter ficado uns quarenta minutos debaixo do chuveiro, eu não queria sair.

Ouço meu telefone tocar e em seguida saio do box, não rapidamente. Se a pessoa ligou, ela pode esperar para falar comigo. Me enrolo na toalha e pego meu celular que estava em cima da pia.

— Alô, com quem eu falo? — Digo logo depois de atender a ligação.

— Olá, Elena. Você com certeza lembra de mim, tivemos momentos ótimos. — A pessoa do outro lado da linha diz e logo da uma risada maléfica.

Sinto minha espinha congelar é uma bomba de emoções cai sobre mim.

Não podia ser ele, não pode.

— Com quem eu falo? — Pergunto tentando ser forte.

— Não diga que não se lembra de mim— A pessoa ri novamente. — Não se faça de desentendida, tenho algo que lhe pertence.

— Bryan, o que você tem que me pertence? — Digo com um tom mais sério.

— Acho que seu namoradinho não gostou de eu ter te fodido a um tempo atrás e veio tirar satisfação. — Bryan ri e logo ouço uma voz familiar no fundo da chamada.

O que esse idiota foi fazer lá? Ele não poderia ter feito nada sem me avisar antes.

Eu preciso salvá-lo mas tenho medo. Não tenho coragem de olhar nos olhos de Bryan novamente. Ele me tirou algo muito importante a força, fez eu me sentir fraca.

— Onde o Nicollas está? Deixe-o livre. — Praticamente grito e sinto as lágrimas descerem pelo meu rosto. — É eu que você quer? Eu me entrego e você liberta ele. — Digo e seco algumas lágrimas.

— Não é assim que funciona, Elena. Parece que você não aprendeu muito com a vida. — Bryan ri. — Eu quero você morta.

— Você pode me matar, eu me entrego. — Digo já desesperada, ele não podia fazer nada com o Nicollas.

— Como quiser, não vou machucar esse otário. Vou lhe mandar o endereço, e lembre-se, sem reforços. — Bryan adverte.

— Tudo bem, não vou levar ninguém. — Digo.