Não fizemos nada com a maconha ontem a noite, foi só mais uma brincadeira idiota de Nicollas. Ele gosta de me irritar de todas as maneiras possíveis, não sei o motivo. Chega a ser ridículo o jeito que ele gosta de me ver quase arrancando meus cabelos com as mãos.
Confesso que fico irritada mas às vezes até rio de Nicollas. As maneiras que ele arruma de me irritar as vezes são engraçadas. Ele é irritante mas sabe o momento de ficar sério. Posso dizer que Nicollas sabe muito bem como se comportar em seu trabalho, é mais maduro que muitos chefes que conheci que são bem mais velhos, Nicollas só é um bobo. Pelo menos comigo ele é.
Acordo com os olhos de Nicollas em cima de mim, me assusto. O mesmo ri da minha expressão. Ele simplesmente me abraçou enquanto ria.
— Bom dia, anjo. — Nicollas diz e beija minha testa com delicadeza.
Não respondo, apenas arfo em seu peito. Eu não sabia como reagir, nunca aconteceu algo do tipo comigo.
— O que foi? Fiz alguma coisa errada? — Nicollas diz enquanto se afasta e me olha preocupado.
Faço que não com a cabeça e o puxo pra perto de mim, eu queria aquela sensação novamente. Uma sensação calma, relaxante e gostosa. Uma sensação de proteção. Nunca pensei que Nicollas poderia fazer eu me sentir assim, tão segura em um simples gesto. Eu ficaria entre seus braços para sempre, mas não posso.
— Ei, amor. Quer tomar café? — Nicollas pergunta com o queixo no topo de minha cabeça por conta do abraço que eu ainda estava o dando.
— Quero sim, por favor. — Sussuro baixinho em seu peito e o mesmo se mexe.
— Se você não me largar não posso pedir nosso café. — Nicollas ri e da mais um beijo em minha testa.
Eu o largo bem devagar e logo me arrependo, me sinto vazia. Eu gostava de o sentir mas estava odiando me sentir vulnerável. É uma sensação horrível.
Nicollas se levanta da cama e liga para a recepção do hotel. Logo após ter feito o pedido de nosso café da manhã o mesmo vasculha sua mala e pega uma muda de roupa.
— Vou ir tomar banho. — Ele avisa enquanto abre a porta do banheiro.
— Posso ir com você? — Pergunto baixo, por impulso. Eu queria o abraçar novamente, só que mais perto dele.
— Como disse? — Nicollas pergunta confuso, provavelmente não acreditando no que eu disse.
— Perguntei se posso ir com você. — Respondo novamente no mesmo tom baixo e o olho.
— Claro que pode, amor. — Ele sorri fofo e caminha até a cama, onde eu estava. — Levanta, vou te levar no colo.
— Eu ainda tenho que pegar minha rou...— Não consigo terminar de dizer, Nicollas me pega no colo e me leva para o banheiro calmamente. Eu apenas apoio minha cabeça em seu peito nu e sorrio.
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Insaciável (Concluído)
Roman d'amourElena é a chefe de uma máfia. Apesar de ser uma jovem mulher de vinte e quatro anos, ela pode ser mais fria e calculista do que qualquer homem. Por ser mulher, os chefes de outras máfias não à respeitam como deveria ser respeitada, ela é sempre jul...