h e r m i o n e
Naquela noite de chuva, Draco veio até a minha casa para jantarmos juntos em algum restaurante por aí. Só que a chuva estava realmente raivosa e não conseguimos sair.- E o que vamos comer então? Nossa, eu tô faminto. - ele falou se sentando no sofá e incorporando Ron. Dei risada.
- Você gosta de macarrão instantâneo? Eu tenho uns quatro saquinhos ali... - eu falei e ele concordou.
- Se é assim, eu até posso fazer. É a minha especialidade. - ele sorriu. Fui seguida de Draco em direção a cozinha, e do nada, ouvimos um estalo e a luz caiu, nos deixando completamente no escuro. Me virei de costas, com as mãos para frente.
- Ué? - falei - Mas que saco! Draco cadê você?
- Quê? - ouvi uma voz - Eu tô atrás de você.
- Não, eu já virei de costas. Cadê você?
Continuei com as mãos para frente e andando cautelosamente até encostar no peitoral de alguém.
- Você é abusada, hein? - ele brincou e eu dei um tapa no braço dele. - Eu vou pegar meu celular pra iluminar. - ele acendeu a lanterna do aparelho e iluminou minha cara. Que já é iluminada por natureza, não é mesmo?
- Ei, tira isso do meu rosto. Vem, me segue.
Fomos andando até o armário e eu peguei algumas velas. Depois de acesas, estavam espalhadas por toda a sala e cozinha, que eram praticamente juntas.
Fizemos o macarrão do jeito que deu e não ficou muito bom, já que Draco inventou de jogar sal no negócio (que eu falei que já tinha muito sal), e quando ele viu, foi açúcar. "Você disse que era sal!" Draco se defendeu. Na verdade, eu não disse nada.
Depois de comer, inventamos de jogar xadrez, já que não havia mais nada de interessante. Bem aleatório, eu sei. E é claro, eu estava ganhando.
- Nossa, eu sou péssimo mesmo nesse jogo. - Draco falou olhando bem o tabuleiro. - É por isso que sou melhor no xadrez de bruxo.
- Fica meio difícil jogar xadrez de bruxo num mundo trouxa. - brinquei. - Vem cá, aquele delegado seu não sabe de nada sobre o Mark não sei o que ser bruxo, né?
- Não, e nem vai saber, pode ficar tranquila. Se o Alex não falar pra ele, mas acho que não vai falar não.
- Bom mesmo. - pensei um pouco. Coitado do Alex, ele deve estar meio sob pressão. Não pode falar nada com ninguém sobre um outro mundo, diferente de qualquer coisa. Principalmente por causa da Hailey. Envolver ela nisso não seria bom, ela é só uma criança. Enquanto isso, Draco olhava para o tabuleiro como se dependesse da vida dele.
- É a sua vez. Eu vou perder. - ele falou. Dei risada e fiz o movimento do xeque mate, e ele bateu na mesa. - Sabia! Eu sou horrível nesse jogo mesmo. - ele se lamentou, me fazendo rir mais ainda. - Mas pelo menos eu sou bom em fazer você sorrir. - eu parei de rir e fiquei encarando ele, mmas depois virei a cara porque minhas bochechas estavam vermelhas.
- Acho que eu tenho que ir agora, né... - ele começou outro assunto enquanto se levantava.
- Mas já? A chuva tá muito forte, você não quer esperar um pouco? - falei puxando ele pra mim.
- Não, eu preciso ir. - ele me deu um abraço. Abraço? Quando ele virou de costas puxei ele de novo e dei um beijo demorado. Terminamos o beijo com selinhos, mas ele ainda sim, saiu pela porta, me deixando ali parada. Acho que é ai que você percebe que gosta de uma pessoa... quando ela vai embora e te deixa um vazio. Mas acho que é só fome, porque aquele macarrão não ficou muito bom. Acho que vou comer uma banana...
d r a c o
No dia seguinte, de manhã cedo, eu estava na delegacia e Alex chegou um pouco mais atrasado.- Fui levar a Hailey na escola. - ele justificou. - Sabe, essa vida de "pai postiço" é meio complicada. Mas vale a pena quando se trata da Hailey. Sabe o que ela me disse? Que você e a Granger deveriam se casar, porque "combinam e são fofos juntos." nas palavras dela. E ela disse que quer ser a madrinha.
- Ah sim, vou colocar vocês na lista de convidados então. - brinquei e voltei a ler o Profeta Diário. Acho que Alex nunca reparou muito nisso até agora, porque ele ficou olhando muito curioso para as imagens se mexendo.
- Vem cá, isso aí sempre se mexeu? - ele apontou para uma das fotos.
- Sim, faz parte desse mundo dos bruxos. Isso porque você nunca assistiu a Copa Mundial de Quadribol. - falei, ainda com os olhos nas notícias.
- O que é Quadribol? - perguntou, mas foi cortado pelo delegado que entrou na sala. Nesse momento, eu joguei o jornal por baixo da mesa.
- E aí, o quê é que estão fazendo? - ele perguntou cruzando os braços. - Hm, acho que nada.
- Qual é, são quase oito horas da manhã. Quem é que consegue funcionar a essa hora? - Alex perguntou, mas depois bateu a mão na testa, se arrependendo de dizer isso.
- Se você não "funcionar", seu salário também não funciona. - ele falou rígido, depois virou pra mim. - E você também. Os dois, ao trabalho! - e saiu. Eu hein.
- Se você não falar com a sua amiga Granger, a gente vai levar bronca todo dia. Nós temos que fazer alguma coisa. - Alex falou e eu ri com a palavra "amiga".
- É, eu falei com ela ontem a noite.
- A noite? - ele perguntou com um sorrisinho. - Esse é o meu garoto!
- Cala a boca. - respondi tentando não rir. - Mas enfim, a gente tem que ter certeza de que esse Mark não está mais naquele galpão. - falei.
- É óbvio que ele não está. Você não lembra o que sua am... - ele parou - Você não lembra o que a Granger falou? Ele não seria burro de continuar lá, sendo que a gente sabe onde é.
- Tá bom, tá bom. - aceitei. Realmente, se ele continuasse lá ele seria muito estúpido. Mas eu acho essa calmaria toda estranha... ele deve estar planejando algo. Tenho certeza.
m a r k
Eu estava no meu escritório quando Ness veio correndo desesperado e abriu a porta com força, me fazendo levar um susto.- Que droga é essa? Você não sabe bater não? - gritei com ele, que tinha uns papéis na mão.
- Eu... achei... algo... - ele ofegava. Credo, parece que correu uma maratona.
- Achou o quê? - perguntei, mas ele ficou um tempo tentando respirar - Anda logo!
- Você falou pra eu achar o ponto fraco deles? Então... ela tem treze anos e se chama Hailey Saint. É sobrinha daquele policial amigo do Malfoy. - fiquei olhando pra ele e me interessei.
- Você tem foto dela? - perguntei.
- Tá tudo aí. - ele me entregou os papéis. Olhei tudo e agradeci a Merlin pelas redes sociais existirem. Ele pegou o nome dela, a idade e a escola do perfil dela. - Já sei o que vamos fazer. Se essa é a escola dela... acho que você pode dar uma carona a ela quando a aula acabar. - falei.
- Bem pensado. - Ness comentou. É óbvio que foi bem pensado, fui eu que pensei. - Mas, o que você vai fazer com ela?
- Nao sou eu, são eles. Quando os policiaizinhos descobrirem que a menina sumiu, eles irão atrás dela. E será nessa parte que a sua arma entra em ação. Eu avisei pra não se meterem nos meus negócios. É uma pena que não ouviram.
***
Eu tô tremendop l a n o s
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all these years [dramione]
Fanfiction5 anos após a guerra, cada um seguiu seu caminho. Hermione virou uma auror renomada, assim como Harry e Ron. O que ela não sabia é que nem todo mundo decidiu trabalhar no Ministério da Magia. Draco Malfoy, por exemplo, virou um policial. E esses ca...