"She never wants to fall in love again, and every kiss would be a crime"
d r a c o
A Pansy trabalha no Ministério da Magia? Como é que eu não sabia disso? E como é que ela e a Granger são amigas?- Quer dizer, nós não somos "amigas", - ela disse como se pudesse ler minha mente - mas também não nos odiamos como no passado. Ela se tornou uma pessoa menos implicante, vamos dizer.
-Granger, eu acho que você não devia ser amiga dela. Ela é uma falsa.
-Eu ainda não entendi porque você acha isso. Ela já te fez alguma coisa? -ela perguntou curiosa. Hesitei uma pouco em falar, já que eu não gostava nem de lembrar, mas acho que a Granger saberia o que me dizer.
-Bom... naquela época da guerra, eu fiquei meio sem saber em que lado lutar. Eu não queria decepcionar minha mãe e Lúcio, mas também não queria ver os alunos, que são pessoas que eu conhecia, morrerem.
-Espera, posso falar uma coisa? -ela perguntou- Não é por mal não, mas você nunca nem se importou com ninguém naquela escola.
-Eu me importava com você. -falei e ela ficou vermelha na mesma hora, e deu um sorriso de canto. -Enfim, depois de pensar muito, muito mesmo, eu decidi que ia mudar de lado, que ia lutar contra o Voldemort, mas que isso iria acontecer na hora. Como eu não sabia o que Blásio iria pensar, contei só para a Pansy, porque eu pensei que ela iria me entender, afinal ela me conhecia há mais tempo.
-E quando você contou, ela ficou contra?
-Como é que você sabe? -perguntei surpreso, e depois brinquei- Ah, você é a sabe-tudo. Mas é, ela ficou contra, e disse que eu seria um traidor do Voldemort. Foi aí que eu percebi que ela era uma seguidora fiel, só que em segredo. É isso.
Terminei de contar a história e Granger, que estava sentada no banco da bancada, apenas ficou me olhando sem dizer nada. Fiz um gesto pra ela falar algo e ela suspirou.
-Bom... tá.
-Tá? Como assim? É só isso? Só um "tá"? Essa história é absurda, e a Pansy é uma abusada de vir falar comigo depois de tudo isso. -falei indignado.
-História absurda? Abusada? Agora é minha vez de contar algo. -ela disse se levantando e vindo até mim.
h e r m i o n e
Me coloquei na frente do Malfoy e olhei bem para ele.-Era uma vez um garoto loiro que odiava uma menina, e vivia chamando ela de sangue-ruim, e outras ofensas também. Ela achava ele muito abusado. Quem ele pensava que era? -perguntei ironicamente e ele riu- Com o tempo, descobriram que ele apoiava Voldemort, e que fez coisas absurdas, inclusive, quase matou o diretor da própria escola! -nessa hora, o sorriso dele se desfez- Pois é, só que no final, ele se arrependeu, e tentou consertar os seus erros e ajudar os seus amigos. -ele ficou me olhando enquanto eu falava- Por trás desse garoto abusado e dessa história absurda, existia alguém de bom coração, que errou, reconheceu e mudou.
Enquanto isso, ele ainda me olhava, e pela cara dele, estava pensando bem no que eu estava dizendo.
-Ah, -continuei- lembra da menina sangue-ruim? Ela vivia ignorando ele, por mais que tivesse acertado um soco nele uma vez. Mas isso foi só uma vez. -esse comentário fez ele rir de novo- Ela sabia que por trás daquela pessoa, existia um bom coração, por isso ela não julgou aquele garoto loiro. Exceto pela parte que ela chamou ele de barata. Mas isso não vem ao caso. -ele riu mais uma vez.
Ele ficou em silêncio pensando no que eu tinha dito. Só fiquei observando ele para ver se tinha entendido o que eu queria dizer.
-Você está me dizendo -ele falou olhando para o chão, ainda pensando- que eu não deveria julgar ela, porque as pessoas mudam, né?
-Exatamente.
-Faz sentido, por mais que ela mereça ser julgada. -arregalei os olhos e ele deu risada- Mas eu entendi o que você quer dizer. Que mesmo depois de tudo o que alguém já fez ou do seu passado, as coisas mudam.
-É isso aí. -falei, e depois ficamos em silêncio, um encarando o outro, é o clima ficou meio estranho. De repente, senti um pouco de dor de cabeça, que ia e voltava todo o tempo, era irritante. Coloquei a mão na testa se soltei um suspiro de dor.
-Que foi? Você ainda tá com a dor de cabeça? -ele perguntou meio preocupado.
-Não é nada, pelo menos, não dói tanto quanto antes.
-Hm... Bom, já tá ficando tarde, acho que eu tenho que ir. Não vou ficar aqui te encomodando.
-Ah, que isso. Quem encomodava era o Malfoy antigo. Agora você... parece mais maduro. Eu digo, que sabe o que quer. -tentei explicar e ele sorriu.
-Eu acho que você sabe exatamente o que eu quero.
Depois de dizer isso, ele ficou me olhando de um jeito... era como se ele pudesse me decifrar, só de olhar nos meus olhos. Sabe, agora eu tenho certeza de que havia algo ali, entre nós. Foi nesse momento que ele levantou a mão e passou pelo meu rosto, e do nada, me beijou. Mas não, dessa vez eu não desviei, ou alguém interrompeu, ou algo assim. Eu apenas passei o braço pelo pescoço dele, e ele colocou as mãos na minha cintura, me puxando para mais perto de si.
-Eu acho -falei quando paramos, já sem fôlego- que você deveria ir.
Ele assentiu e caminhou até a porta. Quando saiu, se virou e piscou para mim, o que me fez sorrir. Fechei a porta e continuei com aquele sorriso, e foi aí que me dei conta de uma coisa, de uma pequena coisa que me deixou um pouco assustada. Talvez, eu estivesse gostando de alguém de novo. É sempre a mesma coisa: você sabe que é bom, mas que tudo pode acontecer, mas fica confuso, mas enfim... é algo bom, mas é ruim. Pronto.
Fiquei ali parada pensando se ele também estava se sentindo assim. Será que era recíproco? Hermione, para de pensar nisso, foi só um beijo. Uma porcaria de beijo. Eu tinha esquecido que ele beija bem... PARA DE PENSAR NISSO. Bom, a única coisa que eu sei é que tudo mudou, ou está prestes a mudar.
***
Prestaram atenção nessa última frase né? Vou dar uma dica: os caps vão ter umas mudanças....... 💣
Dêem uma olhada no elenco, no primeiro capítulo, na nova personagem🙈s e n t i m e n t o s
VOCÊ ESTÁ LENDO
all these years [dramione]
Fanfiction5 anos após a guerra, cada um seguiu seu caminho. Hermione virou uma auror renomada, assim como Harry e Ron. O que ela não sabia é que nem todo mundo decidiu trabalhar no Ministério da Magia. Draco Malfoy, por exemplo, virou um policial. E esses ca...