Capítulo 28.

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Mesmo depois de termos matado Bryan, eu sabia que não havia acabado

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Mesmo depois de termos matado Bryan, eu sabia que não havia acabado. Eu sabia que ainda tinha alguém por trás de tudo isso. Eu tenho sorte de ter uma mulher forte e destemida ao meu lado, não sei o que faria se tivesse acontecido algo a Elena. Não posso deixar que nada aconteça com ela. Ela é a única coisa que me importa.

São exatamente 3:25 da madrugada e eu estou inquieto, há muitas coisas em minha cabeça que andam me pertubando. Me levanto e coloco uma bermuda, logo desço as escadas e vou em direção a academia que fica no porão da casa. Eu precisava arrumar um jeito de aquietar esses pensamentos que estão me deixando mais nervoso com tudo, eu preciso esfriar a cabeça.

Começo a socar o saco de pancadas com toda a raiva que sentia, toda raiva e angústia. Eu não sou um homem de demonstrar o que sinto mas também não sou de ferro. Não estou usando luvas justamente por isso, eu preciso sentir dor.

Eu preciso deixar outra coisa me incomodar sem que seja meus pensamentos. Dou inúmeros socos e sinto minha mão começar a arder, mas ainda não é o suficiente. Continuo repetindo os socos e me permito sentir cada vez mais ódio por tudo que está acontecendo. Me viro e começo a socar a parede inúmeras vezes. Não sinto dor, não consigo sentir nada.

Vejo minha mão sangrando e inúmeros machucados na mesma, mas ainda assim, não consigo sentir uma dor maior do que o medo de perder Elena. Continuo com a série de socos e sinto uma mão delicada sendo colocada em meus ombros, me viro e vejo Elena com uma expressão preocupada.

— Ei, o que está fazendo? — Elena pergunta enquanto pega uma de minhas mãos para olhar.

— Nada, apenas treinando.

— Você está se machucando, não quero que faça isso. — Ela diz com uma voz calma.

— Eu estou bem, eu estou apenas treinando.

— Não, você não está bem. Venha comigo. — Ela diz enquanto me bota sentado em um banco que há na academia.

— Elena, eu estou bem, é sério. — Tento convencê-la.

— Fica quieto e me deixa cuidar de você. — Ela diz enquanto pega um kit de primeiros socorros que havia em um armário do local.

Em silêncio Elena pega minha mão e começa a tratá-la. A mesma passa alguns remédios e termina quando enrola um pedaço de gaze em cada uma de minhas mãos, deixando as duas enfaixadas. Elena fica em silêncio e senta em meu colo, em seguida a mesma me abraça e eu retribuo.

Ficamos alguns minutos nos abraçando até que o silêncio foi quebrado por Elena.

— Vai dar tudo certo, não faça isso novamente. — Ela se refere a eu me machucar.

— Tudo bem, não vou mais fazer isso. — Digo e suspiro.

— Obrigada. — Elena diz e me abraça mais forte.

Insaciável (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora